Artigos: junho 2006

Falar ao celular ao volante equivale a dirigir bêbado--estudo

junho 30, 2006

Pessoas que falam ao telefone celular enquanto dirigem, mesmo usando acessórios que liberam as mãos, são tão incapacitados quanto motoristas bêbados, disseram pesquisadores.

"Se os legisladores realmente querem combater a distração ao volante, então deveriam considerar tornar ilegal falar ao telefone celular enquanto se dirige", disse Frank Drews, professor-assistente de psicologia na Universidade de Utah, que trabalhou no estudo divulgado na quinta-feira.

No Brasil, dirigir falando ao celular sem o uso de viva-voz é considerado infração de gravidade média (4 pontos na carteira de habilitação) e está sujeito a multa pelo Código Nacional de Trânsito.

Os pesquisadores usaram um simulador para o estudo, publicado na edição de verão (no Hemisfério Norte) da publicação Human Factors: The Journal of the Human Factors and Ergonomics Society.

Eles estudaram 40 voluntários que usaram o simulador de direção quatro vezes cada um: sem distração, segurando um telefone celular, usando o telefone com acessórios que deixavam as mãos livres e intoxicados com um nível de 0,08 por cento de álcool no sangue (limite legal nos Estados Unidos), depois de beber vodca com suco de laranja.

Três participantes bateram na traseira do carro da frente. Todos estavam falando ao celular e nenhum estava bêbado, disseram os pesquisadores.

Motoristas que conversaram ao celular, com ou sem acessórios, dirigiram um pouco mais devagar do que o normal, demoraram 9 por cento a mais para frear e variaram a velocidade do veículo.

Os motoristas alcoolizados dirigiram um pouco mais divagar, ainda que mais agressivamente.

"Dirigir e falar ao celular é tão ruim ou até pior do que dirigir bêbado", disse Drews, que afirmou que o álcool era responsável por 40 por cento das 42.000 mortes anuais no trânsito dos EUA.

Assim como as pessoas que bebem antes de dirigir, os usuários de telefone celular não se acham alterados, disseram os pesquisadores. (Terra)

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Formiga "conta passos" para voltar ao ninho, diz estudo

Cientistas usaram pernas de pau para alongar pernas de formigas

As formigas do deserto do Saara usam uma espécie de pedômetro (contador de passos) interno para calcular distâncias exatas, revelaram na revista Science pesquisadores suíços e alemães.

A pesquisa acrescenta novas informações ao que já se sabe das habilidades destes insetos para coletar e transportar alimentos por grandes distâncias no terreno arenoso e plano do deserto.

Os cientistas já sabiam que as formigas do Saara se orientavam pelas dunas desérticas através de uma espécie de “bússola interna”, funcionando a partir da luz do céu. A dúvida era sobre como os insetos se relacionavam com as distâncias.

Os pesquisadores da Universidade de Ulm, na Alemanha, e de Zurique, na Suíça, fizeram as formigas caminhar por um túnel até alcançar a comida.

Para o trajeto de volta, no entanto, os pesquisadores mudaram o comprimento das pernas das cobaias: parte do grupo teve as pernas parcialmente amputadas; a outra parte teve as pernas alongadas com pernas de pau.

Computador ambulante

Na experiência, as formigas com pernas mais longas caminharam uma distância mais longa para voltar à casa; já os insetos com pernas mais curtas encerraram seu trajeto antes de chegar ao ponto de origem.

Os pesquisadores concluíram que as formigas “contavam” os passos da ida para medir a distância na volta.

Tanto que os insetos que caminharam a ida e a volta com pernas mais curtas ou mais longas conseguiram julgar com bastante precisão a distância entre o ninho e a comida.

Se as formigas necessitaram de mil passos para chegar à comida, elas com certeza vão partir do princípio de que precisam de outros mil para retornar ao ninho”, escreveu o neurobiólogo da Universidade de Ulm e autor do artigo na Science, Harald Wolf.

Nosso próximo passo será consolidar o conhecimento sobre o controle do movimento das pernas das formigas ao caminhar, para ver se existe algo como um hodômetro (calculadora de distâncias) nesses animais.” (BBC)

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Fumaça de cigarro pode matar fumantes passivos, diz estudo

junho 28, 2006

A fumaça do cigarro representa um sério risco para a saúde e pode matar fumantes passivos --tanto crianças como adultos--, alerta um estudo da Direção de Saúde Pública dos Estados Unidos divulgado nesta terça-feira.

"Os efeitos na saúde para os fumantes passivos são mais profundos do que tínhamos pensado", afirmou em um comunicado o diretor de Saúde Pública dos EUA, Richard Carmona.

"A evidência científica é agora irrefutável: a fumaça para os fumantes passivos não é apenas um incômodo, é um sério perigo para a saúde, que pode levar a doenças e à morte prematura de crianças e adultos", afirmou Carmona.

O estudo mostra que os mais vulneráveis são as crianças ainda em fase de desenvolvimento, já que "até uma breve exposição à fumaça tem efeitos colaterais imediatos no sistema cardiovascular e aumenta o risco de doenças do coração e câncer de pulmão".

Ainda de acordo com a pesquisa, os fumantes passivos têm de 25% a 30% mais chances de desenvolver enfermidades cardiovasculares e de 20% a 30% de sofrer câncer de pulmão.

Cerca de 126 milhões de americanos estão regularmente expostos à fumaça de cigarro.

