A Vida Mata a Pau

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Cinema em casa

Liguei a TV e a primeira coisa que ouvi daquela tela quente foi "são nove homens armados com Ak47". Desmembrei uma hora de filme naquele momento - não que seja um feito pra quem assiste um canal que passa filmes do Cacá Diegues - mas a dica do fuzil russo Kalajnikov (AK 47) dizia muito: eram terroristas de algum canto do mundo fazendo pobres americanos de reféns em um prédio público. Me parecia mais lamentável ainda, já que fazer refém é tão anos 70 - o que prova que o Brasil tá sempre um passo atrás, até no crime - hoje em dia terrorismo é explodir e entrar atirando.

Fui desmentido na cena seguinte. O grupo terrorista era formado por brancos, todos fluentes no português dublado, o que indica que são norte-americanos. Stallins me mordam, mas o que faziam com um fuzis russos? Afinal, qual a dificuldade de um americano em comprar armas mais modernas e baratas no mercado interno deles, se um coreano com passagem pela polícia se encapetou de trabucos para dar o banho de sangue numa universidade.

A arma não caracterizava nada, e mostrava um filme estranho. Diferente do que acontece no Rio de Janeiro, um fuzil de assalto não é usado nas ruas, para assaltos mesmo, e sim para missões em campo aberto. Estranho demais, mais confuso até mesmo que eu, ao ver a SWAT entrando no recinto na tomada seguinte. Numa ação cirúrgica e limpa, mataram todos os bandidos e salvaram o dia. Nada de apontar armas para um menino cubano nos braços do pai, ou atirar a esmo em tudo que se movesse, ou ainda deixar o local incendiar matando o trilho de pessoas que os terroristas conseguiriam fazer. Só assim entendi que era realismo fantástico, e dos bons. Inusitado pra TV Globo, quase cult. E filme Cult é uma merda. Desliguei.

por Menezes - 5 minute não-design de Gabriel - um blog insanus