A Vida Mata a Pau | home. arquivos: Febrero08. Diciembre07. Noviembre07. Octubre07. Septiembre07. Agosto07. Julio07. Junio07. Mayo07. Abril07. Marzo07. Febrero07. Enero07. Diciembre06. Noviembre06. Octubre06. Septiembre06. Agosto06. Julio06. Junio06. Mayo06. Abril06. Marzo06. Febrero06. Enero06. Diciembre05. Noviembre05. Octubre05. Septiembre05. Agosto05. Julio05. Junio05. Mayo05. Abril05. Marzo05. Febrero05. Enero05. Diciembre04. Noviembre04. Octubre04. Septiembre04. |
A cerveja que já entra quente
Ou Umbiguismo lo-tech Agora que já urinei a cerveja, posso falar sem apertos: como é divertido dar uma festa. Por menor que seja o evento, dar essa puxada nas relações públicas é uma forma de se cansar sem precedentes. Fazer o caminho centro logístico-local da festa incontáveis vezes para buscar uma por uma das quinquilharias que fazem toda a falta, não conseguir falar com ninguém direito e parecer sempre atucanado. Aliás, estar sempre atucanado. Contudo, estar do outro lado do espelho é ter um tipo de satisfação diferente. Sem fins lucrativos, só pela diversão do próximo, e do meio-distante, e do que já foi próximo o suficiente para ser lembrado. E lembrar porque eles eram próximos, e aproximar pessoas distantes, que só não são próximas por nunca terem ido à mesma festa. Valeu a todos os presentes. Os ficaram lá um instante ou esperaram amanhecer para ir para a casa, sendo que todos nobres o suficiente para tolerar a espuma quente da cerveja, a falta de troco e as músicas repetidas. Vocês ajudaram a vencer um trauma que divido com todos que fazem aniversário perto do dia dos namorados: festas vazias. 17:14 | comentários (18)
| trackBack (0)
Frase de efeito que define a festa "Ainda bem que a ceva está quente, senão iria faltar" E.M. 24 Anos, Lave o rosto Sexta-feira Leve como uma pluma Ao fim por nada ruma Poema no ônibus para os que ainda etão no trabalho, pedindo por uma cervejinha na mais Happy das menores Hours. Devo estar dormindo A única coisa que me mantinha vendo o Intercine era a curiosidade. O filme começava com uma brigada queimando o original da Monalisa, em roupas futuristas e confiscando livros. Semelhanças com Farenheit 451 e ares de 1984. Como apenas li os referidos, pensei em um possível remake ou versão alternativa de roteiro que parecia piorar tudo. Prendia pela ruimdade. Era esperar começar a parte dois e ler o nome da fita, sem problemas. Então, no intervalo, entra um flash ao vivo do BBB, apresentado por um babaca que não é aquela loira. “Haja saco”, pensei. Entretanto, minha expectativa de aproveitar aquele marasmo que é a “vida de verdade” para dormir foi frustrado. Os acontecimentos dentro casa foram mais ou menos estes: Algum concurso de dança rola, os casais se arrastam de um lado para o outro denunciando que a maratona já perdurava por algumas péssimas horas. Um casal, recém saído da pista, se dirige para dentro da casa, onde mais dois integrantes lavam a louça. O homem recém-dançarino se atira no chão, parece passar mal. Os demais integrantes o cercam e perguntam se ele está bem. Pergunta idiota, já que até minha tevê pequenina mostrava que o cara estava mais branco que o Ulisses Guimarães há 10 anos no fundo do mar. Nisso, levam o rapaz nocauteado para um sofá e levantam suas pernas com almofadas. O que segue, é um impressionante deleite para quem curte auto-medicação. Três pessoas conseguem propor umas 40 formas do mau estar ir embora em pouco mais de 2 minutos de especulação: dar um chá, um banho frio, açúcar, soro caseiro, água com gema de ovo, um suco muito doce, gelo na nuca, balançar as pernas. Então, uma voz do além meio sonolenta adentra a casa. Um carioca direto da produção dá a real “coloca sal em baixo da língua”. Os habitantes da casa entopem a boca do coitado com sal, cientes de que era uma recomendação médica. Tenho certeza que era só um palpite do