"A boa notícia é que, ao contrário de outras ameaças para a saúde pública, a exposição à fumaça do cigarro é fácil de prevenir com leis que criam mais espaços onde não se pode fumar", disse Carmona. (Folha)

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Proteína de sapo evita demência em rato

junho 26, 2006

Estudo feito por grupo do Rio Grande do Sul aponta nova classe de medicamentos para combater o mal de Alzheimer

A bombesina, extraída de secreção do anfíbio, conteve a perda da memória nos animais; cientistas querem agora testar versão humana

Uma molécula extraída da secreção da pele de um anfíbio mostrou um caminho promissor na busca de medicamentos para combater o mal de Alzheimer. Em um experimento realizado por pesquisadores da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), a bombesina, produzida pelo sapo-de-barriga-de-fogo (Bombina bombina) conseguiu evitar em ratos a perda de memória característica da doença.

Para simular o avanço do mal de Alzheimer nos roedores, cientistas liderados pelo neurofarmacologista Rafael Roesler injetaram doses progressivas da proteína beta-amilóide nos animais. Essa molécula se acumula formando placas no tecido cerebral e acaba levando os neurônios à morte. É o mesmo processo que ocorre no mal de Alzheimer, mas no experimento a doença foi induzida artificialmente.

Ao fim do teste, elaborado pela bioquímica Tatiana Luft, os animais que tinham recebido uma dose de bombesina não passaram por processo de perda de memória acentuada.

Os cientistas pretendem agora fazer testes em pessoas, só que não exatamente com a mesma molécula. "Pretendemos, no prazo de um ano, testar clinicamente as aplicações do GRP, que é o análogo humano da bombesina", diz Roesler, que coordenou a pesquisa ao lado de Gilberto Schwartsmann.

Os dois assinam um estudo publicado neste mês pelo periódico "Neuropharmacology".
Os cientistas já sabiam que tanto a bombesina quanto a GRP atuam interagindo com a mesma proteína no corpo, a GRPR. Esta por sua vez, age como receptor, uma espécie de fechadura química na membrana das células que é acionada pela bombesina e por sua "irmã".

A escolha das substâncias surgiu da interação entre a área de especialização de Roesler e a de Schwartsmann, que é oncologista. "Vários tipos de tumor expressam grande quantidade do receptor para a bombesina, só que há estudos mostrando que eles se expressam também em alta quantidade nas membranas dos neurônios", diz Roesler. "Três anos atrás a gente começou a fazer testes com um bloqueador da ação da bombesina, e com isso conseguimos identificar que ela era importante também para processos de memória."

O caminho aberto pelo grupo de Roesler, discípulo do neurocientista gaúcho-argentino Ivan Izquierdo, tem boas chances de ganhar espaço na busca mundial por um tratamento eficaz contra o Alzheimer. O remédio usado hoje como tratamento padrão para a doença, o donepezil (nome comercial Aricept), tem se mostrado insatisfatório. A esperança nesta molécula sofreu um baque em abril do ano passado, quando um estudo da Clínica Mayo, nos EUA, mostrou que ela tinha baixa eficácia.

O donepezil "só retarda um pouco a doença no primeiro ano de tratamento, mas depois de três anos não faz diferença", diz Wagner Gattaz, professor de psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP. Acreditava-se que a vitamina E também pudesse ajudar a conter o avanço do Alzheimer, mas ela também acabou sendo descartada.

"Desencorajados pela falência dessas duas estratégias, os pesquisadores passaram a procurar com mais ênfase por alternativas, na qual deve se inserir a manipulação dos GRPRs", afirmou Gattaz à Folha.

Outro dado é que a pesquisa de medicamentos contra o mal de Alzheimer hoje procura compostos que possam evitar que a demência apareça. O experimento de Roesler parece ter atingido essa meta. (Folha)

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“Conselhos” de travesseiro japonês tranqüilizam sono do usuário

Um grupo de pesquisadores japoneses criou um travesseiro que pode dar conselhos para pessoas que sofrem de insônia --a idéia é que elas tenham uma noite de sono tranqüila.

Batizado de "médico do sono", o travesseiro analisa os hábitos dos usuários e, em função de sua avaliação, faz até 40 recomendações distintas para o paciente insone resolver seu problema.

Envolto em um tecido suave
, o travesseiro é equipado com detectores que captam os movimentos da cabeça e do corpo para calcular o número de horas de sono.

"Se você dorme mal durante algumas noites, o travesseiro pode sugerir, por exemplo: 'Por que não tenta relaxar esta noite com um bom banho?'", explica Naomi Adachi, vice-presidente da empresa Lofty, que comercializará este invento do Instituto Japonês de Pesquisas do Sono.

Depois de algumas noites de sono, o travesseiro bombardeia o usuário com mensagens de incentivo, como "você dormiu muito bem, continue assim". A Lofty prevê comercializar estes travesseiros a partir de setembro, no Japão e no exterior, principalmente na Ásia e nos Estados Unidos. (Folha)

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Sinais de celulares excitam células do cérebro

Os sinais emitidos pelos celulares excitam a parte do córtex cerebral que fica mais próxima do telefone, mas não está claro se esses efeitos são prejudiciais, informaram pesquisadores italianos nesta segunda-feira. O estudo, publicado em Annals of Neurology, amplia o volume de pesquisas sobre celulares e possíveis efeitos sobre o cérebro e vínculo com câncer.

Cerca de 730 milhões de celulares devem ser vendidos este ano, de acordo com estimativas setoriais, e cerca de dois bilhões de pessoas já os usam em todo o mundo. Desse total, mais de 500 milhões usam um aparelho que emite campos eletromagnéticos conhecido como Global System for Mobile communications, ou GSM.

