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a mãe de todas as crises
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a mãe de todas as crises
...Eu não tinha idéia de que o Roberto Jefferson ia fazer isso ou aquilo, mas, um mês antes da crise, conversei com várias pessoas e estava seguro de que vinha uma crise monumental. De onde ela vinha eu não sabia. E por que? O governo tinha perdido a iniciativa política, tinha perdido a capacidade de organizar a sua tropa, havia uma brigalhada monumental no PT. Naquele negócio do Luís Eduardo (Greenhalgh) e do Virgílio (Guimarães), na verdade, o João Paulo manobrou o tempo todo para que fosse eleito o Virgílio, produziu a derrota do Luís Eduardo e acabou criando as condições para a oposição, de uma forma absolutamente irresponsável, botar o Severino na presidência da Câmara. O governo não tinha mais iniciativa política, continuava perplexo e fingia que comandava o processo.
[...]
Eu acho que o Lula é um político que tem uma percepção do Brasil profundo que poucos políticos têm. Ele saca o que o povo pensa, o que o povo consegue admitir, o que o povo não tolera de jeito nenhum. Ele tem uma percepção profunda disso, muito mais do que os marqueteiros, os políticos. Nisso ele é um gênio. Agora, ele é um desastre na percepção da importância da política institucional. Ele não consegue perceber como se faz a política institucional. É como se a política institucional, na cabeça dele, não tivesse importância.
Franklin Martins comanda a vala em No Mínimo. Perfeita análise política dos acontecimentos.
b a l a
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