diretor. Então, um dos marrentos que estava ajudando o amigo, em um gesto de puxa-saquismo toca a canela do moribundo e proclama “é, é, ele já ta menos gelado”. Corta, volta o apresentador, claramente em uma imagem gravada e diz que era só, por enquanto, e que em breve volta com mais. Voltar pra que? Não precisa, nada pode ser mais divertido que isso. Nem o filme, que por final era “Equilibrium”. Falava de uma sociedade vigiada onde os sentimentos eram controlados pelo pai. Um Brother genérico, uma bela porcaria. E como toda produção desse tipo, prendeu minha atenção até as 3 da manhã. Gorducha Meu filho, do que é feito a bola? De couro. E de onde vem o couro? Da vaca. E o que a vaca come? Come grama. Então coloca essa bola na grama e deixa ela rolar. Essa anedota, que de tão velha e batida reviveu como inédita para muita gente, retrata uma preocupação de volta aos campeonatos pelo Brasil. A cor da bola. Foi preciso a Penalty produzir uma óvni laranja com gomos de couro para que o assunto fosse levado a sério. As reclamações, que antes eram esporádicas, agora tomam conta dos certames, e servem de pretexto para qualquer frango engolido em jogo noturno. Ainda bem, não via mais a hora dessa frescurada toda acabar. Como bom gremista, 95% do futebol que assisto é na televisão. Já me incomodou bastante a bola prateada da copa de 2002, ela parecia mais redonda, parecia menor. Tudo bem que diminuíram um centímetro no diâmetro da esférica, mas não era para parecer tão pequena. O que acontece é que esses designers não se seguram. Eles sabem que não tem o que mudar nela, não pode deixar de ser redonda, vai ter que ter um bico pra encher e o peso tem que ser sempre o mesmo. Aí, fazem essas bobagens sem tamanho. A bola deve ser branca e preto para dar contraste. Para ser visível sob quaisquer condiçães de luz. Só deve ter outra cor em jogos na neve. Não por acaso, a cor de couro natural foi substituída assim que o esporte passou a ser transmitido em cores. Então, a tecnologia que tingia de branco o couro das jaquetas do Elvis entrou em campo lá por 1970 para nunca mais sair. Ou deveria ser assim. Então, meu filho, se a bola rola no chão, deve ser branco com preto. Da cor da vaca. Oma Todo mundo reclama de tudo não só por maldade, mas também por que é cada dia mais difícil alguém aceitar um elogio. Toda citação elogiosa é de cara tomada como ironia ou recebida com desconfiança. Sei lá, de repente você tem ótimas pernas simplesmente por ter, e não por puro interesse reprodutivo. Também existe a chance de pessoas não se incomodarem em dar uma carona até o outro lado da cidade, acreditando mesmo que a gasolina queimada compensa sua companhia. Acaba sendo complicado falar bem do trabalho, da postura ou do comportamento de qualquer um que nos cerca. Principalmente se for mulher o alvo, os seres que menos reconhecem suas próprias qualidades. Tudo parece ofensa. Tão importante quanto ouvir essas palavras doces seja aceitar, estabelecer uma ponte de boa vontade sem pregação religiosa. É como diz a avó de uma amiga, sem suspeita alguma, já que de senhoras de idade ninguém espera agressão, só toda sabedoria do mundo: deixe o mundo ser gentil com você. Emirados Junkies Unidos – ou Bahein 80051 Seriado de TV à venda - dos mesmos autores de "Tales, o Pardal neurocirurgião" Argumento: Grupo de jovens estupidamente ricos, filhos de pais absurdamente ricos, aprontam todas em um país fictício do oriente médio. A Gangue, que se intitula a fumaça do deserto, é formada por nobres árabes, e o conflito se dá com a obrigação de crescer e assumir os cargos de seus pais – magnatas do petróleo. Uma espécie de Barrados no Baile do deserto. Com muito vandalismo, dinheiro jogado fora e farra. Como sugeriu o meu amigo EGS, garotos dando voadoras em orelhões de ouro e outros tipos de símbolos de ostentação. Tudo rolado na base do tóxico. Apresentando as ultimas tendências em ácidos e anfetaminas para a rapazeada que sintoniza os enlatados. Destaque para o espaço em mershandising, como carros, coca-cola e partidos de direita do Bahein. Personagens principais: Sayed Jalal e Hasan Jalal Jr.