Algumas novas sobre a situação do jogador, que teve a perna amputada após acidente de carro domingo, em Montevideo.
Do EL PAÍS, com modificações:
Darío Silva foi comunicado hoje da amputação da sua perna pelos médicos encarregados.
Respirando sem a ajuda de aparelhos, o centroavante foi levado para a sala de cirurgias novamente para limpar os ferimentos.
A situação ainda inspira cuidados, pelo que Darío Silva continuará mais alguns dias internado.
O médico Cancela imagina que o jogador deixe o hospital em uma semana e prevê que uma prótese possa ser implantada em um mês.
Ele pode ser considerado o último grande jogador do futebol uruguaio, alcançando tal condição justamente quando os charruas começavam a entrar em uma grande cirse técnica. O estilo altamente técnico e acadêmico transformou "el Príncipe" num dos maiores jogadores sul-americanos em todos os tempos.
Enzo Francescoli Uriarte nasceu em 20 de novembro de 1961no bairro de Capurro. Aos seis anos de idade, começou a jogar no Club Cadys Real Junior e aos 14 transferiu-se para o Wanderers, onde firmou-se como principal jogador do clube.
Em 1983 foi para o River Plate, onde conquistaria o campeonato argentino em 1986, antes de ir jogar no Racing Matra, de Paris. Em 1987 converteu-se no principal jogador da liga francesa. Jogou também no Olympique de Marsella, onde foi campeão nacional, no Cagliari e no Torino.
Em 1994 retornou a Nuñes para se colocar definitivamente como um dos maiores nomes da história do River. Liderou a equipe em uma época de ouro, quando os millonarios conquistaram 3 Campeonatos Apertura (94, 96 e 97) e um Clausura (1997), uma Copa Libertadores (1996) e uma Supercopa (1997).
Pela seleção uruguaia disputou 68 partidas e anotou 17 gols. Conquistou a Copa América em 1983, 1987 e 1995. Jogou os Mundiais de 1986 e 1990, quando o Uruguai foi eliminado nas oitavas-de-final. No total, foram oito jogos e um gol marcado. Francescoli encerrou sua carreira em 1998. Quem viu ele jogar, não esquece.
Trajetória
Wanderers, 1976 a 1982.
River Plate, 1983 a 1986.
Matra Racing Paris, 1986 a 1989.
Olympique de Marsella, 1989 a 1990.
Cagliari, 1990 a 1993.
Torino, 1993/94.
River Plate, 1994 a 1997.
Títulos
Campeão Sul-americano juvenil, 1981.
Copa Nehru com Uruguai, 1982.
Campeão da Liga argentina com River, 1986.
3 Copas de América con Uruguai, 1983, 1987 e 1995.
Campeão da Liga Francesa con el Olympique de Marsella, 1989/90.
Campeão do Apertura com River em 3 ocasiões, 1994, 96 e 97.
Campeão do Clausura com River, 1997.
Campeão da Supercopa com River, 1997.
Campeão dla Copa Libertadores com River, 1996.
Saudações,
Douglas Ceconello.
Revelado pela Universidad de Chile, Salas foi o grande destaque chileno na Copa da França, marcando 4 gols nas 4 partidas de la Roja, que caiu nas oitavas-de-final ao perder de 4 a 1 para o Brasil. Em parceira com Ivan Zamorano, formou um dos melhores ataques da história da seleção nacional.
José Marcelo Salas Melinao nasceu em Temuco no dia 24 de dezembro de 1974, provavelmente arruinando a festa de Natal de sua família. Iniciou a carreira no time local, o Club Santos de Temuco, tornando-se um grande goleador. Começou a se destacar por la "U" em 1991, com apenas 16 anos. Foi bicampeão chileno em 1994 e 1995 e transferiu-se para o River Plate.
No clube millonario, tornou-se ídolo. A conquista do afeto de la hinchada de Nuñes foi facilitada por ter marcado seu primeiro gol justamente contra o Boca Juniors. Mesmo ficando menos de dois anos no clube, conquistou o Torneio Apertura de 1996 e 1997 e o Torneio Clausura e a Supercopa de 1997. Em 1997, foi eleito melhor jogador sul-americano. Seguindo a trilha já bem conhecida, foi para a Europa defender o Lazio.