Seus possíveis efeitos sobre o cérebro são controversos e não são compreendidos plenamente. O doutor Paolo Rossini, do hospital Fatebenefratelli, de Milão, e seus colegas usaram um método conhecido como estímulo magnético transcraniano (TMS) para registrar as funções cerebrais enquanto as pessoas usavam celulares GSM.

Os pesquisadores convidaram 15 jovens do sexo masculino a usar um celular GSM 900 por 45 minutos. Em 12 dos 15 voluntários, as células do córtex próximas do celular e relacionadas a funções motoras mostraram excitabilidade durante o uso do aparelho, mas voltaram ao normal após uma hora.

O córtex é a camada externa do cérebro, e o córtex motor é conhecido como "área excitável" porque já foi demonstrado que estímulos magnéticos causam movimento de músculos. Os pesquisadores enfatizaram que não demonstraram que usar um celular prejudica o cérebro, mas pessoas que sofrem de doenças como epilepsia, que se relacionam à excitabilidade das células cerebrais, podem ser afetadas pelos sinais emitidos pelos aparelhos.

"Deveríamos discutir se exposição repetida e duradoura às freqüências eletromagnéticas relacionadas ao uso intenso de celulares na vida cotidiana é benéfica ou prejudicial aos pacientes de doenças cerebrais", escreveram os pesquisadores. "São necessários novos estudos para definir melhor as circunstâncias que afetam essas condições e gerar regras para o uso seguro desse aparelho cada vez mais difundido", afirmaram os pesquisadores. (Terra)

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Morre a tartaruga de Darwin

junho 24, 2006

Harriet, de cerca de 175 anos, teria servido para a Teoria da Evolução

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Britânicos vivem dia mais feliz do ano, diz estudo

Folha de São Paulo

São Paulo, sábado, 24 de junho de 2006

Segundo fórmula de galês, 24 de junho é "propício à felicidade" no hemisfério norte

Outra fórmula vigora para o dia de maior infelicidade do ano, que ocorreria em geral durante terceira semana de janeiro, com neve e frio

É hoje o dia mais feliz do ano -não exatamente no Brasil e não exatamente por algum motivo especial. O psicólogo Cliff Arnall, da Universidade de Cardiff, no País de Gales, Reino Unido, criou uma equação que aponta como ápice da felicidade o dia 24 de junho.

A fórmula, que foi encontrada pelo pesquisador com o patrocínio de uma marca de sorvete e cujas variáveis são quase esotéricas, consiste no seguinte:

O + (N x S) + Cpm/T + He.

"O" é atividade ao ar livre; "N", natureza; "S", interação social, "Cpm" são os verões da infância e as lembranças boas; "T" é a temperatura; e "He", os feriados e a expectativa por tempo livre.

O verão no hemisfério norte começou há três dias e coincide com o principal período de férias. Mesmo sem a fórmula da felicidade de Arnall, não seria difícil prever um dia de sol, calor e crianças correndo felizes pelos parques.

"A felicidade está associada a muitas coisas na vida e pode ser despertada por uma variedade de eventos", declarou Arnall à rede britânica BBC.

Internet afora, porém, a fórmula do professor é atacada, em especial com links para notícias de acontecimentos não muito fortuitos.

Há exatamente um ano, por exemplo, um alagamento decorrente de uma tempestade deixou pelo menos cem barracas de fãs de música boiando na lama.

Eles estavam acampados para acompanhar o festival de Glastonbury, em Pilton, na Inglaterra, e os pertences, as barracas e as pessoas se misturaram, na água, aos banheiros químicos a postos para um dos principais festivais do país, que recebeu mais de 110 mil pessoas.

No mesmo dia, uma investigação tentava apurar por que cerca de 300 passageiros ficaram presos dentro de um trem que ia de Newcastle para King's Cross, em Londres, durante quase três horas, num calor de quase 40º.

Sem exatamente fazer parte do espectro "bom-mau", apenas como curiosidade, o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, foi eleito no dia 24 de junho do ano passado.

Dia mais deprimente

O extremo oposto, ou seja, o dia mais deprimente do ano, varia na data, mas mantém o dia da semana: alguma segunda-feira de inverno. Neste ano, a tristeza, segundo Arnall, ficou concentrada em 23 de janeiro.

Em 2005, o cálculo do professor levou para o brejo o dia 24 do mesmo mês. A terceira semana do mês de janeiro é a mais deprimente, de acordo com explicações do professor, porque concentra muito frio, neve, dívidas feitas no Natal e o descumprimento das resoluções de Ano Novo.

Para aquele ano, o dia da infelicidade geral foi calculado no fim de 2004 a pedido de uma agência de viagens que queria analisar "tendências para feriados". A fórmula usada pelo psicólogo foi

[W + (D-d)] x TQM x NA.

"W" é o tempo meteorológico, "D" é dívida, "d" é o salário de janeiro, "T" é o tempo desde o Natal, "Q" é o tempo desde a falha com a resolução, "M" é o nível de motivação geral e "NA" é a necessidade de ação.

No caso do Brasil, quando em janeiro há verão e onde os invernos não costumam ser muito rigorosos, os números da felicidade e de seu oposto dificilmente coincidiriam com aqueles calculados para o Reino Unido.

