A Vida Mata a Pau

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Tarado por praia

É no verão que o homem comum percebe que é um tarado. Os trajes menores são apenas um dos pormenores da estação que fazem aflorar uma chuva de perversões que tanto já ouvimos falar. Logo, se mulher gosta de sentimento, homem quer sortimento. E ele comeria grande parte da população à beira-mar.

Conversando com Claudia, perguntei sobre como acontecia no universo feminino. Segundo ela - e para muitas mulheres consultadas depois - o desfile de beldades parece apenas uma linha de montagem. Peças admiráveis, mas não capazes de reproduzir por conta própria. O que afasta o sexo pelo abatimento da cogitação. O processo de abertura tem que necessariamente acontecer com trato verbal. Não necessariamente fino trato, apenas na medida.

Processo oposto que acontece ao homem. Ele parte de uma quantidade grande de aceitação e vai riscando as interessantes de acordo com o comportamento da rapariga. Já para a mulher vai adicionando a uma lista pequena mais candidatos, credenciados no chalalá.

Nenhuma novidade. As mulheres, mesmo que mais alegres no sol, apontam que a praia não é o lugar do parafuso hormonal justificado – tirando as que todas que têm o injustificado. O ambiente ideal é um local de muito falatório, discursos e conversa. Disso, justifico esse texto para lançar a máxima de verão: praia de mulher é curso de oratória.

por Menezes - 5 minute não-design de Gabriel - um blog insanus