Comentários sarcásticos, crítica vitriólica e jornalismo a golpes de martelo por Marcelo Träsel


mestre träsel

Informo aos caros leitores que a banca de dissertação foi muito bem. Tirei nota máxima, com direito a estrelinha. Em breve publicarei aqui um link para quem quiser baixar o trabalho. Agora vou ali descansar, com licença.

P.S: Carmencita, pode parar de ameaçar as pessoas da banca. Todas me trataram bem.

31 de março de 2007, 16:09 | Comentários (24)

free sobel!

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O pessoal do blog Noteu* foi rápido em começar a campanha em prol de Henry Sobel, o líder da congregação judaica no Brasil. Para quem não sabe, o rabino e arroz-de-festa da imprensa foi pego roubando gravatas de lojas de grife em Palm Beach. Vejam vocês que situação difícil a da comunidade judaica. Enquanto o Papa Bento XVI anda coberto de sedas e jóias, os rabinos são obrigados a roubar para viver.

30 de março de 2007, 10:40 | Comentários (23)

filho pródigo

Depois de passar alguns anos em retiro espiritual, eis que Eduardo Fernandes, o Eduf, um dos luminares da Internet brasileira, volta à ativa no blog da Superinteressante. Para quem já esqueceu, Eduf foi o responsável por coisas como a revista eletrônica Fraude — onde, temerariamente, deu meu primeiro espaço para escrever sobre gastronomia, resultando mais tarde no Garfada.

29 de março de 2007, 13:11 | Comentários (10)

setor bancário = máfia

Se a economia de mercado no Brasil funcionasse como o Banco Central gosta de dizer, todos os bancos do país já teriam fechado por prestar um serviço de merda aos clientes. Como na verdade a economia de mercado não existe por aqui, nem nunca existiu, os bancos não dependem de seus clientes, mas sim da ação entre amigos que rola no Ministério da Fazenda.

Um exemplo recente é a mudança no cálculo da TR, índice que define o rendimento da poupança. Os bancos fizeram uma choradeira porque a poupança estava ficando mais atrativa que seus fundos de investimento, que em geral cobram uma taxa de administração abusiva, e o governo mais uma vez arriou as calças e prejudicou o cidadão. E não é exatamente como se os bancos estivessem ganhando pouco.

O sujeito é obrigado a usar esses serviços e precisa escolher entre meia dúzia de instituições igualmente ruins, a não ser que seja milionário. Os bancos cada vez mais tentam evitar que seus clientes freqüentem a agência e ainda cobram por isso. É ridículo. Hoje fui tentar sacar dinheiro em um caixa eletrônico do Itaú e a máquina informou que agora é preciso pagar R$ 1,40 por retirada fora de agência. Sendo que ninguém falou nada sobre isso quando fui coagido a criar uma conta lá. Mas não há de ser nada: doravante, entrarei na fila e sacarei meu dinheiro na boca do caixa. De qualquer modo, preciso ir até a agência, então não custa nada protestar aumentando a necessidade de atendentes.

27 de março de 2007, 23:16 | Comentários (33)

BarCamp POA 2.0

Na próxima sexta-feira e sábado, acontece o segundo BarCamp em Porto Alegre. Será na Faculdade de Educação da UFRGS, no campus da reitoria, sala 101. Aqui tem um mapa. O pessoal está organizando uma transmissão do evento de sábado pela TV Software Livre. Dessa vez, infelizmente, acho que não poderei participar, mas recomendo muito. Como o evento é grátis e auto-organizado, vale a pena levar um pacote de bolachas para contribuir no coffee-break — no primeiro BarCamp em Porto Alegre, um sujeito levou até bolo feito em casa.

Segue o programa do evento:

Educação e novas tecnologias, laptop US$100, direito autoral, formas de compartilhamento, software livre, inclusão digital, jornalismo participativo, movimentos sociais e comunicação, blogs...

Estes temas e muitos outros atravessam a mídia, os corredores das faculdades, as conversas de bares, os círculos acadêmicos formais... porquê não fazer um evento diferente, onde as pessoas possam trocar informação, de forma descontraída, mas com muito conteúdo?

