« cada dia mais cabelos brancos |
duas seqüências é arriscar demais
| pinta lá, magrão »
duas seqüências é arriscar demais
Que falta faz o Brian Singer! — aí está a primeira coisa que vem à cabeça quando os créditos finais de X-Men - Confronto final começam a rolar.
Basta dizer que Wolverine se torna um bom moço. O diretor Brett Ratner, seja lá quem for, não consegue fazer com que Logan convença nos momentos supostamente maliciosos. De resto, até consegue manter os outros X-Men na linha. Um ponto a favor é a ausência do mala do Ciclope na maior parte do filme. O Arcanjo é um personagem inútil, já que só serve de desculpa para seu pai buscar a "cura" do gene mutante. O roteiro também transformou Tempestade em uma mala sem alça, que só faz encher o saco do Wolverine. Nos dois primeiros episódios, ela era mais ambígua. A briga pueril entre Homem de Gelo e Pyro, francamente...
O problema é o roteiro ter estragado um bom argumento. No caso, a saga da Fênix Negra, aliado à descoberta da "cura" mutante. Brian Singer talvez tivesse feito um belo filme, mas esse outro diretor só conseguiu atochar o maior número de cenas que conseguiu em duas horas. Lá pelas tantas a mudança freqüente de seqüências começa a pôr em risco a paciência do espectador. As duas primeiras cenas, 20 e 10 anos antes dos eventos narrados no filme, supostamente servem para explicar a origem do Arcanjo e da Fênix, mas são absolutamente desnecessárias.
Isso para não mencionar o fato de que só durante a sessão é possível pensar em mil maneiras de parar a Fênix Negra sem matar Jean Grey. Magneto ficou subitamente mais burro, também, mas não dá para dizer o porquê sem estragar o filme. Furos que prejudicam a verossimilhança deste terceiro X-Men e dão uma sensação ruim ausente dos primeiros dois episódios.
Não chega a ser uma ofensa aos fãs dos filmes anteriores, como Matrix Revolutions, mas poderia ter sido um filme muito melhor.
b a l a
kuro5hin
slashdot
wikinews