finlândia com tudo pago para jornalistas
Mas só se você for jornalista recém formado ou estudante dos últimos semestres.
O Ministério de Relações Exteriores finlandês está oferecendo uma bolsa para participar de um programa de correspondentes estrangeiros no país, durante o mês de agosto. O contemplado ganha as passagens de avião, acomodação, alimentação e passe para o transporte público em Helsinque.
Pena que já me formei há tempos.
28 de fevereiro de 2008, 11:21 | Comentários (5)
é nóis na fita!Quase que literalmente.
Se mora no Rio Grande do Sul e estará em casa hoje às 18:30, sintonize a TVE e assista à minha participação no programa Radar.
20 de fevereiro de 2008, 15:54 | Comentários (8)
como se transformar em um escândalo na webNa semana passada a atriz Preta Gil ameaçou processar o Google. A celebridade -- não sei como classificar a filha do ministro da Cultura, Gilberto Gil; atriz, cantora ou o quê? -- se irritou quando soube que as buscas pelas palavras-chave "atriz gorda" no Google Imagens retornam junto com os resultados a sugestão "Experimente também: preta gil". Preta, que de fato é gorda, cometeu um grave erro, como mostra a imagem abaixo:
Agora a busca normal do Google por "atriz gorda" resulta apenas em artigos relacionados à ameaça de processo. Se o objetivo de Preta Gil era evitar danos à sua auto-estima e à sua imagem, e não desencadear uma nova série de factóides para se manter na mídia, ela errou feio na estratégia, ou foi mal assessorada. O aceno com um processo judicial baseia-se numa completa ignorância do funcionamento da ferramenta de busca.
Em primeiro lugar, o Google Imagens não tem absolutamente nenhuma culpa pela sugestão relacionada aos resultados da busca por "atriz gorda". Essas sugestões são fornecidas automaticamente por um algoritmo que contabiliza links remetentes, isto é, links apontando para uma ou outra página. Quando muitas páginas da Web criam links com as palavras "atriz" e "gorda" apontando para outras páginas cujo conteúdo seja relacionado com Preta Gil, algoritmo entende que Preta Gil é considerada uma atriz gorda pelos criadores das páginas e passa a relacionar a busca à celebridade. (Para mais informações sobre o funcionamento do Google, leia esse artigo.)
Ou seja, o Google Imagens não tomou nenhuma atitude discriminatória ou difamatória ao sugerir que o usuário busque por fotos de Preta Gil quando procura por uma atriz gorda. Se é para arranjar culpados de discriminação ou algo do gênero, melhor buscar por todas as pessoas que criaram páginas que tenham contribuído para o estabelecimento dessa relação pelo algoritmo de busca. No entanto, o Google Imagens pode bloquear essa sugestão específica, para que não apareça mais, caso seja obrigado por uma decisão judicial ou queira fazer uma gentileza à moça.
Em segundo lugar, a ameaça de processo contra o Google foi uma estratégia ignorante porque não levou em conta os efeitos da reação na mídia e em blogs nos resultados da própria busca do Google. Como se vê acima, a criação de centenas de páginas da Web comentando o caso reforçou ainda mais a relação das palavras "atriz gorda" com Preta Gil. Casos anteriores, como a da modelo-e-apresentadora Daniela Cicarelli vs. YouTube, já mostraram que em termos de redução de danos o confronto judicial é a pior opção — embora seja um grande sucesso em termos de aumento da exposição na mídia. O Google é praticamente um serviço público e qualquer atitude que interfira com a qualidade da operação tende a irritar profundamente os usuários. E na Web o público irritado tem uma notável tendência a criar posts em blogs, tópicos em fóruns, banners avacalhadores, circulares via correio eletrônico etc. etc. etc. Tudo isso significa mais páginas relacionando Preta Gil a "atriz gorda" e, portanto, reforço da associação entre a celebridade e a gordura nos resultados das buscas.
Quase toda semana aparecem casos de celebridades tentando abafar escândalos na Web por meio do confronto. É um tiro no pé, sempre. Nada melhor do que o silêncio para fazer um assunto sumir da rede mundial de computadores. O advogado de Preta Gil poderia muito bem ter enviado um pedido informal ao Google Imagens para bloquear a sugestão, antes de criar uma tempestade midiática baseada na ignorância. Isso, é claro, se o objetivo desde o início não era fazer marola.