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Estudo explica elo entre maconha e fome

junho 21, 2006

Folha de São Paulo

São Paulo, quarta-feira, 21 de junho de 2006

Brasileiro elucida relação entre hormônios e moléculas canabinóides que existem naturalmente no cérebro humano

Novo trabalho pode ter implicações para o estudo de mecanismos regulatórios de estresse, sono e memória e apontar alvo para drogas

RAFAEL GARCIA
DA REPORTAGEM LOCAL

Um neurocientista brasileiro conseguiu elucidar em detalhe o mecanismo bioquímico que conecta a regulação do apetite aos chamados endocanabinóides -substâncias naturais do organismo que imitam a ação dos derivados da a maconha. Renato Malcher-Lopes, do Instituto Cérebro Mente de Lausanne, na Suíça, evita usar a expressão "larica", mas seu estudo de fato ajuda a explicar a fome súbita que usuários da droga sentem após consumi-la.

"Nós mostramos que o endocanabinóide da área do cérebro que controla o apetite é regulado por dois hormônios muito relevantes para a fisiologia dos animais: os glucocorticóides e a leptina", disse Malcher-Lopes à Folha. Trabalhando com fatias de cérebro de rato cultivadas em laboratório, o pesquisador mostrou que enquanto os glucocorticóides fazem aumentar a concentração de canabinóides, a leptina a faz cair.
Em estudo no periódico científico "The Journal of Neuroscience", o cientista mostra passo a passo quais são as enzimas envolvidas nesse processo. "A industria farmacêutica pode agora olhar para cada uma delas e tentar buscar alterar suas atividades específicas", diz Malcher-Lopes.

Além de detalhar a cadeia bioquímica de reações envolvida no processo, o grupo de Malcher-Lopes descobriu que o aumento de apetite pelo consumo de maconha aumenta por meio de duas vias. A primeira delas, que já era explicada pela ciência, é fazendo que os usuários sintam mais prazer com o sabor da comida. "Mas o endocanabinóide também inibe o dispositivo que o cérebro tem para levar o animal a parar de comer", explica o pesquisador.

Além da maconha medicinal usada por pacientes com problema de falta de apetite, como doentes de Aids, já existem drogas que se valem do mesmo princípio, mas para cortar a fome, bloqueando sinais de endocanabinóides no cérebro. Agora que se sabe como esses medicamentos atuam, é possível planejar melhor sua aplicação, adequando-a aos horários de alimentação, por exemplo.

Encruzilhada metabólica

O trabalho de Malcher-Lopes, apesar de se voltar mais à explicação molecular do controle do apetite, pode ajudar a investigar outros fenômenos hormonais no organismo.
"Os canabinóides estão aparecendo cada vez mais como uma grande encruzilhada metabólica", diz Sidarta Ribeiro, diretor de pesquisa do Instituto Internacional de Neurociências de Natal, em fase de implantação. "Eles também têm relação com estresse, sono, memória e, provavelmente, controle emocional".

Segundo Ribeiro, o estudo dessas moléculas tem crescido muito nos últimos 15 anos, desde que se descobriu que elas existiam naturalmente no cérebro. Enquanto em 1991 o banco de dados PubMed listava apenas um estudo sobre endocanabinóides, em 2005 já havia 70 trabalhos.

O crescimento da área deixa Malcher-Lopes entusiasmado com a possibilidade de aplicação de seu estudo. "É como se a gente tivesse descoberto um botãozinho dentro do cérebro que regula uma série de sistemas hormonais muito relevantes para a sobrevivência do animal em situações diárias e de estresse", diz.

Depois de aperfeiçoar sua técnica, o cientista pretende trabalhar com animais vivos para confirmar seus estudos. "Queremos procurar estratégias farmacológicas para tratar diversas mazelas, associadas tanto ao excesso de estresse quanto ao excesso de peso." (Folha de São Paulo)

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Palhaços 'aumentam sucesso de fertilizações in vitro'

Truques de mágica foram usados para relaxar pacientes

Médicos israelenses descobriram que usar palhaços para animar mulheres com problemas de fertilidade aumenta as chances de sucesso do tratamento.

O resultado do estudo – apresentado nesta quarta-feira durante uma conferência de fertilidade em Praga – mostra que um terço das mulheres entretidas pelos palhaços durante o tratamento de fertilização in vitro conseguiu conceber.

Entre as que não recorreram ao novo método, apenas 19% tiveram sucesso depois da implantação do embrião no útero.

Apesar de os palhaços já terem ficado famosos pela "terapia do riso" com crianças, eles ainda não tinham sido usados com mulheres que estão tentando engravidar.

O Dr. Shevach Friedler, que liderou a pesquisa do Centro Médico Assaf Harofeh, disse que as pacientes que fazem tratamentos de fertilidade estão sob muito stress e que o riso ajuda a acalmá-las.

Antes de estudar medicina, Friedler fez um curso de movimento e mímica na França, de onde pode ter vindo a idéia original.

Inovação

Enquanto palhaços com narizes vermelhos e sapatos enormes funcionam bem com crianças, os médicos acharam que algo mais adulto surtiria melhor efeito sobre as mulheres.

Eles criaram então um personagem vestido com uma roupa amarela e branca e um chapéu de chefe de cozinha, que conta piadas, faz truques de mágica e ajuda as pacientes a relaxar enquanto elas se recuperam depois de ter o embrião implantado no útero.

Dois grupos de 93 mulheres entre 25 e 40 anos participaram do estudo. Das que tiveram a sessão de 10 a 15 minutos com o palhaço, 33 engravidaram.

