A Vida Mata a Pau

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Vida pautada

Pensamos todos as mesmas coisas, pelo menos em grande parte do dia. Contudo, entre a hora de pegar o ônibus e a dúvida se fechamos ou não a janela quando começa a ventar frio, ocorrem uns pensamentos que fogem do regular.

E para isso que eu carrego um caderninho.

E junto com ele o desprendimento de capturar essas pastilhas criativas do mosaico do dia e colocar nele, para ficar ali parado mesmo, sem saber se é diferente por ser bom ou ruim. Assim, depois de uns dias e umas páginas, volto na anotação e vejo: se os quadradinhos formarem um desenho, é bom.

O exemplo é a última anotação, pensei em um delegado interrogando alguém, e inserindo um termo curioso no meio do interrogatório. Mais ou menos assim “então quer dizer que o casal compôs sexo ali mesmo, na cama da vítima?”. Possivelmente uma bobagem, mas guardada para que as idéias boas não fujam.

Eles acabam, eu guardo. Arquivo as idéias para ler depois, como uma agenda do pensamento, ou calendário da imaginação. Uma visita ao passado e as idéias que trouxeram até aqui, nessa exata linha deste texto neste blog.

Assim tem sido nos últimos anos. A ponto dos próximos repararem e entenderem a importância do objeto. Presenteei e fui presenteado com bloquinhos, inclusive o atual, que carrego na mão e no lado esquerdo do peito para ficar comigo o dia inteiro, grudado nas idéias.

Semana passada, os maiores leitores do insanus, Mariza e Valério, me presentearam com um Moleskine, o clássico caderninho de anotações pretinho e com um elástico mais que útil para manter ele monolítico quando fechado. Um presente emocionante e simpático, que para me desafiar não é pautado.

Isso, sem linhas. Talvez um sinal que as nossas mesmas coisas do dia-dia não precisem mais de limites. Não sei, quando o caderninho atual chegar ao fim, daqui uns 8 meses, coloco à prova.

por Menezes - 5 minute não-design de Gabriel - um blog insanus