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crítica de mídia, porque sou mestre em comunicação
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crítica de mídia, porque sou mestre em comunicação
No capítulo de agora há pouco de Páginas da Vida — que deveria se chamar "panela velha é que faz comida boa", ou algo assim — duas personagens que não identifiquei por estar de costas para a televisão comentavam o assassinato da ex-cunhada de Gerdau, ocorrido no bairro Leblon, Rio de Janeiro. Trocaram frases sobre o horror da violência nas grandes cidades, a ineficiência do Estado etc. Manoel Carlos, autor da novela, mora no Leblon e tem usado sempre o bairro como cenário. Deve ser legal usar uma novela da Globo como blog.
Aliás, a presença constante na mídia de um Leblon habitado por Reginas Duartes já deu nojo do lugar, mesmo sem conhecer.
O Globo Repórter, porém, salva a emissora abordando um assunto inexplicavelmente ignorado pela imprensa nos últimos tempos: a armadilha que são esses empréstimos populares. Não lembro de já ter visto alguma reportagem aprofundada sobre o tema. Esse caso não é o ideal, pois enfoca mais a incapacidade das pessoas em lidar com a noção de juros e de planejamento financeiro do que a evidente má-fé dos bancos de fundo de quintal.
Num país decente, distribuir panfletos com "grana fácil", "faltou dinheiro? sem problemas" e outras enganações seria proibido — bem como o banco acrescentar o valor de empréstimos pré-aprovados em seu saldo, como se fosse dinheiro seu. Uma conhecida que já trabalhou em um desses bancos conta histórias tenebrosas. Demitiu-se por não agüentar prejudicar as pessoas todo dia. E isso que era ladra: saiu por justa causa do emprego anterior por tirar dinheiro do caixa.
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