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"Bobogem"
Hoje encarei uma chuva de molhar bobo e cheguei encharcado no trabalho. Pouco mais de 4 quarteirões, somando o antes e o depois de pegar o ônibus, foram o bastante para me mostrar que sim: o ditado é verdadeiro. Ignorar os avisos de que a chuva fina também molha pode me custar uma gripe, mas foi uma das últimas preocupações. Fiquei pensando mesmo se, no final dos anos 80, em algum jogo do Bahia sob chuva, algum "Essa é uma chuva de molhar Bobô". Espero que sim. 18:02 | comentários (8)
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A festa nunca acaba / Viva Elvis Olha a campanha Força Júnior ganhando o mundo. Depois de sair no Jacaré Banguela, a camiseta que deu origem ao Movimento está na capa do Terra. COMPRE A CAMISETA NO SITE DA COVE (sim, isso é um link) Que Rei sou eu? Cisco Costa me perguntou 10 coisas que faria se fosse Rei. No momento, apenas quatro medidas me parecem cabíveis, que já dão a tônica do meu reinado. 1. Apareceria em público sempre usando coroa e segurando o cetro - Sei que minha coluna pode sofrer com o peso da coroa, mas é um preço que se deve pagar. O cetro é uma desculpa furada, já que sou jovem demais para andar de bengala, e civilizado demais para empunhar um tacape. 2. Bombardearia Brasília - Evitando me constranger com a base democrática e a elite governante, evacuaria os prédios públicos e a população do local. Isso, é claro, depois de permitir o saque indiscriminado na cidade. A capital voltaria a ser o Rio de Janeiro, ao pé do complexo do alemão. 3. Obrigatoriedade do Formulísmo - Sem essa de pontos corridos no Brasileirão. Com uma fórmula bem feita, até o Campeonato Carioca e seus times despedaçados fica cheio de emoção. Sem contar que as finais seriam uma ótima oportunidade para eu desfilar minha nobreza, cantando o Hino (em minha homenagem, obviamente) e dando o pontapé inicial. 4. Chamaria meu pinto de “Pênis Real” - Inspirado no clássico maior Um Príncipe em Nova Iorque. Enquanto eu penso nas outras medidas, faças as suas. 7.215 layers Ou O próximo da lista. Inspirado pelos nos casos encontrados na comunidade do Orkut chamada Proíbam Photoshop para essa gente, fiz uma pequena homenagem ao amigo Antenor. Obrigado ao jogador romeno Radouciou, por ceder sua imagem para minha arte. Audiência qualificada Tudo indica que vai ao dia 26 o programa Entrevista Coletiva da Rádio da UFGRS, onde eu sou o sabatinado. Não posso garantir, já que no momento em que esse post vai ao ar eu estarei concedendo a entrevista, mas suspeito que sintonizando a freqüência AM 1080 as 11:05 da manhã, ou conectando ao site da rádio, ouvirás minhas colocações inócuas sobre um tema que não sei bem qual é. O meu ímpeto me leva a topar falar ao publico mesmo sem saber direito se sou qualificado pra tarefa. Microfone aberto, Menezes por perto. Mas, pense bem: pra quem fala bobagem o tempo todo, qual a diferença de ter pauta definida ou não? Confio na produção do programa e legislarei na verborragia por 50 minutos. Desculpem os primeiros 10, sempre são terríveis. Depois vai. Serviço: Nota: não sei o alcance do veículo, mas como a rádio é da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, fica complicado ouvir em outros estados. Providenciarei uma gravação do programete assim que possível. Autalizando: achei que era hoje, mas só semana que vem. Post já ocm data corrigida.
