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« Bairrismo amigável | Home | YouTUBE, o grande momento do futebol. » Cala boca, Zé KundumDepois de mergulhar em colapso por cinco anos atrás de discos do Sérgio Sampaio, um usuário do Soulseek iluminou meu caminho e permitiu que eu baixasse a tão cobiçada canção "Que Loucura" do disco "Eu Quero é Botar Meu Bloco na Rua". Finalmente consegui ouvir novamente aqueles versos sobre uma passagem do cantor pelo hospício do Engenho de Dentro. Foram tantas repetições que o Last FM me escreveu pedindo para parar com aquilo imediatamente. Decidi futricar nas outras músicas do rapaz, e encontrei uma pérola chamada "Pobre Meu Pai". Aparentemente com pouco a dizer, a música fala de forma muito velada sobre um filho que tá metido com os tóxicos, mas não se desculpando, mas sim dizendo que o pai jamais vai entender o que se passa. Comecei a desintegrar com o seguinte verso: "A marca no meu rosto é do seu beijo fatal Terminei por desaparecer com o prosseguimento sutil na forma de: "Hoje, meu pai E isso me lembrou algo muito distante, que alguém mais deve lembrar. Vejam só: dos anos 70, com o samba-canção e demais castigos corporais voei como três passarinhos para o hit supremo do Akundum nos anos 90, a canção Emaconhada. Não consegui parar de pensar naquele Reggae (ou seria um baião) com seu baixo que mais parece um brinquedo de piscina sendo pisado e sua letra absolutamente genial. Um pai, preocupado com as más companhias da filha, procura um médico e relata as laricas, os olhos vermelhos e os amigos suspeitos que passaram a fazer parte da rotina da adolescente. A frase que está na ponte, antecipando o refrão "O que que eu faço, seu doutor" é a síntese de tudo que o Marcelo D2 queria ter escrito em vida e nunca conseguiu. Sente qualé, neguinho: "A droga da vizinha, tá me dizendo que tudo isso é obra da erva danada Vejam que a vizinha é tratada como "Droga", o que mostra que mesmo criticando, o pai tem um grande apego à honra da filha. E mesmo que essa senhora fofoqueira venha alertá-lo, e ele leve a coisa a sério, continua sendo uma afronta familiar. Na seqüência, o terma emaconhada, totalmente em desuso é ressuscitado com maestria, para mostrar a inadequação e dificuldade do velho em tratar do tema. Comovente. 22:51 | comentários (8)
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