A Vida Mata a Pau

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NÓ CEGO

Boletim Árabe Luther - Setembro 2005

Por não menstruar, minhas fases de humor duram meses. Entretanto, a vontade de produzir coisas palpáveis é relâmpago. Alguns ataques de concretização em ciclos rápidos e imprevisíveis. Um dia, possivelmente, um desses intervalos produtivos combina com o ciclo biológico de minha parceira e tenho um filho. Quase acidentalmente.

Enquanto a realidade não precisa de fraldas, luto por dar vida e colocar na rua o talento dos que me cercam. Assim nasceu o Nó Cego. Mais uma publicação da Árabe Luther, a mini editora-produtora que co-habita meu PC com mp3s da minha irmã.

O espírito ejaculatório é solidificado com o esquema de produção do Nó Cego. Tive a idéia e convoquei cinco “irmãos” para colaborar. Sendo que os textos deveriam ser enviados em 12h. Feito isso, me prontifiquei a editorar em mais 12h todo o material.

Tudo funcionou conforme planejado. Da concepção até o arquivo chegar na gráfica se passou um dia. Pouco menos de 24h de extrema produtividade, intercalada com o trabalho e uma ida ao cinema.

Enquanto eu conferia os charutos tentaram abortar o projeto. Por falta de habilidade da gráfica contratada, tive que fechar de novo o arquivo, ir lá escolher o papel – o que eu queria estava em falta – e implorar por um revisor. Tudo mais lento e com menos vontade, ora, o ciclo produtivo já havia passado.

Semana que vem, espero, estará impresso. Com o cheirinho de papel novo e grampos reluzentes. Esperando para passear no seu bolso e ter as 28 páginas folhadas sem medo. E vale a mamadeira, olha só quem colaborou nessa primeira edição do nó cego:

Cardoso – O Ruivo, pela primeira vez (eu acho) com um texto SEM CAPS LOCK.
Bituca – Ponta esquerda de impagável criatividade produzindo mais do que nunca como uma pessoa só.
Menezes – Dono desse blog. Ou você gosta do que eu escrevo, ou me detesta pessoalmente. De qualquer forma, chegou até essa parte do texto. Paciência, ao menos, espero.
Emiliano – O homem que enfrentou de canivete na bota a selva paulistana tem sua primeira ficção publicada.
Eduardo Egs – O pai do Pop Surrealismo. Referência para todos – nas letras e na dança.
Gabriel – O painho, gerente do insanus, atualmente no Canadá, que realmente acredita que vou enviar por correio umas edições pra ele.

É tipo um blog, de rápida publicação e pouca relevância. Só que dá pra segurar com as mãos e revender, se for o caso.

Semana que vem.

por Menezes - 5 minute não-design de Gabriel - um blog insanus