O BarCamp é uma desconferência, modelo de evento baseado nos princípios de colaboração. O objetivo é proporcionar interação e descontração entre os participantes.

Ao contrário das conferências tradicionais, não há uma pauta pré-definida de apresentações e grupos de trabalho. Os participantes decidem a grade de programação e formam os círculos de debate conforme seus interesses, invertendo o modelo top-down das reuniões de especialistas e adotando um modelo emergente, bottom-up. O trabalho da organização é mais facilitar do que comandar.

Nesta segunda edição pretendemos demonstrar/debater/conhecer o projeto UCA (Um computador por Aluno) e a proposta do modelo pedagógico da OLPC (One Laptop Per Child), também conhecido por "laptop de 100 dólares".

O LEC, Laboratório de Ensinos Cognitivos da UFRGS, apresentará de forma descontraída a experiência desenvolvida da Escola Luciana de Abreu, onde as crianças já estão utilizando os laptops como ferramenta educacional.

Então traga seu chimarrão, sua térmica de café, e venha participar deste evento. As inscrições são livres.

Em São Paulo, o primeiro BarCamp aconteceu neste final de semana. A cobertura pode ser conferida no site do BarCamp Brasil.

26 de março de 2007, 4:28 | Comentários (4)

por tutatis!

Após quase três anos morando sozinho, voltei para a casa de minha mãe.

Graças às chuvas que não páram e a um condomínio dado a fazer gambiarras em vez de resolver problemas, sou o feliz proprietário de duas cascatas em plena zona urbana de Porto Alegre: uma em minha sala, outra em meu quarto. Desabrigado, tive de pedir asilo à progenitora por alguns dias. Doações de panelas para aparar goteiras e panos de chão podem ser combinadas pelo e-mail aí ao lado. Outra forma de ajudar é rezar, fazer danças xamânicas ou até macumbas para que o sol volte logo.

20 de março de 2007, 11:44 | Comentários (33)

a culpa é da internet

A revista IstoÉ prestou na capa da semana passada mais um desserviço ao público, prometendo uma reportagem sobre as tragédias amorosas ocorridas a partir da Internet. A matéria em si não é tão simplista, apontando aqui e ali que a Internet é tão culpada por esses casos quanto um revólver é pelos assassinatos cometidos com ele. O problema é que, como qualquer jornalista sabe, vale o que está na manchete. Se a capa puxa para o lado da tragédia, não dos casos do sucesso, essa é em geral a mensagem que fica.

Ainda por cima, o texto é escrito em tom de folhetim de quinta categoria:

A internet é hoje a grande sedutora. Uma fria, impessoal, mas interessante e útil sedutora com todos os maravilhosos e indispensáveis serviços que oferece, e não poderia ser diferente nos seus sites de paquera, convivência e namoro. E como toda ferramenta de sedução pode funcionar para o bem ou para o mal.

A revista em questão não é a única a usar o fato de uma tragédia ou sucesso ocorrer na Internet para fazer aquele sensacionalismo amigo. Tudo bem, isso faz parte do jornalismo. É preciso arranjar notícias, afinal, e a tecnologia serve para reciclar a velha história do crime passional. Assim, cabe aos leitores manter a racionalidade. A reportagem diz, por exemplo, que apenas 2% dos relacionamentos iniciados na rede têm sucesso. Pode parecer pouco, mas me parece um nível de sucesso muito maior do que se consegue indo a um bar e encontrar o sexo oposto em pessoa. Esse poderia muito bem ser o enfoque principal.

18 de março de 2007, 23:56 | Comentários (8)

o_O

OK, agora chega. Podem parar o mundo, que dessa vez eu desço de verdade.

16 de março de 2007, 15:45 | Comentários (16)

e agora, o heteropolitano

Marketing é uma coisa maravilhosa: consiste basicamente em dar nomes novos a coisas corriqueiras, para torná-las mais desejáveis e, portanto, vendáveis. Depois do metrossexual, do tecnossexual e até do retrossexual — a lista inteira de classificações do homem moderno é muito longa — agora uma revista britânica vem com o heteropolitano.

