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Ricardo Kotscho entrevista José Dirceu. Entrevista entre compadres, claro:
Às vésperas do teu julgamento pela Câmara, como você se sente? Em que tem pensado nos poucos momentos em que fica sozinho?
Eu me sinto profundamente reconfortado pelo apoio que venho recebendo. Evidentemente, estou triste, mas não amargurado, por tudo o que aconteceu. E eu tenho feito uma reflexão profunda sobre os erros que nós cometemos e como posso ajudar a superar esta situação. Minha vida pessoal não mudou. Faço exercícios todos os dias, acabei de ler “A Aventura de Miguel Líttin Clandestino no Chile”, de Gabriel Garcia Marques (a história de um cineasta que consegue escapar do fuzilamento nos anos Pinochet) e agora estou lendo “O Diário de Nina”, de Nina Lugovskaia (o terror stalinista nos cadernos de uma menina soviética). Já li mais de dez livros nesta crise. Vejo filmes em casa, vou à Câmara, cuido da minha defesa. E durmo razoavelmente bem para a situação que estou vivendo.
As leituras mostram que não, José Dirceu não se recuperou ou arrependeu. Das duas uma: ou está lendo estes livros para se inspirar em um movimento de vingança stalinista, ou então os citou apenas como forma de provocação a seus acusadores, querendo indicar que se sente como perseguido político em um período de totalitarismo.
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