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abrindo o voto
Como já é tradição neste blog, listo abaixo os candidatos que contarão com o meu voto neste primeiro turno de eleições no próximo domingo:
Prefeito - Vera Guasso, número 16
Dado o cinismo geral que tomou conta de todo o processo democrático, não é mais possível escolher um candidato com base no programa de governo. Durante mais de uma década fiz campanha para o Lula. Na eleição que o guindou à presidência, em 2002, já havia me desiludido com o petismo, mas sufraguei o nome do companheiro por curiosidade intelectual. Como previsto, o governo do PT implodiu qualquer esperança de melhorar o mundo através da política partidária.
Nesse contexto, só resta premiar de alguma forma aqueles que tornam sua vida um pouco melhor. O PSTU sempre criou os melhores slogans, como "contra burguêis, vote dezesseis", ou "contra FHC, o FMI e tudo isso que está aí". Infelizmente nunca aceitaram minha sugestão de "contra torneiro, vote maconheiro" para a eleição presidencial. Enfim, o objetivo aqui é incentivá-los a continuar participando das campanhas. No mais, até onde sei Vera Guasso é boa pessoa.
É claro, meu candidato original era o do PCO, cujo presidente regional Guilherme Giordano propôs na eleição passada o desmantelamento do "aparato repressivo da PM" e a criação de milícias populares para combater a criminalidade, mas ele desistiu de concorrer. O segundo turno a Deus pertence, vemos o que fazer após 3 de outubro.
Vereador - Professor Filipe, número 43.010
O candidato a vereador pelo Partido Verde é marido de uma de minhas tias, portanto sei ser uma pessoa honesta e comprometida com o objetivo de botar ordem no circo que se tornou o Plano Diretor da capital. Engenheiro, Filipe é um dos fundadores e professor de Física do cursinho Unificado. Participa ativamente de movimentos contrários à especulação imobiliária desenfreada em Porto Alegre. É um tema que sempre me preocupou, então voto nele não apenas por parentesco familiar, mas também intelectual.
P.S. E pensar que se eu lesse um texto como esse meu há dez anos eu classificaria o autor como um analfabeto político brechtiano, sem pestanejar. Hoje já acho que Brecht era o idiota. Sacaneou Helene Weigel e Elizabeth Hauptmann, mulher e amante. Depois de se salvar dos nazistas se refugiando nos Estados Unidos, transformou em palhaçada uma audiência do Comitê de Atividades Anti-Americanas, que, OK, também era uma palhaçada. Em vez de ficar e lutar contra isso junto a outros artistas, porém, emigrou para a Alemanha Comunista, onde desfilava em um DKW, carro de luxo na época, e mantinha cidadania austríaca e contas na Suíça enquanto o governo o usava como mito do proletariado. Apoiou a repressão a um levante popular contra a ditadura comunista pouco antes de morrer.
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