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leitura na escola é um fracasso
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leitura na escola é um fracasso
O Ibope fez uma pesquisa sobre os hábitos de leitura dos gaúchos e concluiu que o índice no Estado é quase três vezes maior do que a média no resto do Brasil e o dobro da América Latina. Outro ponto interessante é que os livros de auto-ajuda, sempre no topo da lista de mais vendidos, não são os mais lidos. Mas as boas notícias terminam aí.
Os livros religiosos respondem por 24% do total de leitura dos gaúchos. Outros tipos de ficção, como romance, conto e infantil, ficam com 20% cada um. A auto-ajuda soma apenas 9%. Nada contra ler sobre religião, o problema é saber até que ponto este tipo de livro não compreende a auto-ajuda classificada de forma errônea. De qualquer modo, não se pode dizer que todo mundo está lendo Balzac, Dostoiévski, Rosa ou Melville, como o alto índice de leitura poderia fazer pensar. A pesquisa também jogou por terra a idéia de um mercado literário gaúcho, já que somente 32% dos entrevistados costumam comprar livros.
O mais grave, entretanto, é o seguinte dado: "Do público geral da pesquisa, 12% lê para a escola ou universidade, mas a porcentagem aumenta para 35% entre aqueles com até 15 anos, caindo para 21% entre os 16 e 24 anos." Ou seja, depois de ler obras abjetas como Escrava Isaura e Ana Sem Terra ou difíceis como Memórias Póstumas de Brás Cubas, boa parte das pessoas desiste de manter a leitura como hábito. Isso, mesmo com a média relativamente alta de livros lidos por ano. É preciso mudar urgentemente o modelo da disciplina de literatura no ensino médio, se a idéia for mesmo formar leitores.
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