A Vida Mata a Pau

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8:16

O cheiro de orvalho tomava conta da minha rua nesta manhã de inverno. Lentamente venci a neblina como um rasco sobre o plátano seco que estalava nos meus pés. O único movimento da rua é um gato assustado que subia sorrateiramente por uma filipeta de luz de um portão de ferro.

Ai passou um Escort rebaixado tocando “Toxic”.

Ufa! Por um segundo imaginei estar preso em um poema ruim.


Alemanha 1 x 1 Argentina

4 x 2 Alemanha nos penaltis.

Muito complicado para um gremista - eu - escolher pra quem torcer em um jogo como este. As duas seleções representam as fundações teóricas sobre o qual o futebol do meu time é construído, sem falar nas raízes emocionais que nos remetem historicamente a cada pátria.

Para ser alemão temos os fundadores e o amor ao 1 a 0. A chance de ver a beleza ímpar em um gol de cabeça e em volantes não-alfabetizados. Para ser Argentina temos as cores e a raça característica, além de um certo distanciamento do futebol tupiniquim personificada no co-irmão colorado.

Entretanto, quando os hermanos começaram uma retranca aos 15 do primeiro tempo não houve mais dúvida. Era deles o meu coração, que acaba por sofrer com a penalidade da eliminação.

Agora, a presença do Grêmio na copa fica restrita ao Emerson meio-machucado, ao Ronaldinho jogando no lugar errado e ao Felipão. Esse sim.


Contem comigo!

Ótima campanha lançada por Antenor e seguida de imediato pelo Bruno: caso Portugal ganhe a copa, deixe apenas o bigode (sem barba) por uma semana. Melhor homenagem possível ao único time lusófono que parece estar jogando por amor à pátria.


Nove pra cada lado

Ver o Felipão brigando com o Van Basten e chamando o Cocu de Filho da puta (era o Cocu) foi sensacional. Melhor jogo da competição. Finalmente o Fair Play deixou de ser religião e o amor à pátria veio á tona. Até em mim. Tando que vai ser difícil não torcer para Portugal no resto da Copa, culpa do Scolari.

A beleza está em pensar na história do Van Basten, ex-jogador do Milan. lembrar dele em 1988 metendo um gol de voleio na final da Eurocopa em Munique, derrotando o esquadrão soviético e levantando a taça para o esmurrugador holandês. Enquanto o felipão deveria estar meio-gordo, com 36 anos sendo expulso em uma partida do Juventude contra o Glória de Vacaria, sob forte chuva e lama. Vestindo seu bigodão e uma camisa puídinha da penalti.

De alguma forma, representa mais a gente do que a chuteira cor-de-ovo do Ronaldo.



Entre meus erros não estão músicas do Wet Wet Wet

A proposta é simples e já deve ter sido feita por ai. Coloquei todas as músicas que tenho no meu computador na lista de reprodução do winamp e cliquei no botão shuffle (não, eu não uso iTunes). Agora, vou resenhar as 20 primeiras que forem escolhidas pelo programa, tendo como limite o tempo de execução da cançoneta. Ah, e serão puladas músicas de artistas já contemplados.

E são essas:

Young Marble Giants – The Taxi.

Rapaz, nada mais representativo da vida em banda larga do que uma canção que você não sabia ter. E aliás, acho que nunca escutei isso. Será que é um arquivo da minha irmã perdido na minha pasta? Vai saber. Bom, pra matar a curiosidade, temos dois minutos de um moog e uma batida programada ao fundo, com um vocal incidental do meio pro fim. Interessante, mas nem de longe lembra minhas viagens de táxi.

Pato Fu - Um dia um ladrão.

Fale o que quiser, mas eu gosto de Pato Fu. E o valor sentimental que esta incluído em cada audição da banda remete a minha juventude extrema, onde a banda apostava no porralouquismo sem pudor algum. Um dia, um ladrão é uma pérola, mesmo sendo de um daqueles discos complicados escutar, tipo o Isopor ou o Televisão de Cachorro. Não vou deixar você me escapar.

Damone – Frustraded Unnoticed.

Essa foi uma amiga que mandou, junto com mais umas 4 musicas das moças que tentam a todo custo rever o conceito “rock de mulherzinha”. Apesar do vocal lembrar muito a Avril, a banda parece excelente. Demorei tanto tempo pra escrever corretamente Frustraded Unnoticed que a música está acabando e não consegui falar nada de pertinente. A saber: belo solo.

O Sargaço – Calça de Ginástica.

Que beleza! Banda lá da faculdade que nunca ensaiava. Com índio nos vocais, a banda acredita em uma letra sarcástica sobre bundinhas arrebitadas sem ser explicitamente metida a engraçada. “Hoje vou dar uma voltinha com minha calça de ginástica – ginástica”. Melodia que fica na cabeça no pouco mais de minuto e meio de som. Curto e simples, como o rock universitário deve ser.

The Exploding Hearts – Jailbird.

Sim, que felicidade. A banda mais citada neste blog (depois do conjunto comercial) aparece com sua balada tosca de três minutos e meio entre as vinte duas horas programadas. Momento dançar abraçadinho sem ser frescalhão, continuando a acreditar numa guitarra bem suja e nas costeletas que Deus nos deus. Beijando os teus lábios, por que se preocupar? Eu sou apenas uma prisão para o seu amor. Ta ra pa ra ra ram... É, amigo carcereiro, liberte bandas boas como esta do anonimato e faça do mundo um lugar menos triste.

