A Vida Mata a Pau | home. arquivos: Enero09. Abril08. Marzo08. Febrero08. Diciembre07. Noviembre07. Octubre07. Septiembre07. Agosto07. Julio07. Junio07. Mayo07. Abril07. Marzo07. Febrero07. Enero07. Diciembre06. Noviembre06. Octubre06. Septiembre06. Agosto06. Julio06. Junio06. Mayo06. Abril06. Marzo06. Febrero06. Enero06. Diciembre05. Noviembre05. Octubre05. Septiembre05. Agosto05. Julio05. Junio05. Mayo05. Abril05. Marzo05. Febrero05. Enero05. Diciembre04. Noviembre04. Octubre04. Septiembre04. |
Ainda
Aliás, esqueci de mencionar que “a vida mata a pau” é uma frase do amigo Filipe Maia. Que não tem blog, mas que em breve terá um filho, acompanhe o show da vida através dessa menina aqui. Coincidentemente a mãe. 11:28 | comentários (14)
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54.201 vezes a tecla P Hoje completa um ano que escrevo para o insanus. O A Vida Mata a Pau chegou aqui vindo direto do finado “Desconforto Geral”, blog hospedado no blogger, com uma missão clara, explicitada já no primeiro texto. Que era exatamente assim: blog vem para o insanus com um objetivo claro: saber o motivo que faz de nado sincronizado esporte olímpico. Ainda não alcancei meu objetivo. De lá pra cá, nenhum dos 315 posts trouxe nada de novo sobre a questão. Além de me intrigar, o nado sincronizado me irrita, tanto que não quero mais falar nele. A duvida ficará aí, no ar, sem tocar nela, me dando um pretexto gigantesco para ter um blog. Um motivo menos nobre do que estar ao lado de meus amigos em um projeto. Talvez seja vergonha de assumir que faço isso por um homem. Bom, não totalmente. Digamos que faço pela amizade com um cara: Gabriel Pillar. Cada vez que escrevo algo aqui, tentando fugir do lugar comum lembro do entusiasmo do cara pelos corredores da faculdade em experimentar a idéia de comunidade nesses moldes. Iniciativa que poucos teriam, partir do nada através de um registro e tentar passar credibilidade apenas com a insistência e a valorização de idéias. Outro rapaz importante no processo foi Bruno galera. Que um dia berrou pra mim “vai postar no insanus, seu desgraçado” e assim eu fiz, com uma página de desenho provisório que continua até agora a mesma e tem seus olhos sobre ela. Na época, escreviam nessa pilha Vanessa, Bituca, Cisco e Solon, que já mudou de endereço. Referências requeridas de pessoas queridas para mim. Por respeito a eles nada de falar de mim. Não colocaram essa página no ar pra ler o mesmo sobre a pessoa que já conheciam. Prefiro focar o texto em projetos. Por mais que eles me mostrem exposto ao máximo, são a parte final de uma linha de montagem criativa, que carrega resquícios de minhas experiências vividas. Não exclusivamente o que penso do mundo, mas como quero que ele seja. Nobre como o xenônio e pouco conhecido como qualquer gás estável. um tubo de ensaio por vezes mal cheiroso, por vezes dando barato. E muitas vezes as duas coisas. Sem precisar cutucar na merda do zebu. Me vejo cada vez mais aqui para entreter. Seja alguém de Navegantes, Cabo Frio ou em Vilenje (Eslovênia). Dentro de um processo que é abraçado pelas visitas constantes de vocês (momento amigo leitor), que sabem de pequenas e surpreendentes, pra mim, passagens. Como marcas estilísticas de gosto duvidoso ou a preferência pelo uso de travessões. É o tipo de reconhecimento que me faz feliz. Criticas verdadeiras e preocupadas, demais para um blog, de menos para o cuidado que vejo na forma de falar. Um bom exemplo é o amigo Daniel Cassol. Me disse, certa vez, “Menezes, quanto leio teu blog me irrito ou não entendo”. Isso é bonito. Uma afronta a minha capacidade comunicativa totalmente moldada dentro do espírito do que veiculo aqui. Ou ainda a pura necessidade de ler nisso um elogio. Só sei que gostei. Tendência inclusive quando as coisas ficam uma merda. Quando não ha comentários por constrangimento com o próximo ou por falta de criatividade. Quando a revisão falha e o