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« “Israel, admirador de Che Guevara, afirma que estudantes ainda estão confusos”. | Home | Utilidade pública » Miss é quem criaSe eu estava errado por ir com a roupa do dia, eles estavam errados pelo traje de gala. O convite dizia “traje social”, lembro bem. Ganham eles direito ao desprezo, ganho eu em conforto. Me parece justo. Até porque os donos da festa, justiceiros garçons, não ignoraram minha presença. Para dividir o fácil acesso ao concurso de Miss da minha cidade haviam dois bons amigos. Também fuzilados com o olhar alheio, também interessados na diversão a qualquer custo, ou, de preferência, sem custos. Começamos bem. Atravessamos o ambiente de entrada da casa e nos amontoamos a um pessoal junto à escada. Seis ou sete largos degraus, estranhamente lotados de gente, que dividiam dois salões onde havia espaço de sobra. Continuamos abrindo caminho entre as pessoas, com licenças e tapinhas leves. Olhando sempre pra onde piso, passo a estranhar que todas as panturrilhas estavam desnudas. Um choque frente ao traje dos convidados. Subo o olhar e reparo em vestidos iguais. Olho para frente e não reparo nada. Um flash me cega. Estavam fazendo a foto oficial das candidatas na escada, e nós saímos junto. Queimamos o filme do concurso com barbas mal feitas e expressões confusas. Se tivesse mais tempo pra pensa, fingiria um sorriso como o delas, mas não teve como. A foto foi realmente uma surpresa. Finalmente chegamos ao saguão de onde a bebida parecia vir. Fomos caminhando até o bar, onde recebemos taças e o respectivo conteúdo. Enquanto brigávamos contra a sobriedade, as candidatas circulavam pela casa tirando fotos com todos. Menos com a gente, é claro. Duas são as hipóteses: a nossa já foi a oficial ou ninguém nos queria ali. Por acaso, uma das candidatas era irmã de um amigo meu. Veio conversar comigo e confirmou minha suspeita: Não haveria desfile. Ela só uma apresentação oficial e anuncio. Lamentei muito, pra que serve um concurso de Miss sem passarela? Só voltei a sorrir quando ela me confessou que a vencedora já era conhecida de antemão, e que era tudo uma grande figuração. Mesmo tendo que aguenta-la, foi bom ouvir essas notícias quentes. Ainda usando o veneno típico de mulher, a candidata fantasma veio largar um papinho que a escolhida fazia “filmes adultos” nos estados unidos. Achei estranho resgatarem uma mulher de lá pra ser miss aqui. Só se for efeito da novela América. Mesmo assim é estranho. Pode ser choro de perdedora, e se mulher perdendo já difama, imagina quando é um concurso desses. Quando nada mais poderia gerar diversão, o locutor anuncia “Habemus Miss”. Exatamente assim. Se houve alguém que mereceu a faixa aquela noite foi ele, o cara que anunciou o concurso com jeitão "prato principal". O resto é canapé. * nomes de pessoas e cidades foram omitidos por questões de segurança. 17:51 | comentários (3)
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