Aos 23 anos, foi contratado por 18 milhões de dólares e ajudou o time a vencer a Supercopa italiana de 1998, a Recopa e a Supercopa da Uefa de 1999. Em 2001 foi para a Juventus, jaqueta que defendeu até 2004, quando retornou a Nuñes. Ficou pouco mais de um ano e voltou às origens para jogar pela Universidad de Chile.
Seu esplendor já passou há algum tempo, mas vez que outra ainda castiga os goleiros.
Saudações,
Douglas Ceconello.
Na Copa de 1998, formou com Ayala uma dupla de zaga de respeito. O Paraguai foi eliminado pela França nas oitavas-de-final, com gol na prorrogação, mas a imortalidade de Gamarra em Mundiais estava garantida. Nas suas quatro partidas pelo torneio não cometeu nenhuma falta. Mais do que isso, na partida em que a seleção guaraní foi eliminada, jogou boa parte do tempo com o ombro deslocado, arrastando um braço inerte.
Depois daquela atuação, chegaram a criticá-lo, culpando-o pela derrota. O técnico Paulo César Carpeggiani afirmou que pediu para Gamarra continuar em campo, tamanha era sua confiança no zagueiro. Quem viu sabe que aquele jogo foi uma das maiores investidas de um ataque contra uma defesa na história do futebol. E tanto o ataque quanto a defesa tinham qualidades insuspeitas, o que tornou o embate épico.
Gamarra
Carlos Alberto Gamarra Pavón nasceu em 17 de fevereiro de 1971, na cidade de Capiata. Começou a carreira pelo Cerro Porteño e depois transferiu-se para o Independiente. Voltou ao Cerro para, em 1995, ser contratado pelo Inter, onde destacou-se por duas temporadas e tornou-se ídolo. Em 1997, foi para o Benfica, mas não manteve o nível das atuações.
A principal virtude do zagueiro paraguaio sempre foi aliar a força à técnica. Seguro nas bolas altas e tranqüilo na saída de jogo. Algum cronista - realmente não lembro quem - disse que Gamarra era o defensor que chegava no limite de cometer a falta, mas não o fazia, e saía jogando alegre e faceiro.
Defendeu ainda o Flamengo, Atlético de Madrid e Inter de Milão, mas só conseguiu repetir suas grandes atuações no Corinthians, onde foi campeão brasileiro em 1998 e paulista em 1999. Jogou também a Copa de 2002 e é presença garantida no Mundial da Alemanha. Atualmente, defende o Palmeiras.
Saudações,
Douglas Ceconello.
El matador foi um dos grandes nomes da seleção argentina campeã do mundo em 1978, marcando seis gols no torneio. Kempes disputou ainda as Copas de 1974 e 1982, mas não teve o mesmo brilho. Ao todo, jogou 18 partidas em mundiais, tornando-se um dos jogadores que mais envergou a azul e branca na história da Copa do Mundo. Defendeu a seleção em 44 oportunidades.
Mario Alberto Kempes nasceu na cidade de Córdoba, em 15 de julho de 1954. Ele começou a carreira defendendo o Talleres e aos poucos seu nome e sua capacidade de marcar gols passaram a ser conhecidos. Goleador nato, destacava-se pela grande mobilidade e domínio de bola, além de um arremate mortal. Depois transferiu-se para o Rosario, clube que defendeu por mais de duas temporadas.
Kempes
Atentos às suas atuações, os espanhóis do Valencia compraram seu passe. As duas primeiras temporadas na Espanha foram brilhantes. Em 1976-77 e 1977-78 sagrou-se o goleador máximo do campeonato. E foi com esse cartaz que César Luis Menotti convocou-o para disputar a Copa de 1978. Na final contra a Holanda, em um jogo encrespado, garantiu o título ao marcar dois gols.
Em 1981, retornou à Argentina para defender o River Plate, conquistando a liga daquele ano. Em 1982, voltou ao Valencia para, nos anos seguintes, defender clubes de menor expressão.
Títulos: 1 Mundial, 1 liga argentina com o Rosario Central, 1 liga argentina com o River Plate, 1 Copa do Rei com o Valencia, 1 Recopa da Europa com o Valencia, 1 Supercopa da Europa com o Valencia, Melhor jogador sul-americano em 1978.
