Comentários sarcásticos, crítica vitriólica e jornalismo a golpes de martelo por Marcelo Träsel


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a culpa é da internet

A revista IstoÉ prestou na capa da semana passada mais um desserviço ao público, prometendo uma reportagem sobre as tragédias amorosas ocorridas a partir da Internet. A matéria em si não é tão simplista, apontando aqui e ali que a Internet é tão culpada por esses casos quanto um revólver é pelos assassinatos cometidos com ele. O problema é que, como qualquer jornalista sabe, vale o que está na manchete. Se a capa puxa para o lado da tragédia, não dos casos do sucesso, essa é em geral a mensagem que fica.

Ainda por cima, o texto é escrito em tom de folhetim de quinta categoria:

A internet é hoje a grande sedutora. Uma fria, impessoal, mas interessante e útil sedutora com todos os maravilhosos e indispensáveis serviços que oferece, e não poderia ser diferente nos seus sites de paquera, convivência e namoro. E como toda ferramenta de sedução pode funcionar para o bem ou para o mal.

A revista em questão não é a única a usar o fato de uma tragédia ou sucesso ocorrer na Internet para fazer aquele sensacionalismo amigo. Tudo bem, isso faz parte do jornalismo. É preciso arranjar notícias, afinal, e a tecnologia serve para reciclar a velha história do crime passional. Assim, cabe aos leitores manter a racionalidade. A reportagem diz, por exemplo, que apenas 2% dos relacionamentos iniciados na rede têm sucesso. Pode parecer pouco, mas me parece um nível de sucesso muito maior do que se consegue indo a um bar e encontrar o sexo oposto em pessoa. Esse poderia muito bem ser o enfoque principal.

18 de março de 2007, 23:56 | Comentários (8)



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