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o triste mundo da burocracia
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o triste mundo da burocracia
O aspecto mais trágico do tsunami que atingiu a Ásia é o patético desempenho dos burocratas ao redor do mundo, resumido na revista Carta Capital desta semana.
O comandante de uma base aérea na Índia, quando soube que um tsunami havia atingido Nicobar, enviou um fax ao ministro de Ciência e Tecnologia. O pessoal do Centro de Advertência de Tsunamis no Havaí não tinha o número de ninguém da Ásia na agenda. O serviço meteorológico da Malásia levou 3 horas para enviar um fax às filiais da costa, que a essa altura estavam embaixo d'água. Sismólogos tailandeses estavam em um congresso quando receberam a notícia, mas decidiram não fazer nada, porque em 1998 deram um alarme de um tsunami que jamais chegara e todo mundo foi demitido.
Um terremoto enviar a energia de 30 mil megatons sobre praias em dez países e matar mais de 160 mil pessoas como se tira o pó de cima da mesa já seria chato o suficiente para seres conscientes de sua própria impotência ante a natureza. Agora, saber que uma boa parte das pessoas morreu porque um sujeito no Havaí não pensou em ligar para o 102 é profundamente desestimulante. Isso para não falar nos burocratas pusilânimes tailandeses, temerosos de perderem seus empregos no Estado - o que seria um ótimo argumento pela privatização, se funcionários do setor privado não fossem ainda piores. Nada pior do que perceber-se nas mãos de completos imbecis.
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