Saudações,
Douglas Ceconello
Ele foi o único jogador uruguaio a disputar quatro mundiais, em 62, 66, 70 e 74. Ironicamente, a melhor posição alcançada foi na Copa do México, onde se machucou na estréia e desfalcou o selecionado charrua pelo resto do torneio. Nascido em Salto, a 3 de dezembro de 1942, Pedro Rocha é um dos maiores nomes do futebol uruguaio e um dos ídolos máximos do Peñarol.
Começou nas categorias de base do clube e aos 17 anos já era titular. Inicialmente, jogava como centroavante, mas depois foi recuado para a meia-cancha, onde passou a envergar a jaqueta 10. Pedro Rocha converteu-se em um dos maiores artilheiros do Uruguai na década de 60, ganhando a liga nacional, a Libertadores e batendo Di Stefano e seu Real Madrid na final do Mundial, em 1966. O Peñarol bateu os espanhóis por 2 a 0 nas duas partidas.
Pedro Rocha
Em 1968 a Fifa indicou-o como um dos cinco melhores jogadores do mundo. Em 1971, transferiu-se para o São Paulo, clube que defendeu até 1977 e onde conquistou dois campeonatos paulistas e um nacional. Destacava-se por uma excelente visão de jogo, condição física irretocável e arremate forte. Quando saiu do Morumbi, passou por Coritiba, Palmeiras, Bangu, Monterrey e Al Nasser, clube em que encerrou a carreira em 1980, aos 38 anos.
Pela Celeste, jogou 75 partidas e marcou 16 gols. Em mundiais, atuou em 10 ocasiões, anotando um gol.
Saudações,
Douglas Ceconello.
Gol de Rocha
Foi em 1969. O Peñarol jogava contra o Estudiantes de La Plata. Rocha estava no centro do campo, de costas para a área adversária e com dois jogadores em cima, quando recebeu a bola de Matosas. Dominou-a com o pé dierito, com a bola no pé se virou, enganchou-a por trás do outro pé e escapou da marcação de Echecopar e Taverna. Deu três passadas, deixou para Spencer e continuou correndo. Recebeu a devolução pelo alto, na meia-lua da área. Matou a bola no peito, soltou-se de Madero e de Spadaro e disparou de voleio. O goleiro, Flores, não viu nem nada.
Pedro Rocha deslizava como cobra no pasto. Jogava com prazer, dava prazer: o prazer do jogo, o prazer do gol. Fazia o que queria com a bola, e ela acreditava totalmente nele.
[Eduardo Galeano - Futebol ao sol e à sombra - L&PM Pocket - página 128]
O apelido "patada atômica" foi obra dos cronistas esportivos mexicanos, no Mundial de 1970, impressionados com a potência de seus chutes. Rivelino foi um jogador de extrema técnica e aptidão para driblar, concluir e fazer lançamentos. Ironicamente, conquistou poucos títulos. Além da Copa do México, ganhou o Torneio Rio-São Paulo de 1966, pelo Corinthians, e o Campeonato Carioca em 1975, 1976 e 1977, quando atuava pelo Fluminense.
Rivelino nasceu em 1º de janeiro de 1946, em São Paulo. Não foi aprovado pelas categorias de base do Palmeiras e obteve destaque no Parque São Jorge, onde ficou conhecido como "Reizinho do Parque". Passou 10 anos atuando pelo Corinthians e transferiu-se para o Fluminense em 1974. Sua estréia foi exatamente contra o ex-clube. Rivelino marcou três gols e os cariocas venceram por 4 a 1.
Sua principal arma secreta: o bigode
Estreou pela seleção em 1966, em um amistoso contra o Arsenal. Atuou nos mundiais de 1970, 1974 e 1978. Na Copa do México, conseguiu alcançar a titularidade em um time que talvez tenha sido o melhor de todos os tempos. Em cinco jogos, marcou três gols, consolidando-se como um dos destaques da conquista. Pela seleção, jogou 122 partidas e marcou 43 gols.
No final da década de 1970, foi jogar na Arábia Saudita. Ganhou um fortuna, brigou com dirigentes e voltou para o Brasil em 1981 para atuar na sensacional seleção de masters. Seus chutes eram tão potentes que certa vez o goleiro argentino Buttice, do San Lorenzo, conseguiu interceptar um arremate seu, mas, devido ao impacto, ficou com a marca do crucifixo que usava estampada no peito.