– Filhos do dono da companhia de petróleo Oilcorp, que manda na cidade. Os dois maiores playboys do paraíso financeiro. Gêmeos, vivem o conflito dos 25 anos, sobre responsabilidades e festa. Hasan Jalal – Pai de Sayed e Hasan. Monarca que estudou na Inglaterra em sua juventude. Vive envolvido em negociatas e especulações. Quer o melhor para o futuro dos filhos. Gazhi – Amiga dos magnatas, 23 anos. Junkie completa. Experimenta de tudo e é a porta de entrada dos irmãos no vandalismo e nas drogas. Uma má influência, mas muito gatinha. Saleh Hamed – ou Sas – Colega de corridas de Sayed. É o mais centrado da turma, e o único com contatos bons na Europa que trazem ecstasy do bom para o deserto. Tem a confinaça de Hasan Jalal e tem pretensões de assumir a Oilcorp. Miu – 21 anos, Filha de japoneses que trabalham como engenheiros para a Oilcorp. Representa a modernidade oriental, sempre em conflito com os costumes locais. Menina de bom coração e apenas milionária. Dedéco Carioca– jovem jogador do time de futebol da capital. Passou pelo Vasco de Janeiro antes de se consagrar na seleção. Joga no time da companhia elétrica e sempre chega atrasado aos treinos. É amigo de Hasan e Sayed por que o pai deles é o dono do time. Portanto, nunca pode aparentar a chapação na casa dos Jalal. Roteiros de 10 episódios à venda aqui, entre em contato. Tarado por praia É no verão que o homem comum percebe que é um tarado. Os trajes menores são apenas um dos pormenores da estação que fazem aflorar uma chuva de perversões que tanto já ouvimos falar. Logo, se mulher gosta de sentimento, homem quer sortimento. E ele comeria grande parte da população à beira-mar. Conversando com Claudia, perguntei sobre como acontecia no universo feminino. Segundo ela - e para muitas mulheres consultadas depois - o desfile de beldades parece apenas uma linha de montagem. Peças admiráveis, mas não capazes de reproduzir por conta própria. O que afasta o sexo pelo abatimento da cogitação. O processo de abertura tem que necessariamente acontecer com trato verbal. Não necessariamente fino trato, apenas na medida. Processo oposto que acontece ao homem. Ele parte de uma quantidade grande de aceitação e vai riscando as interessantes de acordo com o comportamento da rapariga. Já para a mulher vai adicionando a uma lista pequena mais candidatos, credenciados no chalalá. Nenhuma novidade. As mulheres, mesmo que mais alegres no sol, apontam que a praia não é o lugar do parafuso hormonal justificado – tirando as que todas que têm o injustificado. O ambiente ideal é um local de muito falatório, discursos e conversa. Disso, justifico esse texto para lançar a máxima de verão: praia de mulher é curso de oratória. Correria do povo Fale tudo o que quiser de mim, mas quando o entregador de jornal avisa pro meu amigo não seguir naquela rua, eu o obedeceria. Até por que, já era madrugada, e caminhadas noturnas são especialidades de jornaleiros. Segundo o alerta, o caminho até a festinha - das mais baratas – não era para um rapaz sozinho, já que na avenida logo a frente havia muita confusão e indivíduos querendo encrenca. Entretanto, ele encarou, e disse que o máximo de desconforto que encarou foi um bêbado meio chato. Melhor panorama do que muita festinha das mais caras, onde um monte de bêbado chato importuna. Mesmo assim, é nobre o gesto do jornaleiro errante. Só faltou veemência no alerta, talvez uns afrescos fariam toda a diferença. Algo simpático do tipo “quero te ver na rua, e não na página policial, garoto” seria mais convincente, ou ainda com um traço de corporativismo, como “entrego jornal pras pessoas