texto sai com erros violentos de português, quando o Dante me humilha em publico ou quando o Krause comenta por piedade. Não deixa de ser bonito, parte do processo. Aqui continuarei, até encher o saco de vocês ou o meu. o que explodir antes. Torço para que o google jogue jovens entusiastas a fim de investir no que é original, no que é próprio e condiz com a realidade única de cada um. Se o insanus não funcionar como uma comunidade, que eu e você funcionemos. E sim, isso é uma cantada. Anos 90 Estarei em recesso forçado do blog por tempo indeterminado. Meu computador simplesmente não liga. Regatas Arte de Luqui para um futuro não muito distante. Só me resta agradecer e esperar. Benção Tudo é frevo Tudo são trevas Pop Surrealismo do pé quebrado que nasce de uma conversa com Eduardo Egs. Tenho mais medo de bandiera feia. Espero que o depoimento de Diego não seja um trote. "Voçê que diz que a bandeira de Rio Epera é muito feia, co certeza é um retardado sem argumentação suficiente para não convencernem um humilde pescador.Devia primeiro conhecer a cidade e seu povo, para depois falar. O símbolo de Rio Espera, representa um povo humide e sofrido.Como antopólogo advogado poderia até processa-lo, mas cadeia é pouco para voçê." Refernete ao post sobre a bandeira de Rio Espera. Ao que parece, estou em guerra com o interior. BIGMUFF Bruno Galera mudou o entrelinha aqui no blog pra facilitar a sua vida. Siga meu exemplo, vá lá e agradeça. CADEIA Dentre as iguarias que me fazem salivar agora está um bom bife. De zebra, por favor. Consigo entender que alguns achem que a doce carne do cavalo deve ser mantida viva pra puxar carroça e correr bons páreos, mas preservar a zebra não faz sentido. Adoraria aquele filé com um molho escuro e salgado, contrastando com o já imaginado adocicado contato com minhas papilas famintas por um safári gastronômico. Para completar o prato, uma série de legumes ou raízes da savana, dispostos ironicamente em linhas paralelas. Sem medo de agradecer à deus pela fauna serelepe que foge do meu garfo em bandos sob o sol de Senegal. Curiosidade que me desperta o avestruz lado a lado da ovelha no espeto. Sangues diferentes pingando na mesma brasa que pede estala pedindo mais. Querendo carne da nossa carne, não de nosso açougue, mas de nossas pernas, músculos servidos a um calor diferente. Pense que somo presas naturais. Estamos para servir de comida. Escalamos a cadeia alimentar na base da briga, da pedrada à pólvora, sem mudar nossas fibras. Continuamos o bicho de carne deliciosa que corria assustado no lusco fusco africano, que fracassava ao subir em árvores e virava churrasco macrobiótico de tigre. Carne suculenta, com depósitos de gordura bem distribuídos, poucos e grandes ossos, dieta balanceada e músculos atrativos em todos os membros. Imagine uma perna pra grelhar - sem o pé, pra não chocar – só consigo ver alguns bons quilos de carne de primeira dourando. Uma composição fibrosa pedindo tutano e dentadas cheias de razão. Um orangotango sem o inconveniente dos pêlos. Desde que comi um coração de ovelha inteiro, tudo parece uma boa pedida. Não vejo a hora de uma guerra nuclear nos presentear com um banquete desses. Resultado Final Santo André 0 x 1 Grêmio. AVMP diz: Schröder diz: Schröder diz: AVMP diz: Schröder diz: (Voz do Galvão) - No ataque Gremista, Galatto com a 14 e Limonada com a 35! AVMP diz: André Schröder, palpiteiro vencedor, ao lado do Gaúcho da Copa de 2002. Com um pé quente desses, até eu. INTERVALO Grêmio começa melhor o jogo, Santo André equilibra e toma um gol quando era melhor. Ricardinho aos 30 minutos. Jogo perde ainda mais em qualidade e o nervosismo toma conta. nossos palpiteiros, moderados por mim (AVMP) e acompanhados de Antenor Savoldi (Ante) se explicam assim: AVMP diz: Ante diz: AVMP diz: Ante diz: Ante diz: AVMP diz: Leo Ponso diz: AVMP diz: AVMP diz: Ante diz: Leo Ponso diz: Leo Ponso diz: Schröder diz: AVMP diz: AVMP