Porém, se você é um assessor ou advogado de celebridade e realmente quer evitar ter o nome de seu cliente arrastado em lama digital, sugere-se estudar um pouco o funcionamento do site ou serviço que está incomodando. Até para não ficar parecendo um idiota perante este e outros clientes, quando a ação não der em nada mais que xingamentos Internet afora.
18 de fevereiro de 2008, 12:53 | Comentários (42)
entrevista para o comunique-seA repórter Izabela Vasconcelos me entrevistou sobre o Twitter para o Comunique-se. Confesso que não entendi o que eu quis dizer com "[o Twitter] divulga o blog convencional, já que dá espaço para isso". Talvez deva entrar em contato com a jornalista e perguntar.
Segue a matéria.
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Twitter: ferramenta útil também para os jornalistas
Escola de Comunicação
"O que você está fazendo?", A pergunta foi o ponto de partida para a criação, em 2006, do Twitter, servidor para microblogging que permite aos usuários o envio de atualizações de, no máximo, 140 caracteres.
A ferramenta, criada pela a Obvious, não demonstrava grandes pretensões. Com atualizações via SMS, comunicador instantâneo, e-mail, site ou programa especializado, o Twitter começou somente com tarefas corriqueiras dos internautas. Aos poucos, novas utilidades foram criadas.
Exemplo recente disso foi a repercussão do assassinato da ex-primeira ministra do Paquistão Benazir Bhutto. As primeiras informações começaram a chegar pelo Twitter e rendeu um grande debate entre os internautas.
Dan York, do blog Disruptive Conversations, enumerou os 10 principais usos que ele faz do Twitter, como: fonte de notícias, rede de perguntas e respostas, ferramenta de interação, descontração e atualização, diário de viagens, diário de eventos, ferramenta para marketing/relações públicas, ferramentas de aprendizagem, diversão e, por último, nas próprias palavras dele, lição de humildade e brevidade, já que os 140 caracteres máximos, pedem objetividade e síntese.
O Twitter já virou tema de listas de discussões em muitos grupos. Alguns acreditam que a ferramenta trouxe uma novidade e também praticidade, mas outros afirmam que o Twitter não trouxe nada diferente de um blog convencional, e que não representa mudanças no trabalho dos jornalistas.
"Não vi nada demais na ferramenta, acho que está havendo um entusiasmo exagerado em relação ao Twitter", afirma o jornalista Alexandre Carvalho. Ele diz que a ferramenta pode ser melhorada com o tempo ou não, mas acredita que outras ferramentas podem fazer coisas muito parecidas com as que o Twitter faz.
Nas mãos dos jornalistas
O Twitter é usado por muitos na narração de eventos em tempo real. Marcelo Träsel, jornalista e professor da PUC-RS, usou o Twitter para fazer a cobertura de um evento da faculdade, com narrações em tempo real. "Os alunos gostaram muito. Ajudou, inclusive, as pessoas que estavam fazendo matérias sobre o evento", explica.
"O Twitter traz um fluxo de informações contínuas e curtas. O melhor é a velocidade, as respostas chegam muito rápido", analisa a estudante de jornalismo Gabriela Zago, que escreveu um artigo sobre a ferramenta para o Observatório da Imprensa.
Gabriela fez um mapeamento em seu blog com as utilizações do Twiiter pelo mundo, como o uso da ferramenta para acompanhar as prévias das votações de 2008 em Iowa, informações sobre a greve dos roteiristas dos EUA, cobertura dos incêndios na Califórnia em outubro de 2007, política no Quênia, entre outros.
Para Träsel, o Twitter não trouxe grandes novidades, mas simplificou uma ferramenta e a tornou eficiente. Na sua opinião, o Twitter apresenta duas diferenças principais dos blogs convencionais: dá vazão a idéias e pensamentos curtos e ainda divulga o blog convencional, já que dá espaço para isso.
No CES (Consumer Electronics Show), maior feira de tecnologia do mundo, muitos jornalistas fizeram a narração do evento pelo Twitter. Veículos como o New York Times, CNN, BBCBrasil e IG usam a ferramenta para divulgar suas atualizações.
Outra novidade, fruto do Twitter, é o ReportTwitters, site que reúne jornalistas que usam a ferramenta para encontrar fontes e divulgar atualizações.
b a l a
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