El Grand Silencio – Alucinante.

Banda do México que tem o clipe mais impressionante que já assisti na minha vida. Foi no falecido programa Mondo Massari, que apresentava produções de diversas nações. Eis que em uma daquelas madrugadas perdidas de 98 eu assisto “alucinante”. São seis mexicanos dentro de um bar, vestidos com ternos brancos e sombreros, em formação de “V” se aproximando da câmera, que realiza um travelling para trás. Junto a isso, a letra da musica fica passando na parte de baixo da tela, com destaque para o refrão “alucinaaaaaaante”. Vou até procurar no You Tube.

Amado Batista – O pobretão.

Que beleza! Não sabia que tinha essa porcaria na minha máquina. “A minha bicicleta é o meu carrão, eu sou o pobretão” diz Amado, remetendo a consagrada temática pobre-cantor-pobre, que insiste que só pode dar o coração, e nada do anel de brilhantes que te faz sonhar. Por algum motivo o arquivo tem “brega” escrito em caixa alta no seu título, será o nome do disco?

Velvet undreground – Stephanie Says.

Se não foi a primeira, foi umas das 3 primeiras músicas que baixei na Internet. Na época, a gente usava o AudioGalaxy e se contorcia de felicidade com nossa conexão discada, sem ligar para os pulsos extras no meio da madrugada. Hoje tudo está diferente, só o que não mudou foi a beleza dessa melodia e as verdades ditas nela. Mesmo que a última seja muito óbvia: é tão frio no Alasca. Bom pra nós.

Supergrass – Beautiful People.

Uma das piores músicas de uma das bandas que mais gosto. Ok, não vou dizer piores músicas, só que eu simplesmente não gosto. Problemas com o piano e as guitarras, além de que o vocal consegue ser insuportável. Todo o potencial que o cara tem para ser um pentelho aparece em “beautiful people”, o que em outras obras é proposta e um diferencial aqui cabe apenas como chateação. Bola fora, pessoal. Mas mesmo assim, não deletarei.

Revolver – Sem Você.

Banda independente de algum lugar, que eu possivelmente baixei no senhorF em meu ritual mensal de ouvir o que rola por ai, no circuito undergroud. “Eu seria que tu soubesses” denuncia uma possível origem sulista da banda, assim como uma guitarrinha quase óbvia intercalada com as partes cantadas dessa balada. Destaque para a afinação do cantante, coisa rara nos dias de hoje. Lembrando que cantar desafinado nunca é proposta. Ta, nota 6 e meio, com boa vontade. Vamos melhorar estas letras, pessoal.

Volver – Você Que Pediu.

Essa sim é uma novidade legal. No mesmo esquema da banda “Revolver”, a Volver chega sem o RE na frente e com todas as outras notas para compor você que pediu. E olha que eu nem pedi nada, mas me sinto realizado com este hit em potencial da musica jovem e despretensiosa brasileira. Depois de todas estas mp3s, temos uma para grudar no ouvido durante o resto do dia.

João Gilberto – Desafinado.

Coitadas das outras canções. Ninguém merece ser colocado em uma lista ao lado desta obra prima, é simplesmente covardia, comportamento anti-musical. O que vocês não sabem e sequer pressentem, é que o João está espalhado pelo meu computador em diversos blocos, por discos, e logo desafinado foi escolhida. Uma música tão linda que até escrever sobre ela é prazeroso. Esta resenha acaba aqui, não quero fazer barulho com a digitação e atrapalhar o mestre.

Mr T Experience – Swiss Army Girlfriend.

Espetacular hit da minha mais nova paixão, a banda MTX. Tinha uma resistência inicial por falar do exército suíço, e me lembrar com seu titulo aquele enfadonho-mor do confessional dashboard. Ainda bem que venci a resistência através das dicas do amigo Cavinato e me rendi às guitarras, à melodia e aos fuzis da namorada do exército suíço.

Conjunto Comercial – Amor no Tarô.

Nova música do Conjunto Comercial, que se você ainda não escutou, deveria fazer o mais rápido possível. BAIXE AQUI

Grandprix – Euforia.

Banda do irmão da Lívia, que me passou o material gravado pelos cariocas. Ao ver os quase 6 minutos de duração, aproveitei pra ir no banheiro, passar na cozinha e tomar um chá. Voltei e ainda tenho 4 minutos de “euforia” pra escutar. Nada contra canções extensas, mas elas precisam justificar o seu tamanho. E a Granprix não está longe disso, mas precisa evitar a repetição extrema. Mesmo assim, boa canção. Mais uma prova incondicional que você está lendo o blog de um caçador de bônus track.

Art Brut – Emily Kane.

Eu sei que eles são uma ótima banda, pronta pro sucesso com suas letras espetaculares, mas algo me impede de gostar de Art Brut como deveria. Tem tudo pra gostar da banda por completo, mas só consigo gostar da metade. E a metade que eu adoro inclui Emily Kane! Ô canção divertida. Melhor que essa, só “good weekend”, onde o cara diz como o fim-de-semana dele foi divertido, afinal, ele tem uma nova namorada e viu ela pelada duas vezes. Valeu pela dica, Hilton!