lerem, e não pra tapar o teu cadáver na calçada”. Direito Divino Ok, eu volto, mas só se tiver festinha de aniversário nos próximos 2 mil anos. Direito suíno Respondo, mas só perante a vara de família. Direito Socialista Divido, mas só em causa própria. Direito Conformista. Discordo, mas também vou colocar um prato pra tua mãe. Direito Alarmista Acredito na ciência, mas quando chegar o meteoro vou me esconder quinem você. Direito tribalista Custo, mas um dia ainda rimo fácil na capiral da Bahia. Direito trabalhista Justo, a palavra usada com mais desprendimento na língua portuguesa é Marketing. Casa verde Agora que a fumaça dissipou, a primeira beberagem mental do ano não teria outra fonte que não o próprio nascer, conhecido como reveillon. Acho estranho desejar feliz ano novo para quem te cerca. Primeiro, que tu nunca tem certeza se a pessoa está vibrando pelo ano que passou, celebrando novas possibilidades ou em êxtase por saber que o IPTU da casa na praia ta sendo torrado numa queima de fogos para argentino ver. Um amigo meu diz que ano novo sem expectativa é mais ou menos como o brasileirão sem confusão. Digo mais, desejar felicidade para o próximo é mais ou menos como sentar no carro, colocar o cinto de segurança, olhar pro lado e dizer “boa viagem”. Ao que consta, estamos todos na mesma barca, e se é bom pra quem é tão importante a ponto de estar ao meu lado na virada, será bom pra mim também. Então, o feliz 2006 é mais um sinal de auto-preservação. Ninguém quer que a caminhote capote, ou que a polícia dê uma batida e vasculhe tudo. Se bem que, uma amiga diz que é bom falar obviedades bonitas, para que elas tomem contornos de realidade e a gente consiga ver melhor que as coisas podem valer a pena. Essa sim é uma boa meta para um ano novo. Então, pela primeira vez, tentei não ligar nada e seguir tradições sem saber o que elas significam. Seguir aquela gente toda em procissão para o mar e pular as tais ondas, sem pedido nem nada, apenas pra me sentir parte da coisa. Sem antes conferir se eram 3 ou 7 ondas. Só para fazer parte do pensamento geral. Concessões que devem ser feitas ao senso comum sem pensar. Mais ou menos como outro amigo proferiu: “é bonito por que tem muita gente sendo feliz do seu jeito”. O meu é sentir o cheiro de pólvora queimada enquanto valdir vai buscar o tambor e Laércio trás o agogô. E 2007 já vem aí. Milhões de buzinas tocando sem cessar. Notícias dão conta de que Curitiba é a nova capital do núcleo mod brasileiro. Título que é disputado com cidades do interior do Rio Grande do Sul, e que alguns poucos anos atrás foi de porto alegre. Agora, que os jovens voltaram a tomar banho na capital gaúcha, os paranaenses assumem o bastão e apresentam uma série de bandas de terninho surrado para brincar de índie. Moda por moda - ou mod por mod - não é o problema. Só espanta que Curitiba seja uma cidade periférica de Porto Alegre. Que as manias do sul se propaguem para as grotas farroupilhas é aceitável, mas esse atraso no Paraná não é justificado. Ainda mais quando o pólo é uma cidade já atrasada. E não é hora para viver copiando ninguém. Toda a informação disponível para ficar pegando discos esquecidos do The Birds. Pena das pessoas de boa vontade por lá, que vão ter de conviver por uns 5 anos com hábitos desagradáveis. Pessoas que só ouvem som dos anos 60 e acabam se comportando com 3 décadas de atraso. Que alguém desminta, mas vejo que o paranaense quer moderno. Quer e tem tudo nas mãos: está mais perto dos acontecimentos, do centro. E acaba parecendo um paulista wannabe com déficit de atenção. Com uso para um Buick Ou ainda: mais um post casadinho com o logo abaixo. Desde que foi noticiado que três caras tentaram navegar em um Buick de Cuba até Miami o mundo nunca mais foi o mesmo. Esse é o ponto de partida para o Jornalismo Buick, tão bem alimentado no Buick Watch.