Saudações,
Douglas Ceconello
A história de Manoel Francisco dos Santos pode ser representada por duas palavras e uma pessoa: bola, cachaça e Elza Soares. Presença garantida entre os maiores dos maiores jogadores de todos os tempos, nasceu apenas para driblar. Não gostava de fazer gols, não passava a bola, queria somente ultrapassar seus marcadores até cansar.
Aquela história de driblar apenas mais um "joão" nunca existiu, na verdade. Garrincha nunca usou esse termo para se referir a um adversário. Também muito se fala a respeito de sua (falta de) inteligência. Mas o fato é que ele simplesmente tinha um humor pueril e índole pacífica.
Sua maior peculiaridade era a anatomia das pernas. Uma delas era seis centímetros menor do que a outra. As duas formavam um arco: a da direita envergada para dentro e a da esquerda curvada para fora. Foi desprezado por Vasco e Fluminense. Há uma história de que, quando apareceu no Botafogo para tentar alguma coisa, o treinador do alvinegro teria dito: "Só me faltava essa, aqui aparece até aleijado."
Mané
Começou jogando pelo Botafogo em 1953 e ficou lá até 1965, quando já não tinha condições sequer de andar. Seu problema crônico no joelho, agravado pelas constantes excursões, pela formação das pernas e pela marvada canha, abreviaram a sua carreira. Mesmo assim, Corinthians, Flamengo e Olaria ainda apostaram nele, ou melhor, na sua lenda.
Garrincha estreou em mundiais em 1958, formando a linha de frente com Pelé, Didi, Vavá e Zagalo. Seu grande momento, no entanto, aconteceu quatro anos mais tarde, no Chile. Com Pelé contundido, Mané tornou-se o grande nome do bicampeonato. Fez gol de falta, de cabeça, de pé direito e de pé esquerdo. Além disso, deixou Amarildo na cara do gol inúmeras vezes. Garrincha cumpriu o que prometera a Elza Soares: ganhar a Copa para ela.
Sim, esse cara jogou bola
Voltando ao Brasil, foi recebido como herói. Mas os dirigentes do Botafogo não concordavam com o resto do mundo e não aumentaram seu salário. Apesar disso, Garrincha destruiu pelo Campeonato Carioca. Claro que sua vida ficava dividida entre General Severiano e Pau Grande, para onde fugia e tomava tragos homéricos. Na final contra o Flamengo, ele se apresentou momentos antes do jogo, com uma ressaca dos diabos. Marcou dois gols e deu o passe para outro. 3 a 0. E foi a última grande partida de Garrincha.
Foi convocado para a Copa de 1966, mas era apenas um arremedo de jogador. Em 19 de dezembro de 1973, ganhou um jogo de despedida da seleção brasileira. No Maracanã, 130 mil pessoas gritaram seu nome. Na verdade, esse jogo serviu para dar dinheiro a Garrincha. A renda foi toda passada a ele e não durou muito. Os anos seguites foram todos marcados por crises cada vez mais fortes em decorrência do consumo absurdo de álcool.
Garrincha martirizando seus adversários
Diz a lenda que Garrincha representava bem a cidade de "Pau Grande", onde nasceu. Teve 13 filhos, um deles fabricado na Suécia, quando da Copa de 1958. Ele nasceu em 28 de outubro de 1933. Sua estréia no Botafogo aconteceu em 19 de julho de 1953, contra o Bonsucesso, marcando três gols na vitória de 6 a 3. Faleceu em 20 de janieor de 1983 por motivos mais do que sabidos.
Quem quiser conhecer mais - e realmente vale a pena - indico fortemente o livro Estrela Solitária, de Ruy Castro.
Saudações,
Douglas Ceconello.
"Só três pessoas na história conseguiram calar o Maracanã lotado com um só gesto, o Papa, Frank Sinatra e eu". O autor da frase foi o principal responsável pelo "Maracanazo" de 1950, quando anotou o gol da vitória charrúa sobre os brasileiros. Nesse momento, ainda que de forma involuntária, ele iniciou a maior perseguição que já se viu a um desportista: o goleiro Barbosa seria execrado, lembrado como o vilão maior, já que ninguém queria admitir o salto alto brasileiro.
