Aparelho japonês grava e reproduz odores
julho 5, 2006
Engenheiros do Instituto de Tecnologia de Tóquio, no Japão, estão construindo um gravador de odores capaz de analisar aromas e reproduzi-los usando uma série de substâncias químicas atóxicas.
O dispositivo poderia ser utilizado para incrementar compras online ao permitir sentir o cheiro das fragrâncias antes de comprá-las, adicionar uma dimensão extra de realidade virtual a ambientes ou mesmo auxiliar médicos militares a recriar os odores de bile, urina ou sangue de forma a auxiliar em diagnósticos à distância.
Embora várias empresas tenham produzido geradores de aromas, desenhados para incrementar jogos de computador ou shows televisivos, elas falharam comercialmente porque estavam limitadas à quantidade de cheiros que poderiam produzir, afirma Pambuk Somboon, da equipe responsável pelo projeto, noticia a revista New Scientist.
O time eliminou os odores pré-formulados e desenvolveu um sistema que os grava e posteriormente reproduz. A tarefa é complexa. "Em vídeo você precisa gravar apenas gradações de verde, vermelho e azul, mas seres humanos possuem 347 sensores olfativos, o que torna necessária uma grande quantidade de bases químicas".
O sistema utilizará 15 microchips químico-sensoriais ou narizes eletrônicos, para captar uma gama vasta de aromas. Estes serão então usados para criar uma receita digital de uma seleção de 96 bases químicas que podem ser escolhidas de acordo com os propósitos de cada dispositivo individual. Quando alguém desejar reproduzir um aroma, gotas dos recipientes necessários serão misturadas, aquecidas e vaporizadas. Nos testes até o momento, os cheiros de laranja, limão, maçã, banana e melão foram gravados e reproduzidos com sucesso. "Podemos até diferenciar uma maçã verde de uma vermelha", o pesquisador afirma. A dificuldade em processos olfativos artificiais, no entanto, é a lentidão natural em retirar um dado aroma já espalhado em um ambiente e substituí-lo por outro. (Terra)
Walter Valdevino Estudo Comentários (0)