Camiseta comemorativa
Fraldinha Para que um churrasco seja de fato um churrasco, quase tão importante quanto o sal grosso, é o carinha que ninguém conhece. Aquele que veio através de alguém que já foi embora, mas que continua ali, meio que conversando com seus quase conhecidos, sem saber o nome de ninguém e sem que ninguém saiba o dele. Até ontem eu nunca tinha passado pela situação, mas como era de se prever, minha vez chegou. E, para minha surpresa, não foi das piores sensações. Claro que eu segui a cartilha do intruso à risca: pedi licença para puxar uma cadeira, perguntei onde era o banheiro e pedi favor para usa-lo, falei de amenidades com o anfitrião e, como quem não dança segura a criança, brinquei com o caçula da família. Exatamente por não fazer a menor diferença estar ou não ali, a hora exata de picar a mula foi muito difícil de decidir. Optei por esperar a carne acabar e as pessoas começarem a falar mais alto. Acho que é o momento que a saída gera menos comentários do tipo "de onde apareceu esse cara?". Pedi um telefone e que alguém abrisse a porta. Nos minutos em que o taxi não chega é que agradecemos que os jeans tenham bolsos para colocar as mãos. Com um volte sempre e um até logo me despedi. Sabendo que todo mundo ali é gente boa e que cumpriram o dever de me receber de surpresa, assim como evitei constrangimentos maiores. São as coisas óbvias que fazem o ET do evento, e seja como for, é milhões de vezes mais digno do que forçar uma intimidade que não existe. Melhor para todos os envolvidos, diga-se. Aos amigos: Uma boa semana. P.S.: três anos atrás, promovi o concurso Desconforto Geral na Eurocopa 2004, no qual quem acertasse o vencedor da competição ganharia um Xis Cavanhas. Leonardo Cao Ponso foi um dos poucos no mundo, e o único no Desconforto Geral - meu antigo blog, a ter fé na Grécia. Os gregos venceram mas Leonardo não levou. Ainda não paguei o prêmio. Mesmo a foto logo acima não sendo de Leonardo - mas sim um amigo que não sei o nome - coloco publicamente minha vontade de pagar o prêmio de uma vez, antes que a Euro 2008 seja jogada e a Grécia deixe de deter o título. Segundaspessoa, não há talento. Dessa vez eu entro no concurso Poemas ne ônibus, organizado pela prefa de Porto Alegre. Ajude-me a escolher os 3 que tenho direito a inscrever.
13 anos meia suja 15 anos meia culpa
Para quem não dá bola, é a medida.
Para pouca fé igrejinha Para inteiros casa
Betty Faria quieta Vem que eu te meto na globo
E nunca usei camiseta do Raul Passei reclamando a adolescência toda Inexplicável Ouço um barulho na janela do ônibus, olho para frente e vejo uma mulher totalmente transtornada forçando a entrada, assustando uma velha que adentrava o coletivo. “larga essa pedra”, grita o motora no exato momento em que vejo a figura: uma mulher negra, de uns 40 anos, vestindo apenas uma calça azul e uma bandana dourada na cabeça. Ela violentamente arremessa um pedaço de tijolo numa das janelas do coletivo, repetindo o barulho que tinha escutado da primeira vez. Uma mobilização rápida dos poucos passageiros, um petit levante, consegue expulsar a intrusa. Na parada, as pessoas se afastam enquanto a maluca brada com eles. Só uma coisa resume o episódio – bizarre moment. Malaisya endurance Existe algo mais enfadonho do que acompanhar uma corrida de Fórmula 1 no rádio (onde eles colocam o som de carros passando atrás em loop, que claramente são identificados pelo ouvinte como algo falso), acompanhar em um blog. E isso acontecerá aqui a partir das 4 da manhã. Com a transmissão volta-a-volta do GP da Malásia de Fórmula 1. Todas as atualizações serão feitas neste mesmo post. Portanto, para acompanhar, atualize a página a cada minuto e meio, mais ou menos. A prova é de F1, mas aqui quem comanda é o F5.