Frank Jorge – Quando Aconteceu (a chance).

Música do segundo disco solo de Frank Jorge, um dos ídolos da minha adolescência, chamdo Vida de Verdade. O disco tem seu valor, principalmente por não ficar preso ao que o cara fez pelos Cascavellentes e Graforréia. Entretanto, não consigo mais me identificar com a obra como antes. Afinal, eu cresci e ele envelheceu. Mesmo assim, a genialidade pontual do cara continua aparecendo de forma induscutível. Afinal, quem mais coloca um verso como “Logo eu que falava tanto, perdi o dom da explanação” de forma tão natural? Só ele.

Os Bonnies – Quero te ter

Curtos e barulhentos, Os Bonnies serão uma grande banda quando largarem o sessentismo que acomete de forma voraz suas composições. De resto, não existe nada a ser dito, apenas que estaremos na torcida.

Vladimir Ashkenazy e Andrei Gravilov – Le Sacre Du Printemps: Dance of the Earth de Igor Stravisnky

Momento Ui, como eu sou erudito. O ultimo movimento (bailados tem movimentos?), ou ultima parte da obra prima de Stravinsky que é a obra fundadora do atonalismo, ou senão, a coisa mais perto disso que temos. O melhor, ou pior, é só escutar umas das 8 partes, com pouco mais de um minuto. Destacado do resto fica bonito, mas sem propósito.

Hino Nacional da Finlandia

Fin-lan-dia, fin-lan-dia...


Admirador imediato

Mais e melhores aqui.

Depois dessa, vou maneirar nos posts de futebol. Valeu pelo link, Livia.


Nova música do Conjunto Comercial.

BAIXE AQUI

E ai, o que acham?


Amor no Tarô


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A música vazou ano passado, durante as gravações de um EP na Granja do Torto. Portanto, talvez muitos já conheçam. Esta versão é uma demo remasterizada que faz parte de um bootleg para uma coletânea que só foi lançada na Ásia.

Cante junto com o Conjunto Comercial:

AMOR NO TARÔ

O laçador virou pedra quando olhou pora você, medusa
Virou pro avião com o laço na mão

E todo amor que eu senti quando desabotoei tua blusa
me fez lembra da sua premonição

Uma cigana me parou no centro
Pediu cigarro e previu o meu futuro
E o coração batia forte lá dentro
Eu só não dei dinheiro porque tava duro

E foi assim que começou o meu amor no tarô
E desde então, nadei no mar da sua mão

O pescador perdeu o rumo quando olhou pra você, merluza
Deu as costas pro mar, mudou de profissão

E o cantor bateu as botas quando olhou pra você, cazuza
A saber que teu nome era Danuza Leão

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Quem estiver com muita preguiça ou não tiver cadastro no trama virtual, mande um e-mail pra arabe.luther@gmail.com e eu envio a pérola.



Inglaterra

(Grupo B, com Paraguai, Suécia e Trinindad e Tobago)

Ringo impedido

Aos trancos e barrancos a Inglaterra vai assegurando sua classificação pra segunda fase. Aos trancos por não apresentar um bom futebol, aos barrancos por jogar contra toda espécie de seleção peladeira e não conseguir aprensentar variação tática alguma. É a sindrome de Parreira.

Os principais sintomas da enfermidade é acreditar apenas em um jogada. Longo prazo - que na copa do mundo significa a passagem de duas rodadas - os infectados sentem sonolência dentro de campo, perda da capacidade muscular e cegueira.

Por que secar:
O Coldpaly anunciou que se o time inglês for bem na copa eles gravam uma música em homenagem ao atacante Crouch. E o mundo não precisa de mais nenhuma música destes caras.

Por que torcer:
Tem um cara chamado Lennon na reserva do time. Quando ele entrou em campo, no segundo tempo do “jogo” contra Trinindad, o comentarista Casagrande não se segurou e disse:

- Ah, se não funcionar, o técnico pode colocar o Paul, o Ringo...

Dito isso, falou-se do talento dos Beatles, e umas risadinhas no ar foram ouvidas. Na seqüência, o narrador (não lembro quem era) faz um esclarecimento:

- Claro, que isso não é mais possível, já que dois deles morrem.

Ufa, ainda bem que ele avisou.

Chances:
Boas. Na teoria. Mas é complicado imaginar a inglaterra ganhando de fato.


Polônia

Vou quebrar a lógica alfabética da apresentação dos times para falar da Polônia antes que ela encerre de vez sua participação na Copa 2006.

(Grupo A: Alemanha, Costa Rica e Equador)

Estranho, o Dudek não jogou.

A Polônia perdeu de dois a zero do Equador e um a zero da Alemanha. Não assisti nenhuma das derrotas, mas desconfio que o time polaco sequer tenha chutado uma bola no gol nesses 180 minutos. Os lampejos da raça foram patrocinados pelos dois atacantes poloneses que jogam para a Alemanha: Podolski e Mirolav Klose.

O lado bom da eliminação:
Futebolisticamente não faz nenhuma falta, a Polônia é uma seleção da Alemanha piorada e com calção vermelho. A derrota nos livra de ver um dos piores e apáticos times que o esporte pode produzir.

O lado ruim da eliminação:
A torcida totalmente alcoolizada polonesa vai voltar pra casa, o que diminui muito o nível de divertimento nos estádio. Ainda bem que é pertinho e dá pra ir a pé, já que nenhum deles está em condições de dirigir.