Entre as que foram apenas submetidas ao tratamento convencional, este número caiu para 18. (BBC)

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Vegetais inibem endurecimento das artérias, indica estudo

junho 18, 2006

Dieta reduziu em 38% gordura em artérias de camundongos

A ingestão de vegetais pode prevenir o endurecimento das artérias, segundo uma pesquisa americana publicada no último número da revista científica Journal of Nutrition.

Os pesquisadores descobriram que camundongos alimentados com uma mistura de vegetais, incluindo cenouras e ervilhas, tiveram uma redução média de 38% nos depósitos de gordura nas artérias.

A evidência sobre o efeito da dieta no desenvolvimento de arteriosclerose em humanos ainda não é clara, mas acredita-se que comer frutas e verduras é bom para proteger contra doenças do coração.

Os pesquisadores da Wake Forest School of Medicine analisaram o efeito da dieta sobre as doenças no coração de camundongos que haviam sido especialmente criados para desenvolver arteriosclerose – a formação de placas de gordura nas artérias que podem eventualmente bloquear a passagem de sangue e que leva a ataques do coração e a derrames.

Metade dos camundongos foram alimentados com uma dieta sem vegetais e a outra com uma dieta que incluía brócoli, feijão verde, milho, ervilhas e cenouras.

Após 16 semanas, os pesquisadores mediram o nível de colesterol nas veias e estimaram que as placas nas artérias dos camundongos alimentados com a dieta de vegetais eram 38% menores.

Inflamação

Apesar da redução no colesterol total e no peso corporal dos camundongos alimentados com a dieta de vegetais, as análises mostraram que somente isso não explicaria a redução na arteriosclerose.

“Enquanto todos sabem que comer mais vegetais é bom para a saúde, ninguém conseguiu demonstrar antes que isso pode realmente inibir o desenvolvimento de arteriosclerose”, disse o pesquisador-chefe, Michael Adams.

Segundo ele, houve uma redução de 37% numa substância que indica inflamação nos camundongos, sugerindo que o consumo de vegetais pode inibir atividades inflamatórias.

Apesar de os caminhos envolvidos permanecerem incertos, os resultados indicam que uma dieta rica em vegetais verdes e amarelos inibe o desenvolvimento do endurecimento das artérias e pode reduzir o risco de uma doença do coração”, disse.

“É bem sabido que a progressão da arteriosclerose está intimamente ligada à inflamação das artérias’, disse Adams. (BBC)

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Cérebro reduz ‘neurose’ com a idade, diz estudo

junho 17, 2006

As pessoas ficam mais "suaves" à medida em que envelhecem e passam por emoções negativas, tornando-se menos neutóricas do que os adolescentes, segundo um estudo publicado na última edição da revista científica Journal of Neuroscience.

A pesquisa comparou imagens do funcionamento do cérebro de pessoas entre 12 e 79 anos e descobriu que a estabilidade emocional continua a aumentar, mesmo depois dos 70 anos.

O estudo, realizado na Universidade de Sydney, vai contra a crença de que o funcionamento do cérebro se reduz com a idade.

Um total de 242 homens e mulheres saudáveis foram submetidos a exames de ressonância magnética e tiveram a atividade elétrica do cérebro monitorada enquanto reagiam a imagens de expressões faciais com diferentes emoções.

Neuróticos

Traços de neurose
foram se reduzindo com o avanço da idade - com o grupo de 12 a 19 anos mostrando-se o mais neurótico, e o grupo de 50 a 79 anos o menos neurótico.

Quando viam imagens de rostos com diferentes expressões, os mais jovens reconheciam melhor os que demonstravam medo e tinham dificuldade de identificar alegria.

As imagens do cérebro das pessoas estudadas também mostraram que a área pré-frontal do cérebro fica mais ativa quando processa emoções negativas, do que quando processa emoções positivas.

Os resultados indicam que as pessoas mais velhas têm mais controle sobre as respostas do cérebro a emoções negativas, do que os mais jovens.

Segundo o pesquisador Leanne Williams, que chefiou o estudo no Brain Dynamics Centre, do Westmead Millennium Institute em Sydney, "estes resultados trazem novas evidências de que o bem-estar emocional aumenta através de sete décadas de duração da vida humana". (BBC)

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Italianos fãs de futebol poderão engordar até 5 kg com a Copa, diz entidade

junho 15, 2006

Os italianos aficionados por futebol poderão engordar até cinco quilos ao final da Copa, por causa dos salgadinhos ingeridos durante as transmissões das partidas e da diminuição do nível de atividade física.

A estimativa, de uma entidade de produtores rurais da Itália, foi veiculada pela agência de notícias Bloomberg.

Segundo o cálculo da Coldiretti, cada italiano fanático por futebol poderá adicionar até 1.000 calorias a sua dieta por causa do Mundial.

Além da possibilidade de ver uma média de dois jogos por dia durante o torneio, os que acompanham a disputa poderão passar mais tempo assistindo na TV as eventuais prorrogações a partir das oitavas-de-final e os programas esportivos. (Folha)

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Pesquisa liga rugas a maior risco de doença em fumantes

junho 14, 2006

Muitos fumantes desenvolvem doença respiratória

Médicos vão usar rugas para diagnosticar doenças respiratórias

Um estudo do Royal Devon and Exeter Hospital, na Inglaterra, mostrou que fumantes de meia-idade que têm propensão a rugas têm cinco vezes mais risco de apresentar doenças pulmonares que os que não são enrugados.

A pesquisa, que saiu na publicação internacional de medicina respiratória Thorax, mostrou que as rugas são associadas à doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que engloba condições como enfisema, bronquite e asma.