O “heteropolitano” trabalha duro, mas coloca a família em primeiro lugar. Ele lava a louça e conta histórias aos filhos, mas durante a juventude teve experiências com drogas.

O "heteropolitano" é o "lad" (expressão usada na Grã-Bretanha, que poderia ser traduzida como garotões, caras) dos anos 80 e 90, que finalmente cresceu e virou um marido respeitável e provavelmente um pai.

No meu tempo, o que estão chamando de heteropolitano era tido como o modelo normal de um homem adulto.

12 de março de 2007, 10:41 | Comentários (15)

melhor jornal de todos os tempos

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O aviso acima foi veiculado no jornal O Sul do dia 6 de março. Para quem não conhece, trata-se do periódico mais bizarro já saído de uma rotativa. As matérias, com exceção de algumas notas sobre política regional, são todas copiadas do Estadão e da Folha. A redação é composta por estagiários e alguns funcionários mais velhos, que em geral não agüentam mais de dois ou três meses. As manchetes têm PONTO FINAL. Na capa, a manchete principal nunca tem nada a ver com a foto embaixo. E, durante a crise da Argentina, o jornal saiu com a incompreensível chamada de capa "Não chore, por nós, Argentina". Se alguém entender, favor informar nos comentários.

Imagem descaradamente roubada do G7+Henrique.

11 de março de 2007, 10:32 | Comentários (13)

pinta lá, magrão
O Projeto MAX apresenta o espetáculo de dança contemporânea Instruções para abrir o corpo em caso de emergência, uma criação de Alexandra Dias, Michel Capaletti e Tatiana da Rosa (do ARTERIA - Artistas de Dança em Colaboração).

Nos dias 10, 11, 14, 15, 16, 17 e 18 de março o espetáculo estará em temporada com ingressos a R$ 10,00 com desconto de 50% para o Clube do Assinante ZH e classe artística.

Confiram também o blog do projeto, para onde os leitores podem mandar suas próprias instruções.

10 de março de 2007, 18:44 | Comentários (2)

embananamento mundial

Se der chance, o Estado não hesita dois segundos em controlar o cidadão e diminuir as liberdades civis. Depois do Brasil, Índia, Grécia e Estados Unidos se juntarem à China, Irã e Cuba na censura à livre expressão no ciberespaço, agora a França, queridinha dos freqüentadores do Fórum Social Mundial, decidiu transformar qualquer cidadão que filme atos de violência ou divulgue os mesmos em criminoso — exceto se ele for jornalista profissional.

Isso quer dizer o seguinte: se um francês filmar um policial descendo a porrada de forma abusiva em cidadãos, por exemplo, e publicar o vídeo ou fotos na Internet, pode ser preso por até cinco anos e pagar até US$ 100 mil em multas. O objetivo principal supostamente é prevenir o que se chama por lá de happy slapping: enquanto um amigo filma, outro vai lá e dá uns tabefes em qualquer transeunte, para deleite dos espectadores. O problema é que essa lei vai proteger bandidos que eventualmente sejam capturados em vídeo cometendo crimes. Outro problema é definir o significado de "ato violento". Um bate-boca entre dois políticos pode ser considerado violento? Ou só quando os protagonistas forem às vias de fato o vídeo estará dentro do espectro dessa lei?

Dica do Láudano.

9 de março de 2007, 11:02 | Comentários (4)

ainda em recesso

A dissertação de mestrado já foi entregue, então eu teoricamente deveria voltar a postar. No entanto, preciso retomar alguns assuntos que ficaram pendentes nos últimos meses. Além disso, a vida profissional tem dado tão certo que mal estou com tempo para dormir, quanto mais postar aqui.

Esse blog volta a ser atualizado no ritmo de sempre em breve. Espero.

8 de março de 2007, 14:11 | Comentários (7)



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