Comentários sarcásticos, crítica vitriólica e jornalismo a golpes de martelo por Marcelo Träsel


#direitoautoral

Além da transmissão em vídeo e do ChatCast, vocês podem acompanhar o seminário "Direitos autorais e acesso à cultura" via Twitter:


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27 de agosto de 2008, 15:44 | Comentários (2)

direitos autorais e acesso à cultura

De quarta a sexta da próxima semana estarei em São Paulo, participando na USP-Leste do seminário Direitos autorais e acesso à cultura, promovido pelo Fórum Nacional de Direito Autoral. O evento será transmitido via Internet e poderá ser acompanhado aqui.

Não sou especialista em direito autoral, mas conheço bem as implicações da lei antediluviana sobre as mídias sociais e sobre a mídia tradicional, portanto pretendo levar esse conhecimento operacional da Comunicação aos debates do seminário. Em especial, a nova legislação que está sendo proposta pelo FNDA precisa favorecer e esclarecer o uso justo das obras protegidas.

Estou indo ao seminário sobretudo para cumprir o dever de cidadão. Vivemos reclamando que ninguém nos ouve quando uma lei é proposta (vide o PLC 89/2003), então quando se é chamado é preciso participar da melhor forma possível. Nesse sentido, peço que os leitores usem o espaço de comentários para compartilhar suas idéias a respeito de como deve ser a nova lei de direito autoral brasileira. Prometo levar todas ao seminário.

22 de agosto de 2008, 15:08 | Comentários (2)

melhor meme

21 de agosto de 2008, 21:50 | Comentários (1)

bolsas para acompanhar as eleições americanas

A embaixada dos Estados Unidos está oferecendo 20 vagas a estudantes brasileiros de ciências políticas, jornalismo ou relações internacionais em um programa na universidade da Carolina do Norte. Os selecionados ficarão lá de 25 de outubro a 8 de novembro, participando de cursos e seminários. Tudo por conta do governo americano.

Mais informações no site www.usembassyprograms.org.br. As inscrições vão até 14 de setembro.

15 de agosto de 2008, 10:44 | Comentários (4)

única cobertura relevante das olimpíadas

http://bronzebrasil2008.wordpress.com

14 de agosto de 2008, 17:18 | Comentários (3)

dois dias e contando

Parece que dessa vez o Large Hadron Collider realmente vai ser ligado. Há quem pense que ele pode criar um buraco negro e destruir a Terra, mas segundo estudos a chance de isso acontecer é inferior a 0,01% -- sendo reservado sempre aquele espacinho para uma falha nas teorias que garantem a segurança do projeto.

O mais legal na ciência é essa nonchalance em relação às conseqüências de seus atos. Cientistas são como crianças que destroem seus brinquedos para ver como funcionam. A primeira colisão de partículas no LHC pode destruir o mundo? Embora a possibilidade seja infinitesimal, pode. Enquanto qualquer cultura ficaria horrorizada ante a possibilidade de provocar os deuses, a tecnocultura ocidental faz o sinal da cruz para Einstein e dispara o feixe de prótons. Teller achava que o teste da primeira bomba atômica poderia causar a ignição da atmosfera e, conseqüentemente, uma morte bastante desagradável para todos os habitantes do planeta. Mas eles foram em frente!

Não me entendam mal: não sou contra o LHC, apenas não posso deixar de perceber a fé religiosa que alguns de nós têm na ciência, um traço bastante pitoresco da cultura greco-romana. Provavelmente os temores são bobagem, apesar de a coincidência de datas com o início das Olimpíadas dar um certo sabor de conspiração cósmica a tudo isso.

De fato, se o mundo acabasse, seria no mínimo algo interessante de se ver. Vamos todos morrer mesmo, por que não presenciar o segundo maior evento de todo o tempo-espaço? Você pode acompanhar aqui a contagem regressiva.

5 de agosto de 2008, 17:04 | Comentários (16)

análise de conteúdo do #rodaviva no twitter

Enviei um artigo sobre a cobertura do programa Roda Viva no serviço de microblog Twitter para o 6º Encontro da SBPJor. O que eu fiz foi uma análise de conteúdo sobre todas as ocorrências de #rodaviva no Twemes entre 16 de junho e 17 de julho. No total, foram 323 tweets, divididos nas seguintes categorias:

  • narração: textos cujo foco principal é relatar ações ocorridas dentro do estúdio ou as reações de telespectadores (mudar o canal, por exemplo);
  • comentário: opiniões a respeito das manifestações dos entrevistadores e/ou do entrevistado, links para páginas relacionadas ao tema, ou brincadeiras;
  • conversação: troca de mensagens entre usuários do Twitter sobre a entrevista;
  • institucional: atualizações com dados de serviço sobre o programa;
  • outros: textos que não puderam ser enquadrados nas outras categorias.

    O resultado está na tabela abaixo:

    tabela_twitter.jpg

    O fato de narração, conversação e comentário somarem quase 80% das manifestações comprova, a meu ver, que a cobertura é relevante. Como eu tentei mostrar em minha dissertação, o comentário adicionado pelo público aos conteúdos veiculados pela imprensa é um grande avanço para a democratização da comunicação, na medida em que pluraliza os pontos de vista necessariamente limitados pelas rotinas de produção das redações. No caso do programa em questão, o fornecimento de informações oriundas de outras fontes e questionamentos dos convidados e telespectadores permite melhor contextualizar os pontos abordados e corroborar ou colocar em xeque as declarações do entrevistado. Como sugerem os resultados, há também um diálogo entre os integrantes do público e desse público com a emissora.

    A conclusão é que se trata de um modelo que merece ser levado em conta pelas organizações, empresas e indivíduos preocupados em equilibrar a lógica emissor→receptor da televisão com uma lógica mais participativa através da Web – sobretudo no momento em que a TV digital resulta em um retumbante fracasso de adesão e maior ainda em termos de "interatividade". Por outro lado, o acesso à Internet fica mais pervasivo a cada ano, chegando a já a 34% da população, conforme o relatório do Cetic mais recente.

    O uso do Twitter consegue integrar a um programa de televisão as características de memória e interatividade, típicas do webjornalismo, e com isso reverter a atomização provocada pelos meios de massa, transformando a massa em rede social.

    Quando e se receber o aceite da SBPJor, publico aqui a íntegra do artigo. Agradecimentos ao Pedro Markun e à Isabel Colucci, que me responderam algumas perguntas.

    1 de agosto de 2008, 19:27 | Comentários (3)


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