O Dr. Bipen Patel, que liderou a equipe do estudo, disse que há uma suscetibilidade genética à DPOC.

"O que esta pesquisa mostra é que aqueles que têm tendência a ter doenças respiratórias também têm tendência a ter rugas", diz ele.

Médicos ingleses já estão aconselhando pacientes, médicos e enfermeiras a procurar sinais de rugas prematuras, além de sintomas tradicionais como tosse e falta de ar, como forma de diagnosticar doenças respiratórias em fumantes ainda nos primeiros estágios.

A Organização Mundial da Saúde estima que a doença pulmonar obstrutiva crônica será a terceira maior causa de mortes no mundo até 2020.

Sinal de alerta

O hábito de fumar já é considerado responsável pelo envelhecimento prematuro da pele e por causar a maior parte dos casos de doença pulmonar obstrutiva crônica, mas nem todos os fumantes são afetados.

Os pesquisadores ingleses estudaram 149 fumantes e ex-fumantes, com idades entre 45 e 70 anos, de 78 famílias.

Neste grupo, 68 pessoas tinham DPOC. Das 25 com rugas severas, 21 tinham a doença respiratória.

Depois de se levar em conta a idade e o número de anos que as pessoas tinham fumado, chegou-se à conclusão de que os fumantes mais enrugados tinham cinco vezes mais risco de ter DPOC.

Tecido elástico

O porta-voz da British Skin Foundation, professor Chris Griffiths, da Universidade de Manchester, diz que a ligação entre o fumo e as rugas é bem documentada.

"Isso é associado ao estímulo que o cigarro dá às enzimas responsáveis pelo processamento de colágeno e dos tecidos elásticos na pele. As doenças respiratórias crônicas também são associadas à perda de elasticidade nos pulmões, que pode ser comparada ao enrugamento da pele", diz Griffiths.

Para o professor, "seria interessante especular que a suscetibilidade a rugas causadas pelo sol e a presença de enfisema pulmonar seriam causadas pelo mesmo tipo de mecanismo." (BBC)

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Erramos: Café ajuda na prevenção da cirrose hepática, diz estudo

junho 13, 2006

Diferentemente do publicado pela agência de notícias France Presse e reproduzido pela Folha Online em Café ajuda na prevenção da cirrose hepática, diz estudo (Ciência - 13/06/2006 - 10h32), a maior parte dos consumidores de café, e não de álcool, nunca desenvolvem cirrose. O erro já foi corrigido. (Folha)

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Cerveja pode combater o câncer de próstata

Um estudo realizado nos EUA pode soar bem para muitos homens. Há indícios de que um ingrediente encontrado na cerveja ajude a prevenir o câncer de próstata.

O problema é que, para aproveitar os benefícios da descoberta, é necessário beber 17 cervejas por dia.

Pesquisadores da Universidade do Oregon disseram que o composto xanthohumolm, encontrado no lúpulo, inibe uma proteína que age nas células da superfície da próstata. Essa proteína pode causar vários tipos de câncer, incluindo o de próstata.

O chefe da Coalizão Nacional contra o Câncer de Próstata, Dr. Richard N. Atkins, disse que os experimentos são encorajadores e "talvez os homens possam tomar pílulas com o composto em breve".

Atkins alertou que 17 cervejas por dia podem levar ao alcoolismo e à cirrose. (Terra)

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Café ajuda na prevenção da cirrose hepática, diz estudo

Beber café pode ajudar a prevenir a cirrose hepática, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira nos Arquivos de Medicina Interna da Associação Médica Americana.

O estudo, realizado com mais de 125 mil pessoas, revelou que para cada xícara de café que os participantes do estudo ingeriram por dia, eles mostraram ser 22% menos suscetíveis a desenvolver a cirrose.

O abuso prolongado de álcool é a causa mais comum de cirrose em países desenvolvidos. A doença destrói progressivamente os tecidos saudáveis do fígado e os substitui por tecido lesionado.

A maior parte dos consumidores de álcool, no entanto, nunca desenvolvem cirrose. Para os cientistas, outros fatores que podem influenciar no desenvolvimento da doença incluem genética, dieta, tabagismo e a interação com outras toxinas prejudiciais ao fígado.

Os autores disseram não ter conseguido determinar se a cafeína ou outro ingrediente do café tem o poder de proteger o fígado. A ingestão de chá não demonstrou impacto no desenvolvimento da doença; os cientistas lembraram que a bebida tem menos cafeína que o café.

O responsável pela pesquisa, Arthur Klatsky, e seus colegas do Programa de Cuidados Médicos do Kaiser Permanente Medical Center, em Oakland, Califórnia, analisaram dados de exames de rotina feitos com 125.580 pessoas entre 1978 e 1985 que não apresentavam histórico de doença hepática.

Os participantes responderam a um questionário, fornecendo informações sobre a quantidade de álcool, café e chá ingeridos diariamente no último ano. Alguns fizeram exames para avaliar os níveis de certas enzimas hepáticas liberadas na corrente sangüínea quando o órgão esteve doente ou lesionado.

No fim de 2001, 330 participantes haviam sido diagnosticados com cirrose e 199 com cirrose alcoólica.

Entre os que fizeram exames de sangue, os níveis de enzima hepática foram mais altos entre indivíduos que ingeriram mais álcool, indicando doença ou dano hepático. No entanto, aqueles que beberam álcool e café apresentaram níveis menores, enquanto os que ingeriram álcool, mas não café, apresentaram níveis maiores.