Crítica Surda

Uma revista da capital gaudéria acaba de vetar este texto que fiz sobre o disco novo do Jim Carlson só por que a banda não existe. Esse pessoal da imprensa sempre apegado aos detalhes menores da cultura pop.

“Tudo indica que chegou a vez de Jim Carlson and the Road F fazer estragos no Underground com seu rock desdentado. Apostando em um repertório com riffs pungentes e vocais viscerais (seja lá o que isso signifique), o disco Rock-o-Matic invade suas entranhas já na primeira faixa, chamada Flufly Father, que te leva a uma experiência única movida a fuzz e ruído. Muito bom, curta esta ótima viagem pelo supra-rock até que o delegado venha te acordar.”

Canibalismo lá, autofagia cá.


Soulemopunk

Em 2009, Finalmente vamos emplacar um Hit nos EUA, chamado “My soul for a pipe”. Entretando, a badalação yankee pouco nos interessará. Estaremos com um hit atrás do outro nas rádios da bacia do prata. Portenhos pagarão até 400 pesos para nos assistir em minúsculas casas noturnas, antes frequentadas pela juventude rock-o-pé-rapada local. Inclusive, um bar ficará para história como o melhor muquifo da américa do sul, o Cavern Club latino: “La peixada”. Um antigo galpão onde eram limpos taínhas e atuns no bairro pesquero, em Montivideo.

Tudo vai bem, até que uma briga tira as coisas do lugar. Eu e o baterista somos a favor, o trompetista e a baterista são contra a utilização de um de nossos Hits como jingle em um comercial dos Sucos Ades. O ponto de maior conflito acontece antes de um show no estádio do Newell`s. Nossa ausência causa um quabra-quebra na cidade, onde morrem 6 fãs e 2 policiais.

Depois desta tragédia, fica complicado compor com a mesma alegria. A fase baixo astral da banda não é encarada com bons ouvidos pelo público. Quatro anos no limbo nos levam ao ato extremos: a gravação de um acústico Mtv. É o fim.


Espanha

(Grupo H, ao lado de Ucrânia, Arábia Saudita e Tunísia)

Olé. Um título e um time sem criatividade.

A tradição de derrotas da Espanha é tão grande que até a guerra civil, onde era espanhol contra espanhol, quem ganhou foi a Alemanha. Mesmo assim, o time deles tem sugestivo apelido de fúria.

Não consigo entender. Esse pessoal não coloca medo nem provoca ira em ninguém. No máximo deixa a própria torcida chateada e cheia de descrédito. Mesmo assim, são a Fúria. A Fúria. Repito, mas não me convenço. A Espanha é a maior enganadora do futebol mundial. Um processo coletivo de hipnose que faz que esse time de pelada seja cabeça de chave desta copa.

A história reza o contrário. Tanto que o grande momento espanhol foi em 1962, quando os espanhois não jogaram pela sua seleção. Os dirigentes importaram metade da seleção Hungara mais o Di Steffano para jogar aquela copa. Era o Real Madrid com sua legião extrangeira de camisa vermelha em campo.

Na ocasião, perderam pro Brasil. Reclamam de um penalti não marcado até hoje. Foi penalti, mas não pra Espanha. Nenhum espanhol foi derrubado na área, já que o jogador na disputa era Hungaro (eu acho). Então, se for pra dar penalti pra alguém, marca pra Hungria.

Ainda bem que a Fifa acabou com esta falcatrua, ou ao menos tentou acabar. Quem sabe um dia proíbem também isso que os espanhois chamam de futebol e não é futebol.

Por que secar:
Eles andam levando até os juniores dos nossos clubes pra jogar por lá. Enquanto não levarem a torcida, me recuso a simpatizar com a nação.

Por que torcer:
As meias deles são bonitas.

Chances:
Só existem porque o caminho é muito fácil. O grupo deles é fraco, e o enfrentamento é com o frupo da seleção de mentirinha da França.

Meu palpite furado:
Não me impressiona a vitória de 4 a 0 na estréia. Não dou fé na Ucrânia. Devem chegar nas semi-finais. Que saco.


Equador

(Grupo A, com os polaco, os alemão e os da Costa Rica)

Um time na linha.

Dentro da idéia de sucesso para um país sulamericano, o Equador é a Colômbia que deu certo. O que os colombianos prometiam para 1994 será feito pelos equatorianos este ano. Com menos guerrílha, menos altitude e habilidade. Mas com uma defesa mais sólida e mais disciplina.

São eles minha aposta de zebra. Já ganharam bem da Polônia, devem amassar a Costa Rica e jogar tudo pra cima da Alemanha. O grupo é fácil, e a classificação dará segurança ao time para chegar até as quartas-de-final. Aí complica.

Mesmo assim, o papel deles estará cumprido. Vão alongar a permanência na Alemanha e voltar pra casa com muitas lições, assim como já fizeram em 2002.

Por que secar:
Eles aprendem com os erros. E deste jeito, logo logo vão nos passar em tudo. Então é bom secar imediatamente, já que sabemos que nossa postura não muda mesmo.

Por que torcer:
Eles não são governados pelo Evo Moralles.

Chances:
Fará uma boa copa para suas pretenções. A medalha de ouro dos andinos pode ser ficar entre os 8 melhores.

