A Vida Mata a Pau
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Duelo de trocadilhos. Tema: Bauru com Arte.Existe uma lanchonete chamada Bauru com Arte. A especialidade óbvia: Bauru, que nada mais é que um bife inserido em um pão cerejinha com queijo, maionese, tomate e alface. Pedindo um par deles para o almoço junto com o amigo Cavinato, ficamos pensando nas curiosidade e trocadilhos que o nome da empresa despertam, envolvendo o espetacular universo artístico em um encontro culinário. Isso gera uma entrada conjunta no insanus. Aqui, a minha metade:
O meu foi feito a óleo.
Já sou do Quadro de clientes preferenciais.
Do jeito que tava leve o Bauru, nem vai rolar o cubismo.
Tavam sem queijo e usaram requeijão. Sempre tem espaço pro improviso.
Só espero que esperar meu pedido não vire um drama.
Bife cru de novo? Essa fase naturalista do chapeiro está um saco!
Como meu pedido veio sem maionese, usei uma que tinha em casa e não ficou bom. A emenda saiu pior que o soneto.
E as batatas? São verdadeiros mestres da fritura.
Se é original eu não sei, mas o pão é francês.
O som do ovo fritando é música pros meus ouvidos.
"Quero um Van Gogh com ovo e sem orelha".
Difícil é quando tu está com fome e eles vem com minimalismo.
Quando chega o Bauru eu já sinto o cheirinho Noir.
No cardápio, gosto de tudo, dos pratos mais artísticos até os mais mastigados.
Pra pedir o de filé aqui no Bairro sai R$ 6,50 mais o couvert.
Tem até Bauru com moldura de catupiry.
O cara chegou pra entregar nosso pedido e eu não sabia se era o motoboy ou o curador.
O meu bife veio meio duro. Acho que rolou uma mega exposição na chapa.
Se viesse na caixinha, como os outros, as informações nutricionais estariam no verso.
* * *
Dito isso, não resta nenhuma alternativa que não seja ler os trocadilhos de Cavinato sobre o mesmo tema.
