A Vida Mata a Pau

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Carne de sol.

Invasores ou Paiacã do Asfalto chama caminhão de aleluia e é preso por patriotismo.

Ontem foi dia do índio. E infelizmente eu ainda não tenho uma camiseta da Funai e um calçãozinho verde falsificado da adidas pra comemorar em grande estilo. De fato eu pouco tenho o que celebrar, já que desde que a gente sai do jardim da infância algumas destas datas caem no esquecimento.

A outra esquecida é o dia da árvore. E na nossa infância querida nada poderia ser mais movimentado do que o plantio de um jequitibá no pátio da escola. Claro que quem fazia todo o operacional eram professores, já que sequer força pra erguer a pá tinhamos. O prêmio consolação era plantar feijões em copinhos plásticos. Estranho demais, afinal, feijão não é árvore.

Assim como a muda, a gente cresce, e fica cego pra comemorações do calendário e pro tatu bola. Este último que continua lá, só que a gente não futrica mais tanto no solo. Os brasileiros estão cada vez mais longe da terra. Tanto que um foi até o espaço.

Paradoxalmente foi plantar feijões sem gravidade. Um feito de merda para um país que perdeu 20 astronomos e tecnicos em balística na explosão em alcantara, dois anos atrás.

Mas há quem vibre com o Astronauta Brasileiro. Para mim, nosso maior feito cósmico foi no dia em que a sonda Patfinder assistiu o nascer do sol em Marte ao som de “coisinha tão bonitinha do pai”, por lobby de uma brasileira que trabalha na nasa.

O resto é indiada espacial. Só entraremos de vez no terceiro milênio o dia em que uma nave espacial nossa usar seu braço mecânico para fazer uma banana para todos os argentinos de uma vez só. Enquanto isso, me deixem na minha casca de tatu-bola da indiferença.

por Menezes - 5 minute não-design de Gabriel - um blog insanus