Meu palpite furado:
Sai da competição nas quartas-de-final.


Croácia

(Grupo do Brasil. Tudo que você precisa saber)

Me bate e me chama de Hrvatska

Minhas fontes na eslovênia garantem: o melhor da Croácia é seu litoral, e não seu lateral. O time não é nada lucrativo, nem vendendo jovens talentos para o Borussia Dortmund conseguiremos tanta grana quanto investindo nas praias Croatas.

Com a aparente paz, a região tem de tudo para ser a nova coqueluche do verão europeu. Em breve, hordas de anglo-saxões apresentarão suas bundinhas brancas dentro de tangas de corte ruim na areia fina do mar local, acreditando na mistura fina entre ilhas gregas e litoral italiano. Férias que já nascem clássicas, com Owen, Laudrup e Litmanem cantarem Boys and Girl enquanto ganham queimaduras de terceiro grau.

Pode parecer bobagem, mas isso fecha o fluxo de caixa do futebol mundial. Basicamente é o seguinte: o dinheiro da venda de armas durante a guerra da Bósnia foi lavado no futebol espanhol, em especial no Real Madrid. O Real paga Owen, e ele se hospeda no meu hotel, fazendo o dinheiro voltar pros balcãs.

E eu quero a minha parte. E estejam avisados, mais uma vez, sobre esta oportunidade única de negócio. O time croata eu deixo pra ser preocupação só do parreira.

Por que secar:
O Brasil enfrenta eles amanhã, dia 13, na nossa estréia. Se isso não é motivo suficiente, vista o eslovêno que mora na gaveta de sua casa e pense na rivalidade local.

Por que torcer:
Melhor uniforme e um goleiro chamado Butina.

Chances:
Luta pela classificação com Japão e Austrália. Eliminada nas oitavas de final.

Meu palpite furado:
14º Colocado.


Costa Rica

(Grupo A - Alemanha, Polônia e Equador)

Com mais da metade dos times já tendo estreiado, a minha análise fica complicadissima e comprometida com uma realidade latente: já vi esses times em campo.

Fazer o quê? Ignorar o resto das equipes jamais. Vou assumir de peito aberto o atraso dos posts e continuar escrevendo como se nada tivesse acontecido.

Com vocês, a Costa Rica.

Muito engraçado foi ver o presidente do mundo, Galvão Bueno, evitando falar o nome do goleiro costariquenho: Porras. E quando era forçado a falar pelas circunstâncias do jogo, metia uma tônica no lugar errado, pra transformar o substantivo em uma oxítona.

Azar é dele. O cara joga bem no gol e o Galvão vai ter que engolir o Porras. O cara é um jogador de explosão, que bate com as duas e não usa luva por que tem a mão peluda. Se chutar alto, o Porras sobe, se for rasteiro, Porras escorrega nas bolas.

Grande goleiro, e como todo centro-americano, um jogador gozado.

Por que secar:
Nem adianta. Na Costa Rica chove entre 200 e 250 dias por ano.

Por que torcer:
Para honrar a grande tradição de Costas nas copas do mundo: Costa Rica, Costa do Marfim, Costacurta, Kostadinov, e o corredor nas Costas da zaga brasileira.

Chances:
Remotas. Perdeu na estréia, como era de se esperar. Pode fazer um jogo de igual para igual contra a baba-maior que é a Polônia, mas deve acabar entubada pelo Equador.


Costa do Marfim

(Grupo da morte, com Argentina, Sérvia e Holanda)

Camarão é a mãe.

Seleções africanas são conhecidas por seus apelidos. Nomes retirados de animais da fauna local que representam força e poder acabam por fazer do campeonato local uma verdadeira visita ao zoológico. Os nigerianos são os Águias, a seleção de Camarões é o time dos leões e, como era de se esperar, os jogadores da Costa do Marfim são os Elefantes.

Mas calma, o Ronaldo não vai jogar para eles. A escolha dos marfinenses pode parecer estranha, já que associamos elefantes diretamente com gordura, o tecido adiposo que todo futebolísta quer evitar. Pois para eles, que convivem com o bicho, a principal característica do elefante é a força e capacidade destrutiva, tanto em jogada individual, quanto em ataques de manada com o apoio do lateral esquerdo.

Por que secar:
Por que tem que ser muito burro pra achar que os elefantes vão ser uma zebra.

Por que torcer:
Se secar mais o país some do mapa. O processo de desertificação tá pegando naquela parte da áfrica, em algumas décadas poderemos falar apenas Saara no lugar do nome do continente.

Chances:
Boas para um time da áfrica.

Meu palpite furado:
Eliminado na primeira fase.


Pombos ou pombas?

Pombas emporcalham sem piedade as grande cidades brasileiras. Causado um problema de saúde publica na forma de ratos alados espalhadores de pulga. Mesmo frente a esta situação de calamidade pública, alguns insistem em alimentá-las. O que é ruim, mas devemos respeitar, já que é o único passatempo de muitos idosos

Entretanto, pessoas que largam pombas ao ar em eventos públicos deveriam pegar cadeira elétrica. Um simbolísmo desnecessário e totalmente substituível. Aumentar deliberadamente é população de pombas é sujar a cidade. É mais ou menos como o prefeito cortar a fita de uma nova ala do hospital e na sequência jogar um saco de papelão cheio de merda humana na sala de raio-x.