A partir daquele momento, qualquer bizarrice viraria notícia, tudo seria colocado em portais e a ruptura estaria feita em forma de revolução silenciosa. Mais explicações teóricas você encontra no Manifesto Buick, escrito por Bruno Galera, que junto com Antenor e Mojo gerenciam o site. Site que, aliás, que faz o acompanhamento das inutilidades em portais da Internet. Não apenas selecionando matérias, como colocando em negrito as partes absurdas. Dizem eles: “o grande foco, na verdade, são as nuances jornalísticas empregadas por redatores desse mundão na hora de dar esse tipo de notícia, com o velho caráter imparcial e objetivo que se reza nas cartilhas de redação por aí.” Exemplo clássico de Buickianismo, em uma matéria sobre um possível tsunamis avistado por pilotos hondurenhos: ...A mesma fonte militar disse que o Exército e a Força Naval de Honduras no sul do país estão alertas perante qualquer situação que possa acontecer e que, além disso, têm informação de que o fenômeno estaria mais em direção de Costa Rica e Nicarágua. "É possível que o oficial tenha confundido com a informação. Não temos esse dado da altura da onda porque ninguém a mediu, mas nos chama a atenção o relatório dos pilotos, que teriam visto a onda perto da costa entre Costa Rica e Nicarágua, por onde voavam nesse momento", ressaltou. Arévalo disse que "os fenômenos naturais são imprevisíveis", que "não se pode descartar que a onda possa chegar à costa de Honduras e El Salvador". Os pilotos alertaram do fato à Corporação Centro-Americana de Serviços de Navegação Aérea (Cocesna) por volta das 17h (21h horário de Brasília), segundo o comissionado da Copeco. Arévalo enfatizou que o alerta "não é para alarmar ninguém", mas para que os habitantes de regiões hondurenhas como o porto de Amapala, na ilha do Tigre, Coyolito e Cedeño, comunidades hondurenhas no Golfo de Fonseca, tomem precauções. Tudo em nome da diversão. Sem uso para um Buick* Só é possível se informar lendo as notícias pouco importantes. Nas editorias de hoje, o que ganha destaque e parece ser relevante evidencia um quadro estático ou um episódio pontual sem grandes conseqüências. Na minha parte favorita de qualquer informativo, as duas situações são materializadas em notícias da hora: a possível morte de Sharon e a polêmica com o programa nuclear iraniano. Especulação em cima de outra nos mostra que o que teremos é o mesmo de sempre. Uma pilha de posições oficiais, declarações, intensoes, lamentos e resultado pouco. Convenhamos, o que vier a acontecer com o Sharon não vai mudar a conjuntura do oriente médio, as forças serão as mesmas, e nós, se deus quiser, poderemos recorrer aos carros Flex para cada vez menos nos importar com o que eles fazem. No Irã a mesma coisa. Desde que o plutônio é plutônio que eles ameaçam retomar o projeto nuclear. Espanta imaginar que um dia eles começaram um. Se foi no mesmo ritmo dessa retomada tão alardeada, o esboço da coisa deve ter acontecido no século XVI, sem brincadeira. Então, é alemão de um lado encontrando francês pra convencer os italianos a apoiar os americanos numa possível investida. Senhor chanceler, vossa excelência e suas primeiras e segundas damas num tabuleiro de xadrez onde o juiz que nada apita é a ONU. Em contra partida, nas notas de rodapé, podemos ver como os chineses estão tomando o poder. Nada de enviados especiais a Shangai ou boletins sobre a vila olímpica de 2008 no globo esporte. Você vê a força dos amarelos nas matérias copiadas das agências internacionais e traduzidas pelo estagiário. Repare que, diariamente, temos notícias de mortos na china. E claro, pra virar notícia por lá, tem que morrer muita gente. Chacina pros padrões chineses é quando morre mais de 2 mil. Mas eles poupam bala. Os chineses morrem, basicamente em obra. Alguém deveria fazer uma contagem, mas é muito mais operário batendo as botas do que miliciano se auto-explodindo no Iraque. Assim, enquanto a gente dorme eles estão morrendo num esforço de infra impressionante. É mina de carvão, refinaria, ponte, estrada de ferro, prédio, estações portuárias e tudo que for preciso para ser o primeiro. Isso que aqui só chega quando o goró engasga. E certo que a metada das coisas lá tem segurança no trabalho de verdade. E isso é o mais evidente. Mas eles estão ganhando o mundo cada