As descobertas não sugerem que os médicos devam prescrever café para evitar a cirrose. "Mesmo que o café seja capaz de proteger o fígado, a primeira medida para reduzir a cirrose alcoólica é evitar ou cessar o abuso de álcool", concluíram. (Folha)

Walter Valdevino Café , Estudo Comentários (0) Comentários (0)



16 milhões nos EUA têm raiva

junho 11, 2006

Cerca de 16 milhões de americanos sofrem de um distúrbio mental caracterizado por violentos acessos de raiva, chamado desordem explosiva intermitente (IED, na sigla em inglês), segundo uma pesquisa publicada nos Archives of General Psychiatry. O estudo foi coordenado por Ronald Kessler, da Faculdade de Medicina de Harvard, em Boston.

As pessoas afetadas apresentam reações totalmente desproporcionais a qualquer provocação - ameaçam outras pessoas com violência, atacam seus interlocutores e até destroem propriedades.

Até agora não existiam dados satisfatórios indicando até que ponto a doença vem imperando entre os americanos
. As novas conclusões indicam que ela é muito mais comum do que os especialistas suspeitavam.

A pesquisa abrangeu uma amostra nacional de 9.282 adultos. As entrevistas mostraram que 7% dos pesquisados se enquadravam na definição mais ampla da IED, ou seja, com três ou mais ataques violentos de raiva durante sua vida. Pouco mais de 5% se enquadraram na definição mais estrita da doença, relatando três ataques violentos em um ano.

Em média, esses homens e mulheres começaram a mostrar sinais da doença aos 14 anos de idade. O que significa que um diagnóstico precoce pode ser vital para prevenir as conseqüências a longo prazo dessa desordem mental.

A IED geralmente antecede outros problemas de saúde mental, como depressão, ansiedade e abuso de substâncias.

Embora 60% dos entrevistados com a doença estejam recebendo tratamento psiquiátrico para algum tipo de problema emocional ou abuso na ingestão de alguma substância, apenas 29% deles, uma taxa relativamente baixa, receberam auxílio médico específico para seus acessos incontroláveis de raiva.

De acordo com Kessler e seus colegas, o problema é que as pessoas que desenvolveram a IED estão sendo tratadas por problemas decorrentes dela, mas não para a cura dos ataques em si. Para os pesquisadores, portanto, o importante é saber se a detecção e o tratamento precoces do distúrbio podem prevenir futuros problemas de saúde mental.

Como a doença tem aparecido com freqüência entre os jovens, os pesquisadores entendem que "deveriam ser realizados exames nas escolas para fins de uma detecção precoce de IED, o que poderia ser uma importante contribuição aos programas de prevenção da violência nas escolas". (Estado)

Walter Valdevino Comportamento , Estudo , Stress Comentários (0) Comentários (0)



Para universitários dos EUA, iPod é mais popular que cerveja

junho 8, 2006

Um estudo realizado com 1.200 universitários norte-americanos mostra que o toca-MP3 iPod é mais popular do que cerveja --73% dos entrevistados classificaram este aparelho como "in" (descolado, em tradução livre), contra 71% que deram este mesmo título à cerveja.

No ano passado, 59% dos jovens classificaram o tocador digital como "in", deixando o produto atrás da bebida alcoólica. A agência de notícias Associated Press, que teve acesso ao estudo completo, não divulga a porcentagem de popularidade da cerveja em 2005.

Para elaborar este estudo, o grupo Student Monitor pediu que jovens escolhessem as opções mais "in" de uma lista que incluía iPod, cerveja, mensagens de texto via celular e download de música, entre outros.

Nos 18 anos em que a pesquisa é realizada, somente uma vez a bebida alcoólica havia ficado em segundo lugar. Isso aconteceu em 1997, quando os jovens consideraram a internet a opção mais "in" da lista.

"A cerveja deve voltar a liderar, como aconteceu há cerca de dez anos. Ainda assim, devemos considerar que a popularidade do iPod é extraordinária", afirmou Eric Weil, executivo da Student Monitor. O estudo da empresa foi conduzido na semana de 6 de março, em 100 instituições norte-americanas de ensino superior. (Folha)

Walter Valdevino Comportamento , Estudo Comentários (0) Comentários (0)



Beber cerveja é o consolo do perna-de-pau, diz estudo

Um estudo britânico sobre saúde e masculinidade aponta que jovens que não jogam futebol ou fazem algum outro esporte de contato podem buscar se sentir "durões" bebendo seis ou 12 latas de cerveja durante uma partida.

Os pesquisadores, que fizeram longas entrevistas com 31 jovens de 18 a 21 anos de várias classes sociais e etnias, descobriram que o homem pode usar um comportamento tipicamente masculino para compensar a ausência de outro.

"Por exemplo, um homem que não tem confiança nas suas habilidades esportivas pode tentar consertar isso bebendo em excesso", disse o chefe da equipe de pesquisa, Richard de Visser, da Universidade Sussex.

O objetivo do estudo é observar "como o homem ativamente constrói uma identidade masculina por meio de comportamentos saudáveis ou não saudáveis".

"Há uma variedade de modos de ser masculino e outros tantos para o homem testar e demonstrar sua masculinidade, alguns deles saudáveis, como praticar esportes, e outros não, como beber em excesso, se arriscar", afirmou De Visser.