diz: Schröder diz: Ante diz: Ante diz: Ante diz: Leo Ponso diz: Schröder diz: AVMP diz: Leo Ponso diz: Schröder diz: Leo Ponso diz: Gustavo Faraon diz: Schröder diz: AVMP diz: Gustavo Faraon diz: Schröder diz: AVMP diz: Ante diz: Schröder diz: SANTO ANDRÉ CONTRATACAI POR NÓS Palpite todo mundo dá, agora colocar o pescoço à prova é que é difícil. E não serei eu o único. Em alguns minutos o Grêmio entra em campo contra o Santo André pela primeira rodada do quadrangular semi final da segunda divisão do futebol brasileiro, e pra dar um norte para quem irá assistir, convidei três amigos para palpitarem sobre o jogo. Livrando o meu do risco. São eles:
Leonardo Ponso Estagiário da acessória de imprensa do Grêmio. André Schröder. Também estagiário da acessória de imprensa do Grêmio. Gustavo Leite. Estagiário – até semana passada – da Federação Gaúcha de Futebol. É esperar para ver. Volto no intervalo, mais ou menos lá pelas 9 e meia. POEMA NO ÔNIBUS Nunca usei camiseta com a cara do Raul Passei reclamando a adolescência toda Mais um poema no ônibus. Inspirado na história contada por Edo. O QUE É PORNICE? Homenagem a David Vidmar CONSPIRAS Repararam que a única coisa dita sobre o blecaute de ontem em Los Angeles foi que não era um atentado terrorista. Busquei informações pelas emissoras de rádio e nada. Só que não foi terrorismo. Parabéns. Pode ter sido que tenha sido sobrecarga, problemas de transmissão ou um grande incêndio na central. Ninguém quer saber. Todo mundo só se liga pra ver se algum grupo assume. Do outro lado, uma correria de extremistas pra se fazer críveis junto a jornais do mundo todo. Tenho certeza que algum grupo assumiu a responsabilidade telo apagão, assim como aconteceu com o Katrina. Piada óbvia e das melhores. Achar um culpado para acontecimentos comuns vai tomando conta do dia-dia aos poucos. Mesmo para turras pessoais ou acontecimentos aleatório. Não duvido escutar esse dialogo entre um motorista e um cobrador qualquer dia: ‘viu que o Parreira tirou o Adriano do time?’ Aí vai ser triste. Questão de conceito E se todos sites tivessem slogans? Eu iria propor alguns: Narrativas de Niill , A pior noitada é o melhor programa. Bigmuff – cavaquinho de castelhano. E Mujique, A felicidade depois da maçantera. Para o Francisco, o já ensaiado “ filisteu, desde 1983 desculpe por tudo”. tal popularização levaria ao ideal: slogans para boas bandas. The Animals, soluções em Rock’n’Roll. Pela Proposta Popular Pentelhista Imaginou Paulo Alexandre que o P de MPB seria Proposital. De proposital. Mesmo sem querer caberia aos presentes, encamisados com a etiqueta da cultura, a busca pelo novo. Mesmo que isso, no caso, represente uma vela pendurada à nádega do próximo. Saibas que mais acaba valendo a bunda branca tentando dizer algo do que a bunda quadrada do comodismo. Se esse quadrado fosse mágico poderias acreditar que nem tudo que é buraco é vasilha e atender meu desejo antigo: pare de cagar nos meus ouvidos. AVOA A Guerra Fria apareceu na muito na Tele Quente. O perigo de um conflito nuclear encheu de medo as bilheterias e fez de cada engasgo com a pipoca uma crise em potencial. Se não entre paises, entre namorados que decidiam qual o filme da noite. Para contemplar meninos e meninas, a industria investiu em roteiros cheios de romantismo, galãs e militares radicais – na forma não árabe do verbete. A idéia de uma força aérea cheia de caras quentes e armas mortais agradou todo mundo, incluindo fabricantes de aviões. Para cada avião um filme, com sua devida superioridade retratada sobre o equivalente russo nos ares. Veja só: Quando Top Gun apresentou ao mundo o F-14, o avião, apelidado de “tomcat”, já tinha abatido uns MiGs líbios sobre o mediterrâneo. Mas só ganharam respeito quando Tom Cruise sentou no Cockpit. Do dia pra noite o jovem ator emprestou um respeito que um porta aviões com o convés cheio daquelas aeronaves não conseguira em anos de exercícios.