vez que eles doam um panda para um vizinho que tem implicância ou fazem um investimento absurdo em publicidade para evitar que os cidadãos cuspam no chão ou almocem cachorro na frente de ocidentais. E se o mundo é azul lá de cima, o mundo é vermelho na china. E em breve por tudo. Sem você ver, seja qual for a cor do jornalismo que você acessa. *Apoie você tam´bém o Buick Watch Máxima Brasileiro só vê gelo quando erra o nome da namorada. Levei medo No táxi, ontem de noite, o dialogo de sempre: melhor trajeto pra chegar, como ta a noite, vai ficar rodando até que horas, só tem maluco na cidade – nessa ordem. Até que o papo sobre violência toma conta. - Mas o tu já levou muita ruim? – pergunto. Mesmo sabendo que era inevitável, rola uma arrependimento de ter perguntado como. Eram histórias correntes de achaque, nada além de um casalzinho entorpecido e uns manos de bolsos vazios com desfechos que envolvem a polícia. Nada paranormal. Diabos. Amanhã: dia nacional de responder SPAMs. Hoje: nada. Ao menos por aqui. "Ainda pode rolar um dance, só depende de você" “Imagine o melhor da lounge music com ingredientes do Jazz, bossa nova, soul, musica latina e indiana. Aquele ritmo contagiante e você comendo sushi com os amigos, degustando uma cerveja bem gelada”. Sei que ta escrito aí em cima, mas não imagine, por favor. Esse spam com a programação de uma casa noturna que recebi apresenta uma mistura que faria qualquer um vomitar. Não entendo onde essa colcha de retalhos quer chegar. Como comer sushi ouvindo Música Latina não é comer sushi. Abandonaram de vez viver as coisas por inteiro, e isso é ruim pra todo mundo, mesmo para quem não faz parte dessa classe média acéfala galera-de-cowboy. Parece muito com certa vez que deixaram o Homer Simpson Projetar um carro. Então, ele jogou na carroceria tudo que achou legal um dia, recortes de carros antigos, bolhas, frentes gregas, rabo de peixe e buzina que tocava la cucaracha. O resultado foi uma aberração verde limão, aí embaixo: Nada contra misturas, mas condensar todas as modinhas em uma coisa só é algo que ninguém consegue fazer dar certo. E ninguém se diverte: mesmo aquelas meninas que dizem que gostam de tudo menos sertanejo e engenheiros do Hawaii. As morenas com "harmonia" em chinês tatuado na panturrilha ou os freqüentadores em meio turno de academias. Espero que o Dado Bier, que além de me entupir de lixo eletrônico, promove essa porcaria tenha o mesmo destino da montadora que contratou o Homer: falência. Dragi Slovenci! Naša spletna stran bo kmalu bogatejša za več vsebin v slovenskem jeziku. Pričakujete lahko razne anekdote, zabavne zgodbe in podobne neumnosti v jeziku, ki ga boste lažje razumeli. Prosimo, obiščite nas kasneje ter si poglejte naš novi strip. Hvala za pozornost! Lep pozdrav, Osebje strani A Vida Mata Pau. Covessauro Não adianta, tem projetos que não morrem. A Cove, que saiu hoje no caderno Jovem da Zero Hora, vem se arrastando há tempo e nunca deu lucro. Esse fim de ano, eu e os dois sócios que sobraram, dividimos a fortuna de 3 anos de altos e baixos em todos os quesitos: idéias, entusiasmo e ação. Constante só a diversão. Estava lá nas primeiras idéias, passou pelos eventos mais importantes, festas e está em cada entrega feita em mãos pra economizar correio. E só pode ser assim. Quando alguém leva a sério a frase “isso daria uma ótima camiseta”, tudo o que pode esperar é dar boas risadas. Gargalhadas, até. Demorar muito tempo pra entregar, transformar a casa em uma mini-serigrafia e rir de tudo. Tem um certo romantismo, e isso explica que a Cove sobreviva. Valeu Elvis, Antena e todos os que passaram pelo projeto. O cara reclama, reclama, mas é só sair num jornalzinho de uma cidade periférica da América do sul que fica todo faceiro. E olha que eu sou famoso na Eslovênia. Cove: grama e grana. Na Capa do Caderno Patrola da Zero Hora de hoje: “...outra marca gaúcha que vem investindo nas camisetas com atitude é a Cove (www.insanus.org/cove), dos amigos Antenor Savoldi, 22 anos, Elvis Branchini e Eduardo Menezes, ambos 24. No começo, a idéia era produzir camisetas apenas para uso próprio, mas os amigos e os amigos dos amigos gostaram tanto que a produção dos caras teve de ser ampliada. O site também não demorou a ser criado, mas os guris se preocupam que, com a Internet, as coisas acabem saindo um pouco do controle. Hoje, é o Elvis quem produz sozinhos as camisetas, em casa, nas horas vagas. - Na verdade, se a demanda cresce muito, adaptamos a produção, buscamos alternativas. Sempre se dá um jeito, queremos é dominar o mundo – brinca. Formada por dois publicitários e um quase jornalista, a sociedade brinca com logotipos de marcas famosas, ironiza com coisa séria e adora jogar com frases de duplo sentido. Apesar de diferentes, as camisetas são simples, fazendo com que os preços das duas marcas também sejam bastante camaradas” Isso que a gente nunca fez essa aí de baixo. A melhor de todas:
