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stalinismo na banca de revistas
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stalinismo na banca de revistas
O jornaleiro e estudante de história Fábio Marinho, de Porto Alegre, parou de vender as revistas Veja, Época e a falecida Primeira Leitura. A gota d'água foi uma reportagem do semanário da Abril sobre Hugo Chávez em que " tudo era escrito num tom muito ofensivo, sem o menor respeito por um presidente de Estado, de uma nação soberana, eleito pelo voto popular". O semanário da Globo e o do PSDB foram barrados por "perseguir" o governo Lula. A parte mais educativa da entrevista é a seguinte:
Isso não pode prejudicar o seu trabalho, visto que a Veja é uma das publicações mais vendidas e que, portanto, gera grande retorno à banca?
Sobre perder vendas, bem, entre ganhar dinheiro com a Veja ou perder algumas vendas e contribuir para que os meus clientes descubram a Caros Amigos, a CartaCapital, a Reportagem, fico com esta segunda opção, sem falar no componente ético que em mim é muito forte.
É isso aí. Como todo bom estudante de história, Marinho é comunista. E como todo bom comunista, pensa saber o que é melhor para os outros. E pretende fazer com que o tenham, gostem ou não. Mas, evidentemente, os clientes da banca são pobres alienados, incapazes de decidir por si mesmos qual revista faz o melhor jornalismo, não é? O pior de tudo é ver gente que deveria proteger a pluralidade no jornalismo apoiando essa bobagem. Na praça em Berlim onde uma placa lembra a queima de livros de judeus e "escritores decadentes" pelos nazistas, há ao lado uma frase do poeta Heinrich Heine: "lá, onde se começa a queimar livros, ao final se está queimando homens".
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