Boa vontade com todos seria degolar algumas pombas sempre que possível. A cada ato coletivo estariamos ajudando a acabar com a moléstia. Sugiro que a mudança de hábito comece com um grande massacre de pombas urbanas (e cariocas) nos jogos panamericanos de 2007.

Os pódios devem ser montados sobre pombas para cada medalhista esmagar ao menos um bicho. Tiro e arco-e-flecha podem usar pombas como alvo. Seria até uma espécie de volta aos bons tempos do esporte, uma homenagem aos campeões do passado.

Mas o grande evento deve ser, obviamente, a cerimônia de abertura. O roteiro é simples: Maguila, de mão com a Xuxa, acende a tocha panamericana. Um segundo depois, entre gritos e aplausos, as luzes focam o centro do gramado, onde o presidente do Comitê Olímpico Brasileiro acelera um pequeno rolo compressor. À sua frente estão milhares de pombos amarrados, por certa de 50 metros.

Os animais são amarrados em um circuíto de horror e satisfação pelo sofrimento alheio. Acelera o trator, o maracanã cheira limpeza e prazer. Longe dos olhos do publico, todo o sangue escorre por uma caneleta. No escuro vai formando uma grande mancha no chão.

O tratorzinho - que deve ser das cores do Brasil e com os anéis olímpicos no lugar da placa - sai pela pista atlética. Os refletores acendem ao mesmo tempo e revelam um gigantesco logotipo vermelhor no centro do gravado.

Delírio completo da massa.


Coréia do Sul

(Grupo G, junto com França, Suíça e Togo)

É impossível ser Miss Simpatia comendo cachorro no almoço.

Reina grande espectativa para ver como a Coréia se comporta com apenas 11 jogadores em campo. Afinal, durante todo o mundial de 2002 os orientais jogaram com 14: um goleiro, dois zagueiros, dois laterais, quatro meio campistas, dois atacantes, um juiz e dois bandeirinhas.

Roubaram de Portugal, Itália e Espanha. Foram quarto lugar sem merecimento, com a quantidade de “erros” de arbitragem igual a que nós, brasilinos, demoramos 60 anos para juntar.

Mas como a religião-futebol prega o perdão, vou ter boa vontade e tentar esquecer. Lembrar da simpática e ofensiva coréia, que deu um calor na Alemanha em 1994, recordar os técnicos holandeses que passaram por lá e rezar para que Cruyff tenha piedade daquelas almas.

Por que secar:
Eles não respeitam os santuários de baleias.

Por que torcer:
O futebol mais bonito da Ásia precisa ir bem para dominar o continente. Lembre-se: que tendo a totalidade da Ásia você ganha 7 exércitos na próxima troca. É ali que se vence qualquer jogo de War. Os Assírios sabiam, os Vikings sabiam, Nigel Mansel sabia e agora você sabe.

Chances:
Vai lutar para passar da primeira fase. Acho que passa, eliminando a Suíça ou a França.

Meu palpite furado:
Passa da primeira fase. Depois vira franco-atirador e leva um pé na bunda.


Combo IV - Frases de impacto das últimas horas

1. Não acredito mais nos teus emoticons.

2. Toda praia de nudísmo tem alguém jogando vôlei, o que garante o baixo astral. (Dita por Roberto Junior)

3. Ensaio de ator pornô é a maior punheta.

E um diálogo de brinde:

- Tu tem déficit de atenção.
- Não, é tu que tem déficit de importância.
(Finalizado por Foguinho)


Brasil

(Grupo do F. Junto com Croácia, Austrália e Japão)

Fundamental não é o Kaká. E sim o Parreira.

Burro, imbecíl, mula, viado, filho da puta e retranqueiro. Tudo que você pode usar para reclamar de um técnico uma característica comum: eles são humanos. E qualquer ser humano - da classe técnico de futebol - estaria tendo sonhos molhados ao ter mãos o plantel da seleção brasilera.

E a excessão que confirma é Carlos Alberto Parreira. O comandante não se curva, acha uma absurdo especular sobre um quniteto e acha que quadrado mágico é na verdade um triangulo com três volantes.

Certo está ele. Só assim se ganha uma copa na Europa. E só desta forma continuamos com chances de beliscar a tacita e sair com estrela no peito da geração mais talentosa do nosso futebol moderno.

Contra nós, muita coisa, começando por uma velha aliada. A arbitragem. Podendo, vão nos garfar. Se o brasil for Hexa, ele meio que acaba com a brincadeirinha. Seis vezes é o que Itália e Alemanha têm juntas. E esse distanciamento acabaria com a competição por uma década.

Por que secar:
Tudo que o Robinho (ou o Zagallo) participa é passível de secação. Mesmo que seja o caso de uma nação versus um homem. Ou um meio-homem, no caso. Uma derrota faria o povo valorizar coisas mais importantes, e isso é ótimo pro futuro da nação.

Por que torcer:
Se você fala português, possivelmente é um brasileiro. Logo, deves torcer pela seleção canarinho. E seria ótimo ver um time talentoso pra burro fazer chacota com a amada seleção de 1982. Berço dos maiores pentelhos da nossa imprensa.

Chances:
Grandes. Porém, nunca uma seleção fez 4 finais de copa seguida. E só a gente ganhou uma copa fora do próprio continente, e foi lá em 58, quando o Zagallo nem tinha catarata.

