Estudo sugere que uso de Tylenol pode afetar fígado
julho 5, 2006
"Eu pediria que o público não ultrapasse quatro gramas por dia. Essa é uma droga com uma janela de segurança bastante estreita", disse um dos autores da pesquisa, Neil Kaplowitz, da Universidade do Sul da Califórnia.
Outro autor do estudo, Paul Watkins, da Universidade da Carolina do Norte, se disse menos preocupado com os resultados. Ele ressalta que o paracetamol, ingrediente ativo do Tylenol, é usado há mais de 50 anos com segurança.
Adultos saudáveis que usaram doses máximas do analgésico Tylenol por duas semanas tiveram sinais de anomalia em seu fígado, diz um estudo realizado com um número pequeno de pacientes nos EUA. Os dados aumentam o temor de que mesmo quantidades recomendadas do medicamento possam danificar o órgão.
No estudo, 106 participantes tomaram quatro gramas diárias de Tylenol. Alguns usaram o remédio isoladamente, enquanto outros o combinaram com um analgésico opióide. O grupo de controle, com 39 pessoas, tomou pílulas falsas, os chamados placebos.
Não houve problemas no fígado de quem tomou placebo. Mas, nos outros grupos, quase 40% das pessoas tiveram, em testes, resultados que indicariam dano ao órgão. O estudo saiu hoje no "Journal of the American Medical Association".
"Eu pediria que o público não ultrapasse quatro gramas por dia. Essa é uma droga com uma janela de segurança bastante estreita", disse um dos autores da pesquisa, Neil Kaplowitz, da Universidade do Sul da Califórnia. Pessoas que bebem demais também devem tomar menos que dois gramas diários, segundo Kaplowitz. A dose máxima do analgésico paracetamol contida em cada comprimido à venda no Brasil é 750 miligramas.
Outro autor do estudo, Paul Watkins, da Universidade da Carolina do Norte, se disse menos preocupado com os resultados. Ele ressalta que o paracetamol, ingrediente ativo do Tylenol, é usado há mais de 50 anos com segurança. A empresa fabricante do produto, disse ter detectado uma taxa muito menor de dados anormais no fígado em seus testes. (Folha)
Walter Valdevino Estudo Comentários (0)