Antes de Maverick cagar todo o uniforme na prova final do curso de pilotagem, todos os calouros são chamados para cobrir uma zona de tenção ao norte do pacífico. É quando entra em ação o F-14. O avião arrebenta sozinho uns 4 oponentes russos sem maiores problemas. Destaque para a mudança de angulação das asas que conferia um charme especial ao Caça. Os russos, além de pilotarem os aviões norte americanos F-5, todos pintados de preto para parecerem MiG 28, usavam um capacete muito legal: um globo que refletia tudo em volta, turvo e com um aspecto alienígena. Se o que rolou em Top Gun foi de tirar o fôlego, o que dizer de Águias de Aço? Dessa vez o astro era o Daniel Sam, de Karate Kid, pilotando um envenenadissimo F-16 pelo oriente médio. Por algum motivo desconhecido o pai do garoto é seqüestrado, e o calouro da aeronáutica vai atrás dele pilotando um “falcon”. Ele voa sobre um pais árabe, derruba cerca de 5 aviões inimigos, destrói uma refinaria de petróleo gigantesca, bombardeia um aeroporto, arrebenta a pista com uma bomba incendiária, pousa na pista em chamas, resgata o pai, volta pro avião, atira em solo em um tanque com a metralhadora do avião, decola, derruba outro avião inimigo e volta pra casa. Ufa! Tudo isso com um walkman tocando um rock mais que farofa.
A guerra fria acabou e Hollywood passou a atirar em outros inimigos. Quando o 14 e o 16 já tinha sido consagrados, vem Independence Day consagrar o F-18. O primo menos charmoso da família. Repare que todos os aviões da batalha aérea são o mesmo modelo. É pura incapacidade técnica de fazer mais de um caça pra animar o céu estrelado cheio de óvnis (também todos iguais). Vamos pensar: o mundo está em frangalhos, os aviões não conseguem atingir as naves alienígenas e viram alvos fácies. No dia da independência, como haveriam sobrado tantos F-18? Apenas eles estaria a povoar os céus? Uma analise menos preguiçosa apontaria para inúmeros modelos e carcaças voando. Qualquer coisa que levante mais de um palmo do chão seria útil. Asa delta neles! Pra fechar, o presidente americano pilota e derruba uns malfeitores. Fantasiosos como o cinema deve ser, o único efeito colateral é não confiar nos aviões franceses que a gente compra pra defender a amazônia. Não tem como querer. Cinema de intelectual não aceita batalha aérea sem existencialismo. Espero que os militares tenham mais calma na hora de escolher esses atores maravilhosos e suas maquinas voadoras. GRANDES PENSADORES - em uma sexta-feira qualquer Haja prisão pra tanto ventre - disse delegado depois da batida no clube clandestino das cafetinas árabes. Post deletável do dia. PROTETORA DO TURFE. Hoje corre o Protetora do Turfe. Segunda prova mais importante do calendário turfístico do estado do Rio Grande do Sul. A Barbada é Star Colony (8) para vencedor. Boa pedida na dupla é Star Colony e Mahler (8-1) e um placê confiável é o Mystic Sunset. O páreo, em 2.200m na areia, tem alinhamento marcado para 21h e 35min. Destaque para o 12°Páreo – 1.500m, grama -, com 15 conjuntos inscritos e o Super Omi (4) fechando a noite como favorito no 14° - 1.100m na areia. Apareça. Elegante, é claro. REFERENDOS QUE QUEREMOS VER Para você: [ 1 ] Mulher de boné humilha. Gostaria muito que esse tema, sugerido pela minha amiga Fernanda K, passasse por uma consulta popular junto com o estatuto do desarmamento. NÓ CEGO Boletim Árabe Luther - Setembro 2005 Por não menstruar, minhas fases de humor duram meses. Entretanto, a vontade de produzir coisas palpáveis é relâmpago. Alguns ataques de concretização em ciclos rápidos e imprevisíveis. Um dia, possivelmente, um desses intervalos produtivos combina com o ciclo biológico de minha parceira e tenho um filho. Quase acidentalmente. Enquanto a realidade não precisa de fraldas, luto por dar vida e colocar na rua o talento dos que me cercam. Assim nasceu o Nó Cego. Mais uma publicação da Árabe Luther, a mini editora-produtora que co-habita meu PC com mp3s da minha irmã. O espírito ejaculatório é solidificado com o esquema