Na antológica partida que decidiu o Mundial de 1950, Ghiggia não apenas deu o bicampeonato ao Uruguai como provocou aos brasileiros um trauma que duraria oito anos. Ary Barroso, que comentava futebol e compunha sambas com a mesma freqüência, ao ver o dianteiro marcar o gol fatídico, soltou uma frase que hoje prolifera-se por estádios do Brasil, mas que foi usada com sentimento totalmente distinto: "eu já sabia, eu já sabia". Além disso, prometeu que nunca mais comentaria uma partida de futebol. Prometeu e cumpriu.
Ghiggia e o momento em que 200 mil pessoas trancaram a respiração ao mesmo tempo
Alcides Edgardo Ghiggia nasceu em Montevidéu, em 1926, e começou sua trajetória profissional no Sud America, tornando-se a principal figura da equipe. Demonstrando extrema velocidade como ponteiro direito, logo foi contratado pelo Atlanta, de Buenos Aires. A aventura argentina durou pouco e Ghiggia voltou para o Peñarol, onde passou a jogar a partir de 1948. Conquistou a titularidade em uma equipe que contava com a chamada "Esquadra da morte". Schiaffino, Hohberg, Mazurkiewicz, Varela e Spencer eram alguns de seus companheiros de time. Essa equipe do Peñarol, campeã nacional em 1948 e 1951, foi a base da seleção que venceu a Copa de 50.
Após ser suspenso por mais de um ano por ter agredido um jogador, Ghiggia transferiu-se para o Roma, onde hogou durante nove anos. A imprensa italiana chegou a chamá-lo de "um novo Garibaldi". Na temporada 1962/63 jogou pelo Milan e foi campeão da liga italiana. Posteriormente, voltou ao Uruguai para defender o Danúbio, o Sud America e, novamente, o Danúbio, onde encerrou a carreira em 1967, aos 41 anos.
Ghiggia pela Azurra
Pela seleção charrúa, Ghiggia jogou apenas 12 partidas e marcou quatro gols, todos eles no Mundial do Brasil. Favorecido pela dupla cidadania, também defendeu o selecionado italiano quando atuou no país. Pela Azurra, jogou cinco partidas e marcou um gol. Atualmente, vive na cidade de Las Piedras, distante 30 quilômetros de Montevidéu.
Saudações,
Douglas Ceconello.
Cada vez que alguém entra em uma padaria e pede um "Diamante Negro", estará homenageando um dos maiores jogadores brasileiros, além, é claro, de impulsionar o mercado e fomentar o comércio. Famoso por ter inventado a bicicleta, Leônidas participou das Copas de 1934 e 1938.
Leônidas foi o artilheiro do torneio de 1938, disputado na França, quando marcou 8 gols. O Brasil caiu nas semifinais ao perder por 2 a 1 para a Itália. Lesionado, não pode jogar contra a Azurra. Na disputa pelo terceiro lugar, os brasileiros bateram a Suécia por 4 a 2. Pela seleção, marcou 37 gols em 27 partidas.
Diamante Negro
O Diamante Negro foi considerado um dos maiores jogadores de sua época, com grande habilidade e faro de gol. Devido à popularidade que alcançou foi garoto propaganda de vários produtos, entre eles o chocolate que até hoje acompanha aquela fumegante taça de café nas docerias do Brasil-sil. O apelido foi conferido pelos uruguaios quando ele jogou por lá - Leônidas defendeu o Pañarol em 1933. Graças à elasticidade que possuía, também ganhou a alcunha de "Homem Borracha".
Leônidas e o lance que o consagrou
Leônidas da Silva nasceu em 6 de setembro de 1913, no Rio de Janeiro. Começou jogando pelo Bomsucesso e depois transferiu-se para o Peñarol. Em 1933 voltou para o Vasco. Posteriormente, jogou pelo Botafogo e Flamengo. A partir de 1942, jogou pelo São Paulo, clube em que encerrou a carreira em 1951. Leônidas morreu em 24 de janeiro de 2004, em decorrência do mal de Alzheimer.
Saudações,
Douglas Ceconello.
O argentino Guillermo Stábile marcou seu nome na história dos mundiais ao tornar-se o goleador máximo do torneio de 1930, realizado no Uruguai, quando a sua seleção alcançou o vice-campeonato, perdendo a final para os anfitriões. Ele marcou 8 gols em 4 partidas. Nessa mesma competição, ele se tornou o primeiro jogador a marcar 3 gols em uma partida de Copa (nos 6 a 3 impostos pela Argentina sobre o México).
