Americanos preferem ser alcoólatras a gordos
maio 16, 2006
Quase a metade das pessoas que responderam a uma pesquisa da Universidade de Yale nos Estados Unidos dariam um ano de suas vidas em troca de alguns quilos a menos, enquanto que entre 15% e 30% prefeririam perder o cônjuge, ser alcóolatras ou depressivas em vez de ser obesas.Segundo os resultados desta pesquisa realizada na internet pelo Centro Rudd de Métodos Alimentícios e Obesidade dessa Universidade americana (nordeste), divulgados nesta terça-feira, 5% prefeririam perder um braço e 4% ficarem cegos em vez de gordos.
"Estamos surpresos com o grande número de pessoas que disseram estar dispostas a fazer grandes sacrifícios para se livrar da obesidade. A pesquisa confirmou que as mensagens negativas sobre excesso de peso são poderosas e persuasivas", disse Marlene Schwartz, subdiretora do centro e responsável pelo estudo.
Além disso, o estudo revela a extensão das opiniões negativas sobre a obesidade ao perguntar aos entrevistados por suas preferências entre magros e gordos e até que ponto acreditavam que as pessoas com excesso de peso são mais preguiçosas do que as magras.
"O fato de que até pessoas com excesso de peso mostraram atitudes antiobesas é importante porque sugere que interiorizaram estereótipos negativos, como acreditar que são preguiçosos", disse Schwartz.
As 4 mil pessoas que participaram do estudo se inteiraram da pesquisa por meio de artigos especializados ou participando de conferências.
Destas, 3% se definiram como pessoas com pouco peso, 41% como de peso normal, 21% disseram ter excesso de peso, outras 21% afirmaram ser obesas e 14% se definiram como extremamente obesas.
A obesidade rivaliza com o tabaco - e acabará provavelmente desbancando-o - como o alvo número um das campanhas de saúde pública nos Estados Unidos.
Estas campanhas alertam continuamente sobre os custos do excesso de peso tanto para os que sofrem quanto para o contrário. (Terra)
Sabrina Fonseca Estudo Comentários (0)