de produção do Nó Cego. Tive a idéia e convoquei cinco “irmãos” para colaborar. Sendo que os textos deveriam ser enviados em 12h. Feito isso, me prontifiquei a editorar em mais 12h todo o material. Tudo funcionou conforme planejado. Da concepção até o arquivo chegar na gráfica se passou um dia. Pouco menos de 24h de extrema produtividade, intercalada com o trabalho e uma ida ao cinema. Enquanto eu conferia os charutos tentaram abortar o projeto. Por falta de habilidade da gráfica contratada, tive que fechar de novo o arquivo, ir lá escolher o papel – o que eu queria estava em falta – e implorar por um revisor. Tudo mais lento e com menos vontade, ora, o ciclo produtivo já havia passado. Semana que vem, espero, estará impresso. Com o cheirinho de papel novo e grampos reluzentes. Esperando para passear no seu bolso e ter as 28 páginas folhadas sem medo. E vale a mamadeira, olha só quem colaborou nessa primeira edição do nó cego: Cardoso – O Ruivo, pela primeira vez (eu acho) com um texto SEM CAPS LOCK. É tipo um blog, de rápida publicação e pouca relevância. Só que dá pra segurar com as mãos e revender, se for o caso. Semana que vem. SEGUNDO ANDAR Não me culpem pelo meu otimismo. Passar três horas na traumatologia do Hospital de Pronto Socorro foi bem divertido, mesmo sendo sábado, mesmo sendo oite e mesmo com meu tornozelo esmigalhado. Tudo parecia ser melhor - e é - do que os dias de inatividade que viriam. Ninguém se programa para quebrar uma perna ou ter um entorse no ombro. Logo, divertido era especular como cada um tinha se machucado. Uma menina que tropeçou da escada ajudando uma velha gorda, um outro com raquetes de frescobol e uma senhora com aquela imobilização de apetrechos amarelos que denuncia o acidente automobilístico. Pisão, mau jeito, divididas, brigas de rua ou futebol escasso, como o meu. Especial afeição tive com o pessoal do Raio-X. O fordismo levado ao extremo e com os melhores resultados possíveis. Prontidão, agilidade e competência, sem a impossoalidade de que são regularmente acusados. Tal harmonia só foi quebrada por um senhor absolutamente embriagado que discutia sem parar com o médico na hora de tirar a chapa. Na saleta do lado, eu sequer conseguia deixar o pé no lugar, culpa das contrações que se faz com o abdômen pra segurar as gargalhadas depois de ouvir dialogos como este: - Hoje não tem mais cachaça, pára quieto senão passo outro paciente na tua frente. FRANGOTE Wanessa Camargo faz show hoje em Porto Alegre. Haveria estratégia melhor de divulgação do que essa? P.S.: sei que post que te obrigam a seguir um link são um saco, mas é preciso para manter a validade da pida. E você vai cair no blog so Saulo, o que só faz bem pro leitor que estiver perdido aqui. FALA CIDADÃO No início do ano comecei uma pesquisa sobre bandeiras de cidade brasileiras. Tudo devido ao susto que tomei ao ver pela janela do carro a bandeira de Capivari de Baixo, em Santa Catarina. Dessa pesquisa nasceu a série de textos exaltanto o péssimo gosto de algumas cidades, apenas através da analise do pavilhão. Não raro aparecem cidadãos injuriados babando pelos cantos da boca e querendo minha alma. Pessoas que simplesmente não entendem que EU achar uma bandiera feia não muda em nada os valores de sua cidade. Cegos pela raiva das origens, dão início a uma defesa infundada de seus municípios, conferindo uma importância que esse blog não tem. E não quer ter. Tanto que vou deixar Joice, natural de Lençois paulista, defender a bandeira que eu critiquei no post de fevereiro. Veja o que Joice diz sobre esse texto. "OLHA O ABSURDO QUE VOCÊS COLOCAM AQUI!!! Sou de Lençóis Paulista e não concordo com o que postaram aqui! Antes mesmo de fazer uma crítica babaca como essa, é necessário conhecer a história da nossa cidade!!! Dá pra notar fácil que o forte de vocês com certeza não é a cultura, não é? Pelo menos nas escolas, as crianças conhecem o significado de cada parte do nosso brasão e da nossa bandeira! Levando em consideração o verde, podemos afirmar o forte