Stábile nasceu em Buenos Aires em 17 de janeiro de 1906, mais precisamente no Barrio de los Corrales. Desde pequeno, detacou-se por sua agilidade e velocidade, adotando a posição de ponteiro direito. Sua primeira equipe foi o amador Sportivo Metán.
Guillermo Stábile
Em 1924, ele foi descoberto por olheiros do Huracán jogando nas ruas da capital argentina. Nesse mesmo ano, ele alcançou a titularidade da equipe e logo na primeira temporada anotou 48 gols. Em 1928, Stábile levou o Huracán a conquistar o campeonato, marcando 28 gos (10 nas últimas quatro partidas) e formando uma linha ofensiva legendária com Loizo, Spósito, Chiesa e Onzari.
Guillermo Stábile estreou pelo selecionado argentino em 1926. Apesar de não ter muito apuro técnico, sua excepcionalidade baseava-se na velocidade, que permitia sua passagem pelos defensores com grande facilidade. Além disso, era um artilheiro nato. Depois do mundial no Uruguai, foi para o Gênova, da Itália.
Stábile marca contra os EUA
em 1930
Em 1935, foi contratado pelo Nápoli. Dois anos depois, transferiu-se para o Red Stars, da França, onde encerrou sua carreira. Stábile foi sempre ídolo nos clubes onde passou. Após pendurar as chuteiras, dedicou-se à carreira de treinador, dirigindo equipes como Huracán, San Lorenzo e Estudiantes. Comandou ainda o Racing, onde foi campeão em 1949, 50 e 51.
Stábile também foi técnico da seleção argentina, levando a equipe a conquistar a Copa América em 1941, 1945, 1946, 1947, 1955 e 1957. Nessa última conquista, o ataque era formado por Maschio, Angelillo e Sívori. Comandando o selecionado em 127 partidas, venceu 85 e sofreu 25 derrotas. Em casa, perdeu apenas um jogo, por 3 a 2 frente ao Brasil em 1940.
Quando deixou a seleção, passou a dirigir a Escola Nacional de treinadores até sua morte, em 27 de dezembro de 1966.
Saudações,
Douglas Ceconello.
Impedimento inaugura a seção que abordará grandes personagens sul-americanos em mundiais. Todo domingo publicaremos a pequena biografia de um jogador que tenha obtido destaque defendendo seu país em alguma edição do maior evento do universo futebolístico.
E começamos em grande estilo, falando de Héctor SCARONE, grande atacante da seleção uruguaia e do Nacional no início do futebol profissional. Nascido em 26 de novembro de 1898, em Montevidéu, ele participou da primeira conquista charrúa em mundiais, justamente na Copa inaugural, disputada em 1930, lá mesmo, no Uruguai. Para levantar o troféu, os anfitriões bateram a Argentina na final por 4 a 2.
Scarone é o maior artilheiro da Celeste Olímpica, com 52 gols em 70 jogos, anotados entre 1917 e o começo da década de 1930. Ele é conhecido como "el mago" por ter deslumbrado o mundo nas primeiras décadas do século XX, quando o futebol ainda transitava entre o aspecto amador e o profissionalismo.
Héctor Scarone
Jogador tecnicamente perfeito, tinha no cabeceio uma de suas principais habilidades. Ao contrário do que afirma Dadá Maravilha, Scarone também sabia parar no ar para aguardar o exato momento de fulminar o goleiro. Além disso, tinha um passe milimétrico e grande precisão nos arremates. Com o selecionado do país, venceu a Copa América quatro vezes, duas Olimpíadas, em 1924 e 1928, e a Copa do Mundo de 1930.
Héctor Scarone começou no Nacional, em 1917, permanecendo até 1926. Depois, foi para a Europa e defendeu o Barcelona. Em 1927, retornou ao clube de origem, partindo em 1932 para a Itália, onde jogou por Ambrosiana e Palermo. Mais tarde, em 1934, voltou ao Nacional, encerrando a carreira em 1939. Pelo clube uruguaio, Scarone participou de 369 partidas e assinalou 301 gols. Ajudou o Nacional a conquistar o campeonato do país oito vezes, em 1916, 1917, 1919, 1920, 1922, 1923, 1924 e 1934. Faleceu em 4 de abril de 1967.
[contribuições, apelos, mandingas, charges de Maomé, dinheiro, iates e similares podem ser enviados para impedimento@gmail.com]
Saudações,
Douglas Ceconello.