Meu palpite furado:
Vice.


Austrália

(Grupo do Brasil)

Tudo que pode ser dito sobre futebol Australiano.

O esporte é praticado por duas equipes, que se enfrentam em um campo Oval e com uma bola oval. Cada uma das equipes é formada pelo mínimo de 12 e máximo de 16 atletas, e o principal objetivo é levar a bola até o fundo do campo defendido pelo adversário.

Para conquistar seu objetivo, vale segurar e derrubar o adversário, o que torna o esporte a paixão de qualquer cirurgião dentista. Outra particularidade do esporte: a bola é carregada com as mãos e só pode ser passada para o lado ou para trás. O passe para frente só é permitido com os pés.

Também marca pontos o time que chutar a bola entre os quatro postes na linha divisória da zona de pontuação.

O Futebol Australiano é uma variação do Rugby. O mesmo esporte que deu origem ao Futebol Americano.


Por que secar:
Eles eliminaram o Uruguai.

Por que torcer:
Por que o time deles é feito de animais. E os animais da Oceania são fantásticos: ornitorrinco, canguru, kiwi e integrantes do Spy vs Spy.

Chances:
Remotas. Oitavas-de-final já garante um sorriso desdentado no rosto.

Meu palpite furado
Não é surpresa se passar da primeira fase. O futebol força sempre dá resultados. Entretanto, o futebol (apenas) força dos australianos precisa ser testado.


Argentina

(Grupo C, junto com Costa do Marfim, Sérvia e Montenegro e Holanda)

A fase e a frase

A organização da Copa do Mundo disponibiliza um ônibus personalizado para cada seleção participante do torneio. O veículo, que faz o trajeto hotel-treino-hotel e hotel-jogo-farra-hotel leva as cores e uma frase simbolizando cada uma das nações.

Não sei qual foi o critério de escolha das chamadas, mas a da Argentina simplesmente humilha qualquer outra.

“Levante-se, está passando a Argentina”.

Só pra contrabalançar, a do Brasil é “Veículo movido à 180 milhões de corações”. Ou seja, um a zero para eles. De cara.

Frente a isso, não tem como acreditar no papinho de não-favoritismo que os hermanos andam propagando. O tripé fundamental do futebolísta portenho é a raça, o talento e a arrogância.

Não tem mais bobo no futebol, bom abrir os olhos com eles. A argentina está se fazendo de leitão vesgo para mamar em duas tetas. Mesmo com a suposta má fase, são favoritos sempre.

Por que secar:

Por que eles são argentinos e você é brasileiro, ora!

Por que torcer:

Algúns identificam valores nos nossos vizinhos invejáveis. Um amor a pátria e o respeito de certas regras não escritas do futebol. Entretanto, de qua adianta amar com tanto vigor seu país se o seu país é a Argentina. Vamos lá, senhores: você não tem reais motivos para torcer por eles. Saia de perto de mim com esse amor castelhano. O máximo permitido, em caso de vitória deles, é dizer que foi justo. E mesmo assim, apenas se eles tiverem massacrado o adversário de forma indiscutível.

Chances:

Boas. Jogar na Europa sempre é complicado, mas enfrentar a Argentina também. Então, azar dos adversários.

Meu palpite furado:

Semi-finalista. Vai ter mais problemas dentro do grupo do que nas Quartas e Oitavas-de-final.


Arábia Saudita

(Grupo H, junto com Espanha, Ucrânia e Tunísia)

Ala, Ala, Ala... A lá a bola entrando!

São porcarias como a Arábia Saudita que nos fazem querer apedrejar o prédio da Fifa, em Zurique, na Suiça. Francamente, os sauditas contribuem tanto para o futebol quanto os Engenheiros do Hawaii para a formação intelectual de um adolescente.

Mas por motivos políticos, garantem 4 vagas para a Ásia e, infelizmente, uma delas sempre acaba nos pés dos sauditas. Tirando um golaço de Owairan em 1994, os verdinhos só estiveram em mundiais para chatear, gastar petrodolares e movimentar o setor hoteleiro do país anfitrião.

Um bom exemplo foi na última Copa do Mundo. Quatro anos atrás, levaram oito a zero na estréia, para a Alemanha. E não foi sequer divertido, já que todos os tentos foram idênticos. É o time bomba, direto do deserto pronto a explodir nosso saco nos 10 primeiros minutos de jogo.

Pra completar, os protegidos de Ala estão no mesmo grupo da Tunísia, outra especialista em provocar sono no espectador. O clássico da esfirra promete - talvez o único jogo sem “melhores momentos” da copa. Vou concentrar minhas cinco orações durante os noventa minutos pra não ter que assistir a este jejum de futebol.

Por que secar:

Só torça contra se você não tiver o que fazer. Nem ver eles entrando pelo cano é divertido.

Por que torcer:

Fanatísmo.

Chances:

Nenhuma.

Meu palpite furado:

Um ponto, em um empate de 1x1 frente à Tunísia. Vai até incomodar a Espanha, que é um combinado borra-botas, mas no fim vai perder igual.


Angola

(Grupo D, junto com México, Portugal e Irã)

Peru morre de véspera. Galinha D`Angola no terceiro jogo

Depois de uns oito milhões de anos em guerra civil, todo angolano é um franco atirador em potencial. E assim que a seleção deve buscar a simpatia do público alemão: atacando como se não ouvesse amanhã.