da cidade no ramo da agricultura: a produção da cana-de-açúcar. Lençóis tem esse nome devido ao Rio Lençóis, que passa pela cidade, e o Paulista, é pra diferenciar do Lençóis (estado da Bahia). Recebe esse nome também pois qdo chegaram na cidade, repararam que haviam "espuma" sob o rio, formando vulgarmente um "lençól d'água". Outra virtude da minha cidade, é ser conhecida como "A Cidade do Livro"! Uma das únicas cidades que possui número maior de livros do que de habitantes! Cidade onde o escritor Orígenes Lessa nasceu... Fácil criticar não moçada? Só que antes, é preciso olhar o próprio rabinho, amar a sua cidade natal e respeitar a DOS OUTROS!!! AQUELE ABRAÇO! " Aquele, querida. Aproveite para ler a minha analise para as cidades de Brasópolis, Rio Espera; Palmeira, Irati, Pato Branco e claro, a campeã Capivari de Baixo. Departamento Médico menezes: estou aqui, engessado, com o pé pra cima e sem perspectivas. VAI QUE É TUA, ARMANDINHO. O Guaíba tá com onda. MILILITROS Temos pouco a perder. Enquanto em Nova Orleans tem saxofone boiando e trompete enferrujado, o máximo que nos acontece é estragar os amplificadores desses sessentistas chatões. Alem de um banho forçado pra esses mijadores de calçada. Contra a garoa, Motivado pelo convite dos amigos Bruno e Nego, ficarei retendo o maior volume de liquido possível pelas próximas horas. É a Réplica ao Tornado, que coloca em xeque as insinuações sobre a tormenta que se avizinha de nossa cidade. Seus efeitos serão testados in loco, sem medo, de frente pro perigo e de costas pro gol. Enquanto penso se chove ou não chove chuva, vou pedir pra essa chacrete colocar seu bikini cavadão e rezar bem rezado pra que a vidraça agüenta. Quem não tem tetô* de vidro que atire o primeiro granizo. *de propósito e de graça, homenagem à Pitty. IMPOSSÍVEL PENSAR DIFERENTE DURANTE SETEMBRO Os dois garotos que passavam muito frio na parada de ônibus eram retirantes da cidade de Santiago do Boqueirão. Primos que tinham se agarrado à coragem que só se tem aos 14 anos e vindo na raça pra Capital apenas com a roupa do corpo, que no caso não passava de bermuda e casacos ensopados pela chuva. Quem contou foi um senhor, que os estava levando pra sua casa, pra abrigar os guris depois de três dias de uma ruim atrás da outra. Disse também que já tinha feito uma dessas, que era de Alegrete e veio parar em Porto Alegre nas mesmas condições, só que em 1960. Onde a cidade era menos hostil, mas o inverno durava mais. Hoje pela manhã, senta perto de mim no ônibus um senhor de boina. Que começa prontamente a falar muito alto. Importunando a todos e extinguindo minha sonolência, que deve ser sempre respeitada. Entre as informações que eu não queria ouvir, destacam-se algumas. Ele era do Alegrete, - assim como o senhor que ajudara os meninos de rua - e nunca tinha tirado férias. Hoje, com 72 anos foi ver a serra, onde todas as fábricas estão fechando. Dizia ele ainda que o desfile na cidade dele terá 8 mil cavalos. Já que lá todo mundo tem cavalo. E que “enche de japonês pra filmar tudo”. Minha irritação era tamanha que quase levantei pra berrar: mas é óbvio, japonês filma qualquer merda! Mas me contive pra ouvir a facada final. “no tempo do Getulio que era bom, não tinha inflação, tu comprava em caderneta pra 20 anos e tinha como pagar”. Impossível não comparar a postura entre os dois alegretenses. Um cara que sabe onde a coisa aperta e tenta fazer por livre iniciativa a vida dos outro um pouco melhor, na maior humildade, sem condenar a atitude dos guris. Do outro lado um campista recalcado criticando quem toca esse estado pra frente (ou pro lado) que repete a mesma lógica de culpar terceiros por tudo “não ser como antigamente”. Impossível, próximo ao 20 de setembro, não pegar nojo do gauchismo e da repetição cultural de uma lógica de exclusão e miséria. Vou ver se encontro um dos garotos pra participar do desfile farroupilha. Posso até imaginar eles com a mesma bermuda na chuva, um casaquinho surrado e a camisa “ah, eu sou gaúcho”. |