A Vida Mata a Pau

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Decepados

um

Diogo, futebolista lusitano do clube suíço Servette, perdeu um dedo nesse fim de semana. Depois de marcar um gol, o nosso artilheiro correu até o alambrado para vibrar próximo a torcida, na hora de descer sua aliança acabou presa na grade. O resultado foi esse mesmo que imaginamos.

Segundo consta, o dedo não ficou todo pendurado. E sim houve um guisado patrocinado pelo anel, que rasgou toda a estrutura do anelar, que continuou fazendo parte de corpo do jogador até ser amputado no hospital.

Caso semelhante aconteceu com Pupido, famoso goleiro argentino, que durante um treiro foi buscar uma bola no fundo do gol e prendeu a aliança na rede. O acidente poderia ter sido evitado se o arqueiro estivesse com as luvas ou tivesse defendido o chute, não sofrendo o gol. Mesmo com 9 dedos Pupido prosperou, chegando a defender o gol dos hermanos no primeiro jogo da copa de 90, quando quebrou a perna e deu lugar a Goycochea – que levou Maradona e companhia até a final, pegando um pênalti atrás do outro – com exessão do mais importante, o da final que deu o título para a Alemanha, com um alemão um a zero.

dois

Cheguei na porta como deveria, armado de uma barba que torna qualquer verão insuportável e que ocupa as unhas pelo dia todo com o que de mais prazeroso fazem em publico: coçar. Entrando a esquerda reparei a falta da plaqueta que sinalizava o matadouro. Estranhei. Mais alguns passos e a porta fechada. Achei ter errado o caminho, alguns passos para trás e tudo conferia. Farmácia, casa cheia de gatos, ponto de táxi e o salão fechado. Quem me deu a noticia da morte de Saldanha foi um dos taxistas, que deve ter reparado na minha cara de interrogação, ou melhor, no pouco de expressão que sobrava debaixo daquela lobisomem.

Não perguntei por outra barbearia, seria insensível demais, mesmo para os níveis de dialogo que se mantém com taxistas. Nada de especial tinha o homem, era um bom barbeiro, cobrava um preço justo e vestia o uniforme informal dos profissionais do ramo: camisa de flanela dobrada até o meio do antebraço, o que deve cobrar três ou quatro dobradas do pulso, ainda uma calça de linho cinza escuro, tudo quase escondido por um avental/guarda-pó ou guarda-pêlo azul – com o clássico bolso para o pente e uma tesoura pequena. Não tinha uma grande gama de assuntos e tampouco parecia gostar de minha presença. Repetia o ritual: perguntava se era o cabelo, eu dizia que era só a barba. Um dia arrisquei um “Saldanha, o de sempre” e ele perguntou se era o cabelo e eu disse que não, só a barba.

Ele poderia não me conhecer, eu não ligava, o importante era que eu o conhecia. Sabia que poderia confiar no trabalho, isso não é uma manifestação de possível metrossexualismo e sim a revelação de que eu não gosto de ter um desconhecido deslizando uma navalha pelo meu pescoço. Cheguei a cogitar um luto simbólico, deixando a barba crescer por um ano, porem o calor ta demais.

três

bom mesmo é passar a tesoura na unidade e escrever um texto em formato "blog" sem se preocupar com o que o francisco irá pensar.

por Menezes - 5 minute não-design de Gabriel - um blog insanus