Vai dar certo. Vencendo na estréia os comandados de felipão. Um a zero, frango de Ricardo. Depois, nadando na inocência, os africanos vão tentar repetir a dose contra México e Irã. Duas derrotas, eliminação e a certeza de que as zebras estão extintas.

Para quem eliminou a favorita Nigéia nas eliminatórias, a copa é uma chance de dar um joão-sem-braço ainda maior, e contra seleções bem mais fortes- e isso não é uma piada com mutilados.

Por que secar:

Recebemos Angolanos de braços abertos aqui no Brasil. E para que esta situação continue tranqüila, eles devem respeitar nossas tradições. Principalmente o futebol. Se for para alguém ganhar, que seja uma nação sem imigrantes.

Por que torcer:

Angola têm um cartel de ótimos nomes no time: Zé Kalanga, Maurito, Jacinto, Jamba, Lebo Lebo, Loco e Love.

Chances:
Mínimas.

Meu palpite furado:
Ganha de portugal numa zebra surpreendente. Depois é empacotado pelo méxico e enterrado pelo Irã. Cai na primeira fase.


Alemanha

(Grupo A. junto com Costa Rica, Equador e Polônia)

Futebol é um esporte que todo mundo joga e a alemanha ganha de um a zero.

Desde o lançamento do disco Revolver, que plantou a semente do futebol moderno em 1966, foram jogadas cinco copas do mundo em solo europeu. Sem pensar muito, você arriscaria dizer em quantas finais a Alemanha chegou?

Quatro. Quatro finais de cinco disputadas. Ganharam duas e perderam outras duas. Neste mesmo intervalo, também foram três vezes campeões europeus, participando de cinco finais. Resultados muito importantes, já que por muito tempo a Eurocopa era como uma campeonato mundial sem o Brasil e a Argentina.

Amigos, vamos ser realistas: mesmo que os germânicos escalassem um membro do Kraftwerk para jogar no lugar no Klose, eles seriam favoritos. Pouco importa se o time é desconjuntado e sem habilidade, as chances deles são enormes e esta verdade prática se impõe sobre os quesitos técnicos.

Por que secar:
É sempre um saco quando o time da casa ganha a copa. Fica aquele climão de injustiça e favorecimento. Ainda mais que eles já foram campeões em 1974 jogando na alemanha Ocidental. Tudo bem, muita coisa mudou e o pais anda cheio de turcos, mas, no fundo, ainda é Alemanha. Ou Alemanha Oriental, já que a copa vai ser quase toda na ex-metade-anti-comunista.

Por que torcer:
Cabe aos Alemães moralizar o futebol. Uma vitória deles coloca no devido lugar os adoradores do futebol do Robinho e o próprio Robinho. E tem outra, a Alemanha adotou um uniforme vermelho como reserva para tornar o time mais ofensivo. Eles jogaram fora a camisa verde, com quase 80 anos de tradição, para apostar na dinâmica das cores. Isso é folclore e futebol - essência da Copa do Mundo.

Chances:
Gigantes.

Meu palpite furado:
Quarto lugar. (Esse item será usado para que eu caia em contradição, dando espaço para corneteiros).

* * *

Caso alguém não tenha percebido, estou falando da Copa do Mundo 2006, que começa em uma semana. Este é o meu modesto guia, que deveria ter um tratamento melhor e ser impresso. Peço desculpa aos amigos que mobilizei para o projeto, - principalmente o Luqui, que mandou ver em um lindo Layout - e acabaram por ver ele abandonado. Espero que a diversão sirva de consolo.


Copa 2006 - Eliminados

Seleções que são lamentaveis ausências na Copa de 2006.

Uruguai

Dizia Antenor Savoldi em uma colina de feno chorando sangue: sem o Uruguai, a copa do mundo vira um torneio amistoso. Mais pura verdade. Muita coisa nessa copa vai nos lembrar a celeste olímpica: sempre que entrar em campo a Austrália - que eliminou os sulamericanos na repescagem -, quando alguém afastar a bola com um balão ou quando o carrinho maca entrar em campo. O único campeão do mundo que não conseguiu classificação nos afeta o vacabulário, raça perde o significado.

Turquia

Terceira colocada na copa passada, a seleção turca deixou a classificação escapar entre os dedos para a Suiça. Só uma coisa me resta dizer: haja saco! Esses suiços são a pura essência da encheção de saco futebolísticas, inventores da retranca, desmotivados, pentelhos, bobos e feios. Enquanto os turcos nos surpreenderiam com seus chutes de fora da área, seu futebol total de mesquita e seu crescente fértil no campo do contra-ataque. Muito triste.

Rodijas

A FIFA insiste em boicotar a minha nação imaginária, criada em 1990. Assim fica complicado se classificar, ainda mais ali no Caribe, onde não tem mais bobo. Minha ilha é o que de melhor existe no futebol centro-americano, com boas jogadas pelos flancos e um campeonato nacional forte. Resta a todos aturar Trinindad e Tobago e secar os vizinhos.


Classers ou Classics?

Não sei o nome dessa tribo urbana, mas escrevi sobre minhas impressões no site da Void. Inspirado por Saulo.


por Menezes - 5 minute não-design de Gabriel - um blog insanus