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Happiness is a Warm Gun
A felicidade é uma arma quente. Ou um injetor morno, como querem alguns tradutores. O que importa é que essas sete notas completam uma musica linda sobre mais do que ter uma arma, sobre uma dedada. Falaram de veludo e de colocar o dedo no gatilho. Assim, quando tenho você em meus braços ninguém pode te fazer maldade alguma. Seja um recado para as minhas mãos ou um vizinho malencarado e sujo. De mão boba, arma fria e vizinho sujo a gente entende. Ridículo é temer a Argentina. Imagine o ministro Cavalo no desjejum com Carlos Menén, o presidente da suíça branca, com o pensamento distante, eu outra Suíça, onde sua conta era alimentada com a venda ilegal de armas sem nada deixar pra trás. Branco no caso, só o colarinho. E a gente se borrava. O Sarney chegou a cavar um buraco na Serra do Cachimbo pra explodir um bomba atômica, mesmo todo mundo sabendo que o test-drive seria sobre Buenos Aires. Depois de inundada pelo abrir das comportas de Itaipu. Planejado demais para dar certo. Dentre os grandes feitos das forças armadas Argentina está a ocupação das ilhas Falkland (ou Malvinas) que, foi tomada numa tarde fria dos anos 80 onde morreram 3 soldados argentinos. O detalhe é que a ilha era habitada por 61 pessoas. Sendo que 40 eram pescadores. Outra vez eles perderam uma divisão inteira numa manobra nos Andes. E deles que a gente tinha medo. E eu sei porquê. Tudo isso é ridículo, mas divertido. Se o “governo” argentino é uma piada, o que falar da “democracia” brasileira. Todo mundo sabe que esse referendo não vai levar a nada. Tudo está sujeito a manobras jurídicas e no final das contas quem quer ter uma arma terá. A gente poderia aprender com os hermanos, e ao menos tirar um sarrinho. Que tal proibir apenas a venda de munição? Isso sim ia ser legal. Ninguém ia reclamar com tanto afinco de não ter munição, o sim venceria mais fácil. A partir daí, cada tiro dado seria mais pensado e calculado. Melhores atiradores teriam balas por mais tempo, dando o poder de assalto aos delinqüentes mais talentosos. Ainda poderiam haver comentários no Brasil Urgente como “o cara é muito amador, usou 8 balas no latrocínio, sendo que a vítima já tava imobilizada”. Dar tiro para o alto seria sinal de muito poder. “parece que o escadinha deu uma rajada pro teto no baile funk em vigário, esse ta podendo”. Cabe a nossos ministros cavalos, senadores mulas e deputados antas lutar contra a bancada da pólvora e nos forçar a ir votar num referendo vazio. Assim, pela curtição, praguejarei que a classe média vai ter que lutar contra a invasão Argentina em alguns anos enquanto teclo o não. Sabendo que o nem o sim nem o não vai diminuir minhas chances de acabar morto como o Lennon. 13:51 | comentários (6)
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