Comentários sarcásticos, crítica vitriólica e jornalismo a golpes de martelo por Marcelo Träsel


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fenaj, um modelo de ponderação

Petistas que aguardavam Lula em frente ao Palácio da Alvorada agrediram os jornalistas que estavam à porta, fazendo o seu trabalho. Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra a imprensa. Um dos democratas agrediu um repórter duas vezes com o mastro da bandeira do partido. Outra jornalista foi empurrada. “Eu prefiro a ditadura do que a imprensa" e "Vamos fechar todos os jornais", diziam entusiasmados. "Se falar de dossiê, vai levar dossiê na cara", ameaçava um outro. Ouvido, um representante da Fenaj — Federação Nacional dos Jornalistas — afirmou que isso acontece porque os jornalistas “provocam”.

Reinaldo Azevedo poderia fazer a gentileza de dar o nome do representante da Fenaj, até para sabermos em quem atirar pedras. Seria interessante saber a opinião da Fenaj sobre estupro. Provavelmente dirão que as mulheres provocam os homens ao andar por aí com decotes e minissaias.

Para quem não lembra, a Federação Nacional dos Jornalistas é aquela instituição que pretendia criar o tal Conselho Federal de Jornalismo — e cobrar mensalidade de todos os jornalistas do país pelo serviço, claro. A Fenaj, aliás, ainda não desistiu do Conselho, mesmo sendo difícil encontrar um repórter empregado que seja a favor da idéia. Temei.

31 de outubro de 2006, 12:54 | Comentários (15)



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