O Grande Prêmio da Malásia entrou para a temporada regular da Fórmula 1 na crista da onda de provas asiáticas que inundou a competição nesse começo de século. O circuito de Sepang encanta por sua beleza, como mostra essa foto (e também essa), que dizem muito mais do que aquele mapa do circuito, que todos sabe, só tem valia em jogos de videogame. A manutenção da prova atende aos anseios da gigante dos combustíveis Petronas, empresa malaia que investe pesado na F1 há muito tempo, bancando a equipe Sauber por muito tempo, até a BMW assumir o pepino na temporada passada. De resto, vale lembrar que a Malásia já foi tema do blog, quando dei uma dica sobre queimar bandeiras, em janeiro deste ano. Vale relembrar enquanto a largada não vem.
A página do piloto brasileiro Rubens Barrichello indica que faltam 3 minutos para o começo da prova na Malásia. A prova não era às 4 da manhã? Por alguns minutos achei que iriam deixar o Rubinho largar uma hora antes. Depois me dei conta que era culpa do programador do www.barrichello.com.br. O piloto, que na semana passada disse que Shumacher não era melhor que ele, fez o 19º tempo nos treinos oficiais, e como teve que trocar de motor, larga em 22º.
Pouca gente na TV fala sabendo tanto do assunto quanto Reginaldo Leme. Talvez Sidnei Dal Rovere, o cara que fica explicando pro Galvão Bueno o que é um jab durante as lutas do Popó, chegue ao nível de entendimento, mas o resto é nível Franklin Martins pra baixo. É tão bom saber que ele vai contrabalançar a ansiedade do Galvão que chego a ficar calmo quando ele entra no ar. E sim, um homem falando com a gente na madrugada que acalma. Caso raro. Tudo isso para dizer que estou me adiantando a ele e antecipando alguns detalhes da prova que podem ser úteis nas 56 voltas do GP. O Grid de largada. 01 - Felipe Massa - Ferrari Claro que só os 10 primeiros, já que o resto só serve quando tem alguém lá atrás que vai passar todo mundo numa corrida de recuperação. Ou ainda quando acontece um engarrafamento (mas isso não tem como prever). E como as Renault não tão com bala na agulha pra apavorar ninguém, ficamos por aqui.
Volta 01 - Largada - Alonso e Hamilton saltam na frente de Massa, que cai para terceiro. O tal do Sutil espalhou nos primeiros metros. Pior conjunto nome/maquina/carro. Valeu pela companhia dos corujões da F1. Agora vamos seguir com o Minuto-a-minuto Telecurso 2000 Mecânica, módulo 2, aula 23. Atendi-mentes Atendimento é o setor da agência de propaganda que pega as peças criadas e apresenta para o cliente. São, muitas vezes, profissionais capazes e competentes, mas quando dão pra ser cabeça dura, é de matar. Para a infelicidade geral, algumas destas pessoas pecam na capacidade de abstração, contestam coisas óbvias e o pior: morrem de medo do cliente. E ai que mora o perigo. É difícil pra alguém de fora de um setor da criação entender do que estou reclamando, por isso, criei uma alegoria. Vamos voltar no tempo e imaginar como seria se os Beatles estivessem subordinados a um atendimento, alguém para pensar na pertinência do que é composto. Sei que é distante da minha realidade, não sou um artista, nem mesmo existe o tal cliente personificado, que no caso eram todos os ouvintes, mas posso imaginar que os memorandos seriam mais ou menos assim:
De: Atendimento "Pessoal, a semana tem sete dias!!! Tá, eu entendi o que vocês quiseram transmitir, mas acho que o público não vai entender. Vamos substituir o primeiro verso, sei lá. Colocamos uma explicação de cara pra mostrar que a gente sabe que a semana só tem sete dias e que tem uma sacadinha nesse tal oitavo dia. Assim, tira o "oh I Need your love baby" e coloca algo contando essa história, da semana ter tantos dias e tudo mais?" (Os compositores alteram e mandam a nova versão). "Ficou muito grande, pessoal. Não vai tocar no rádio. Temos que cortar alguns versos. Vamos tirar as partes que fala de amor e fazer uma música apenas sobre dias da semana, os sete. Ah, mas é pra deixar o refrão apaixonado sem perder o link com o resto." Comentário: com esse exemplo vemos uma característica marcante do discurso do atendimento, que é usar o plural para dizer o singular. A frase "Vamos fazer significa", na verdade "faz ai, e rápido! O prazo tá estourando".