A pesquisa também descobriu que o homem pode usar o fato de ter crédito em determinada área de atuação masculina para resistir à pressão de ter que se envolver em outra. "Um bom esportista pode ser capaz de resistir à pressão para beber ou beber excessivamente," disse De Visser. (Folha)

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Campos magnéticos "agilizam" mente humana, diz estudo

junho 7, 2006

A mente humana pode ganhar agilidade quando estimulada por campos magnéticos, segundo um estudo realizado por cientistas australianos.

De acordo com os especialistas da Universidade Nacional da Austrália e da Universidade de Sydney, ao estimular certas partes do cérebro utilizando campos magnéticos externos, as pessoas podem realizar exercícios "extraordinários" com sua mente.

O professor Allan Snyder, diretor do Centro da Mente e participante do estudo, afirmou que a TMS (sigla em inglês para estimulação magnética dentro do crânio) pode melhorar a habilidade das pessoas em, por exemplo, contar com rapidez o número de objetos que há em uma sala.

O estudo australiano foi publicado nesta quarta-feira pela revista científica "Perception". Os especialistas avaliaram um grupo de voluntários, a quem mostraram entre 50 e 150 objetos variados em um monitor de televisão.

Dos 12 participantes do experimento, 10 melhoraram a habilidade de contar imediatamente o número exato de elementos, depois de se submeterem ao tratamento de TMS. A habilidade diminuiu uma hora depois, quando o campo magnético diminuiu. (Folha)

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Para professor números indicam que Brasil será campeão em 2006

Um professor da Universidade de Warwick, na Inglaterra, desenvolveu uma fórmula matemática que aponta que o Brasil deverá ser o campeão do mundo na Copa de 2006.

A fórmula do professor Henry Stott se baseia em jogos anteriores já disputados pelas equipes que participam da Copa do Mundo.

Segundo Stott, o Brasil é o favorito para conquistar a competição, com 13% de chances, seguido da França e da Alemanha.

Foram analisadas 4,5 mil partidas jogadas desde 2002 e chegou-se a uma previsão para cada jogo da Copa de 2006.

De acordo com o professor, o modelo tem índice de acerto superior a 50%.

Os números analisados por Stott determinam até mesmo qual o mais temível adversário brasileiro na primeira fase da competição.

"O Brasil não precisa temer o Japão, mas sim a Croácia", diz Stott, em referência a duas das equipes que integram a chave da seleção.

As previsões do professor não coincidem, no entanto, com as dos apostadores das casas especializadas londrinas.

Na lista de Stott, a Seleção da Inglaterra está em nono lugar, em matéria de possibilidade de conquistar a taça do mundo.

Nas bolsas de apostas da capital britânica, a Inglaterra está empatada na segunda colocação, juntamente com os anfitriões da competição, a Alemanha. (BBC)

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Gene explica tipo empreendedor, diz estudo

Tipos empreendedores já nascem assim, diz um grupo de cientistas.

Em outras palavras, de acordo com um novo estudo, a herança genética de uma pessoa é fator crucial para determinar se ela será empreendedora e se tem grandes chances de se tornar um profissional autônomo.

A pesquisa foi feita em conjunto pela Twin Research Unit do St Thomas Hospital, em Londres, a Takaka School of Business do Imperial College, em Londres, e a Case Western Reserve University, em Cleveland, nos Estados Unidos.

Segundo ela, quase a metade da propensão de um indivíduo para se tornar um profissional autônomo se deve a fatores genéticos.

E ao contrário do que se pensava, ambiente familiar e criação influenciam pouco se uma pessoa vai ser um profissional autônomo ou não.

Além da herança genética, fatores que podem influenciar um espírito empreendedor são eventos aleatórios, do acaso, como a perda do emprego, ganhar uma grande quantia de dinheiro ou um encontro inesperado.

Os pesquisadores estudaram 609 duplas de gêmeos idênticos (univitelinos) e 657 duplas de gêmeos do mesmo sexo não univitelinos na Grã-Bretanha.

Gêmeos univitelinos (do mesmo óvulo) têm o mesmo genoma, ou seja, têm 100% de semelhança genética.

Já os gêmeos não univitelinos têm 50% de semelhança genética.

A proporção de indivíduos empreendedores entre os gêmeos era igual à da população em geral.

Mas os pesquisadores queriam saber se a existência de um gêmeo empreendedor aumentava a probabilidade de o outro gêmeo ser também um tipo empreendedor.

Ao comparar as variações nos graus de similaridade genética entre gêmeos idênticos e não idênticos, os cientistas foram capazes de estabelecer a importância dos fatores genéticos e de meio ambiente. (BBC)

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Cientistas alemães descobrem dinossauro anão

Cientistas alemães afirmam ter descoberto uma espécie de dinossauro que desenvolvia-se como um anão. Segundo Martin Sander, paleontologista da Universidade de Bonn, a nova espécie parava de crescer quando atingia cerca de um terço do tamanho dos seus parentes próximos.

O dinossarou media cerca de seis metros de altura. Se colocado próximo do seu primo evolucionário Camarasaurus, um animal de cerca de 18 metros, a nova espécie era um anão.

Os pesquisadores dizem que é um caso de nanismo insular, a tendência de grandes espécies a contrair-se muito quando vivem em uma ilha.

Este tipo de anomalia é mais conhecida entre mamíferos. Na Sicília, foi encontrado um fóssil de elefante com cerca de 90 centímetros de altura.

Cientistas acham que em um ambiente de recursos limitados, corpos de tamanhos menores se tornam uma vantagem, então as populações desses lugares vão contraindo seus corpos por um longo período de tempo. (Terra)

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