Comentários sarcásticos, crítica vitriólica e jornalismo a golpes de martelo por Marcelo Träsel


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sobre o gabriel

Valério Pillar, pai do Gabriel, anda investigando por conta própria o acidente que levou nosso amigo a falecer. Há alguns dias ele me enviou uma mensagem resumindo tudo, que reproduzo a seguir. Caso alguém tenha informações, favor entrar em contato.

Investigando o acidente descobri fatos relevantes que resumidamente relato a seguir. Se for conveniente podes divulgar amplamente na forma que achares melhor. Os resultados dessa investigação já estão com a polícia.

Ao sair do Ocidente, Gabriel deu carona para uma amiga até o bairro Cidade Baixa. Estava bem, conversando normalmente, dirigindo devagar, usando o cinto de segurança. Dali seguiu provavelmente pela Venâncio Aires e Felipe Camarão para voltar para casa. Uma testemunha me relatou que Gabriel o teria ultrapassado ao final da Felipe Camarão, dirigindo de forma segura, fazendo sinal com o pisca-pisca, depois andou devagar após a sinaleira da Ramiro.

A primeira idéia que muitos podem ter tido é que Gabriel teria perdido o controle do carro em alta velocidade na rua Mostardeiro no ponto onde ocorre súbita mudança de declividade logo depois da esquina da rua Florêncio Igartua. Essa hipótese não se confirmou porque a análise das imagens de vídeo de uma câmera de segurança mostrou que, antes do início da descida, Gabriel dirigia em baixa velocidade (47 km/h).

Ainda está sendo investigado o que aconteceu a partir do ponto em que o Fiat Palio e os demais veículos que vinham poucos segundos logo atrás desaparecem na descida da Mostardeiro até aproximadamente metade da lomba, de onde testemunhas teriam escutado um estouro forte e ruído de vidro se quebrando. Depois disso o carro foi visto derrapando até atingir com o lado direito o poste na esquina da Comendador Caminha; no choque teria girado por movimento inercial (por isso que aparece de frente para a rua Mostardeiro na foto publicada na Zero Hora). Esse primeiro estouro, segundos antes do carro atingir o poste, foi escutado por várias testemunhas independentes, sendo que uma delas estava a cerca de 150 metros do local do acidente (o estrondo ao atingir o poste foi escutado por testemunhas a 800 metros de distância).

Várias testemunhas relataram que momentos antes do acidente escutaram na Independência e depois, antes da descida da Mostardeiro, um veículo cujo motor e escapamento produzia um ruído ensurdecedor, possívelmente desses carros turbinados ou modificados para participar de corridas e que são capazes de aumentar a velocidade rapidamente. Gabriel dirigia o meu carro, um Fiat Palio com motor 1.3 e escapamento original, que não se enquadra nessa descrição.

A análise das imagens de vídeo mostra que dentre os veículos que vinham logo atrás havia um táxi, identificado como uma Volkswagen Parati modelo recente, cujo motorista (e talvez passageiro) deve ter visto o que aconteceu. Esse taxista não parou para dar assistência nem se apresentou como testemunha. Por que? As imagens de vídeo ainda estão sendo analisadas com o objetivo de identificar com mais detalhe os veículos que desceram a Mostardeiro naquele momento. Também, espera-se que testemunhas possam acrescentar novas informações para o esclarecimento do que aconteceu.

16 de janeiro de 2007, 14:28 | Comentários (27)



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