Camarão é Até o ano pegar no tranco, ele já é semi-novo*. Até por que os primeiros dias de janeiro servem para o mar devolver as oferendas e pra você se arrepender de não ter descansado no Reveillon. Aí, quando você se dá conta que tudo continua na mesma, só com um pouco menos de ozônio do que no ano anterior, já é carnaval. E antes de me dizer quem é você a gente volta ao normal. Só que esse amanhã faz você esperar quase 20% do ano pra ele ter início. Vai ser diferente. Pelo menos isso. É que esse verão eu to c’a gota! Tudo pra fazer dessa verdadeira fase bônus da vida um fatality no marasmo. De semi-novo não tem nada, só veio da concessionária até aqui, e com todo cuidado pra não raspar na calçada. Espero que gostem. Afinal, se eu sou Dodô você é Osmar; se sou Mireya Luís, você é Regla Torres. Levanta que eu corto, destrincha que eu desosso. Chama e deixa uma brecha, com ou sem Bertoldo, que eu respondo: veeeeeeeenhaaa! Gafe e retratação Na noite de reveillon, cumprimentei a namorada de Diogo – também conhecido como Jordi – pelo nome errado. Cheguei e larguei um “Aline, né?” depois de estalar os dedos umas duas vezes, olhar pra cima e grosseiramente expor que eu não lembrava direito. Ela me olhou cruzado e disse o nome certo. Sequer arriscarei o nome aqui pra não errar de novo. O importante é ressaltar que nunca vi o Diogo com outra menina, Aline ou não-Aline. Só tinha uma leve impressão que era um nome com A, e gosto de Aline. Talvez exista uma chance de aumentar o numero de Alines no mundo é forçar que as meninas tenham esse nome, mesmo que de forma errada. É o meu nome genérico para mulher. Errar nomes é uma tradição de família. Minha mãe emenda uns 6 nomes de tias antes de chamar minha irmã. Há pouco começou a chamar o nome da caçula de ‘Teca’, que na verdade é a denominação do cachorrinho lá de casa. Em mim, manifesta-se principalmente trocando Letícia por Natalia e vice versa. Tanto que aviso garotas com esses nomes que, possivelmente, um dia eu vou errar. Mas que vai ser sem querer. Mesmo assim, nada justifica. Ainda mais quando não se tem certeza de um nome. Tudo se agrava quando recém bebemos champagne, se está na frente do prédio da família, os pais estão te olhando e você espera por uma amiga que é filha desse pessoal. Desde já, peço para que pare de importunar o namorado. Segundo Diogo, “quem é essa tal de Aline?” é a frase mais escutada por ele em 2006. Nelson Piquet, v. tr e int. Ou Nem com 18 corridas por ano a rolha aprende a voar A cada respirada da moça durante o discurso, o pai tentava interromper com um brinde. Todos com suas taças na mão, formanda no meio do salão e o pai com um champagne quase estourada a cada 30 segundos. Toda investida do homem rumo à comemoração efusiva era tolida pela sua esposa – logo ao lado – que puxava o braço do homem e o acalmava, pedindo para deixar a filhota concluir. E foi divertido assim até o fim, e é até hoje, meio ano depois. Reveillon. Resolvi retirar o papel laminado de volta da garrafa que estava me pinicando a mão. Um minuto depois, faltando 15 para o ano que ia nascer, a rolha voou por vontade própria. O estouro, que quase matou um pedestre ao meu lado de susto, foi o primeiro de três até a virada na beira da praia. Por três vezes catamos a rolha no chão, limpamos na camisa e recolocamos. Por três vezes o meu dedão não conseguiu segurar a força explosiva da garrafa. Por incrível que pareçe, sobrou gás para a hora certa e bebida para um banho digno nos veranistas. Acalmados os ânimos, uma constatação preocupante no ano que recém começou. Eu também sofro de brinde precoce. Rodapé de calçada. Assim como Saulo e Bruno, também pulei as ondinhas. |