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o ódio
Esses distúrbios em Paris são o acontecimento político mais importante do ano — a crise no governo Lula não é fato político, já desceu ao nível de palhaçada. Conforme a resposta do governo francês, será definido não apenas o futuro da imigração na Comunidade Européia, como até mesmo o futuro das relações entre o Ocidente e o Oriente.
O Libération, como bom comunista, publicou uma das primeiras matérias com alguns dos jovens hidrófobos contando seus motivos. Basicamente, eles consideram o governo arrogante, especialmente a "falta de respeito" com que foram tratados pelo ministro do Interior, Nicolas Sarkozy. Contribuiu muito o fato de policiais terem atacado uma mesquita com gás lacrimogêneo.
É interessante a diferença entre os favelados franceses e os brasileiros. Não lhes falta acesso às benesses do Estado de Bem-Estar social, mas justamente por isso eles odeiam a França. Sentem-se tutelados demais pelo governo. Ah, a adolescência e sua rebeldia contra os pais!
No Brasil, apesar de não terem acesso a nada, os jovens favelados não odeiam o Estado. Talvez nem saibam de sua existência, a não ser na figura da polícia. Então despejam sua raiva sobre o cidadão de classe média. De forma desorganizada, ao contrário dos colegas francófonos. Será devido à falta de educação formal, o que não ocorre entre os gauleses?
A unir os dois grupos de bárbaros, um só problema: falta do que fazer. O desemprego e a ausência de perspectivas são tão grandes lá quanto aqui. Por ser o único ponto em comum, deve ser a causa. Há apenas duas opções: dar alguma atividade a eles, ou então prendê-los todos.
Um bom momento para finalmente assistir La haine.
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