De: atendimento. "Vamos pensar em mais duas opções de cor para o submarino. Amarelo não funciona". (A mudança de cor é feita). "Acho que o submarino não vai vingar. O público não tem essa vivência com o submarino, não vão entender o que se passa. Vamos mudar geral. Já orçamos com os ilustradores e eles não fazem submarinos. Tem uns esboços antigos com eles de um filme do Monkees que não saiu, podemos utilizar um jeep que já está ilustrado". Comentário: aqui é pedida uma alteração apenas para ser devidamente ignorada. Também vemos que a opinião geral de todos os presentes é substituída sem pudor por uma generalização barata, do tipo: ninguém tem vivência com submarino, logo, ninguém vai entender.
De: Atendimento "O cliente não vai gostar desse início. É muito negativo, "take a sad song and make it better" não poderia virar "Take another song.." ou "Take a happy song"? O que acontece é que eles não querem essa coisa pesada, carregada. Seria melhor já começar com o "La La La La". Transferimos os Las lá do final e colocamos no início, depois explica a idéia geral da música". Comentário: esse problema se repetiria com Let it Be. Sempre lembrando que colocar o La La La na frente foi o artifício "criativo" de Kiko Zambianchi naquela nefasta versão de Hey Jude para a trilha da novela Top model. E ninguém pode ficar feliz com isso. Pipe Antenor não acha seu dicionário “Sempre que você quer que algo não avance, proponha uma comissão”, repetiu algumas vezes um bom amigo. Sempre exemplificava a tese contando de uma reunião de condomínio, onde a construção de uma churrasqueira era desejo da maioria. Então, foi instaurada uma junta para orçar tijolos, decidir localização no pátio e controlar a obra. Resultado: o projeto nunca saiu do papel. Meus projetos são mais ou menos assim. Quando reúno diferentes fatias do meu pensamento e ponho todos numa só direção, eles dificilmente andam para frente. Talvez um vazio criativo de partes de 2006 seja fruto disso, mas grande parte de mim não liga. O que importa é a diversão e apostar sempre que no meio da bagunça coisas novas vão surgir. E isso me lembra a última vez que conversei com o tradutor a que recorro para passar uns textos para o esloveno. Ao invés de tocar o trabalho para frente, ele falava sobre a necessidade de estudar mais português. Eu, prontamente, disse que não, que minha língua era quase sem função, um código secreto em tempos de guerra. Tão verdade que a marinha alemã usava o idioma luso para falar entre submarinos sem ser entendido. Posso até imaginar o diálogo (em inglês, já que nada sei de alemão): Submarino 1: - Save our Souls! We´ve been shot! Submarino 2: - Repeat, sub-one! Submarino 1: - I repeat, we´ve been shot. We´re sinking. S.O.S. Submarino 2: - Puta merda! Pise na grama... ...antes que o cavalo coma. Senão o papeleiro vai sair apressado e o cavalo coitado fazer na via pública o seu privado. E resta ao pneu do carro e ao pranto do céu pingado levar o produto do asfalto para o duto, que deságua no rio. E lá vai ser comida de peixe, que vai crescer e ser pescado na feira fincado no bambu dependurado. E eu, que gosto de um peixinho assado, por educação ao que foi orientado, não pisei na grama. Direito para não mijarem no meu ouvido, indiretamente acabei com a boca na merda. E merda por merda, resolvi escrever. |