A Vida Mata a Pau
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TåaaA Tåaa Pilsen litro está para o imaginário pinguço assim como o Djorous para o espectro sessão da tarde. Temos a pipoca, um filme razoável dublado pelo Herbert Richad e gostaríamos de ter algo mais que água. O chá mate ainda não gelou, o suco de laranja precipitado é puro bagaço – dizem que aqueles gomos são macro-células, lembram? – não há groselha, limão ou tamarindo.
Não importa do que é feito o Djorous, o que importa é que aquele caminhão do vídeo clipe correndo pelo deserto garante mais refrescância do que a chácara inteirinha de guaraná, como na propaganda.
Para o nosso inverno o que falta é Taaa. Na garrafa de litro, curiosamente mais escura e, esperamos, mais espessa. Imagine todas as qualidade do suco de cevada de nome estranho. O bom nome é uma vantagem, mas não vale pontos. O que conta é a garrafa grande que é a cara do inverno. O liquido permanece mais gelado por inteiro sem o sol escaldante de outras épocas. Pode elegantemente descansar na mesa como se fosse bebida mais nobra. Degustada aos poucos. Às outras resta a correria contra a temperatura crescente e o terror-choca.
Para doses moderadas e constante exige-se um caldo, e não uma cerveja. Assim a Tåaa parece mais grossa. Encorpada sem ser grosseira. Uma cerveja onde cachorros nadaram - por Matt Groening - onde um cinqüentão morreu afogado. O barulho do vento toma conta do ambiente quando a ampola quebra.
Não vamos precisar de rótulos prateados ou de uma imagem antiga do campo de cevada. Menos colórica, de menor água. Nada desses fermentados com repolho ou alpiste. Nem que para isso o Uruguai precise ser invadido.
Do que esses alemães se ocuparam em 130 anos de imigração que ainda não nos garantiram uma boa cerveja?
