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Dieta rica em carne pode estressar bebê, diz estudo

abril 2, 2006

A dieta da mãe pode afetar a saúde do filho na vida adulta

Dietas ricas em proteína e com pouco carboidrato devem ser evitadas durante a gravidez porque podem deixar o bebê estressado, de acordo com uma pesquisa realizada na Grã-Bretanha.

Cientistas acompanharam um grupo de 86 crianças nascidas em 1967-8 de mães que receberam instruções para comer quase 500 gramas de carne por dia para evitar complicações na gravidez.

O estudo realizado pelas Universidades de Edimburgo e de Southampton descobriu que quanto mais carne a mãe comia, mais alto o nível do hormônio cortisol, ligado ao estresse, encontrado na criança.

Os filhos, hoje na faixa dos 30 anos, tiveram de realizar uma série de tarefas consideradas estressantes, como falar em público ou fazer cálculos aritméticos.

A pressão e o nível de cortisol foram registrados antes e depois da tarefa.

Rebecca Reynolds, que liderou o estudo, disse que o objetivo era descobrir como eventos ocorridos durante a gravidez podem afetar o filho em sua vida adulta.

"Este estudo traz mais evidências de que a dieta da mulher durante a gravidez é muito importante e sugere que o efeito a longo prazo ocorre porque os níveis dos hormônios ligados ao estresse são alterados permanentemente", afirmou Reynolds.

"Nós não sabemos porque isso ocorre - pode ser que o bebê é colocado sob estresse durante a gravidez e isso causa altos níveis de cortisol que são também irreversíveis", disse.

"Isso indica que dietas populares como a Atkins, rica em proteínas, devem ser evitadas durante a gravidez", concluiu.

Doris Campbell, da Universidade de Aberdeen, disse que provavelmente não é uma boa idéia seguir dietas radicais durante a gravidez.

"Essas dietas ricas em proteínas e pobres em carboidrato não são muito saudáveis de qualquer forma, muito menos na gravidez", afirmou. (BBC)

Walter Valdevino Estudo Comentários (0) Comentários (0)