Aceitar o próprio corpo ajuda mulher a comer melhor
agosto 13, 2006
"Existe a crença de que se você dá às pessoas a opção de comer sem restrições, elas vão se empanturrar e ganhar vários quilos. Mas não foi isso o que descobrimos". (Estado)
Aceitar o próprio corpo ajuda mulher a comer melhor
A descoberta sugere que a razão típica das mulheres para mudar de hábito alimentar - insatisfação com o corpo - pode não funcionar
COLUMBUS, EUA - Mulheres que aceitam seus corpos como são parecem ser mais propensas a seguir os princípios de uma dieta saudável, mostra nova pesquisa. A descoberta sugere que a razão típica das mulheres para mudar de hábito alimentar - insatisfação com o corpo - pode ser um tiro pela culatra, disse Tracy Tylka, co-autora do estudo e professora de Psicologia da Universidade Estadual de Ohio.
"A mensagem que as mulheres geralmente ouvem é que um certo grau de insatisfação com o corpo é bom, porque pode ajudá-las a se esforçara a tomar cuidado com a saúde", diz Tylka. "Mas pode ser exatamente o oposto: é preciso gostar do corpo para realmente adotar hábitos alimentares saudáveis".
A psicóloga e colegas realizaram vários estudos sobre um conceito chamado "alimentação intuitiva", o consumo de alimentos provocado pela sensação de fome ou saciedade, e não por emoções ou situações. Os resultados foram apresentados na reunião da Associação Psicológica Americana (APA), nesta sexta-feira.
O foco na alimentação intuitiva é uma tentativa de descobrir o que constitui uma alimentação saudável, tirando o foco mais comum em psicologia, voltado para distúrbios alimentares, diz Tylka. A alimentação intuitiva tem três componentes: comer quando se tem fome e comer o que quiser; comer por motivos físicos, não emocionais; confiança nas sensações de fome e saciedade para saber quando e quanto comer.
"Existe a crença de que se você dá às pessoas a opção de comer sem restrições, elas vão se empanturrar e ganhar vários quilos. Mas não foi isso o que descobrimos", disse Tylka. Em estudo com 199 universitárias, a psicóloga descobriu que as que seguiam a alimentação intuitiva tinham índices de massa corporal inferior que as mulheres que não o faziam.
No trabalho apresentado na APA, Tylka e colegas examinaram que teria mais probabilidade de seguir a alimentação intuitiva, e os impactos psicológicos dessa opção. O estudo mostrou que as mulheres que diziam seguir a alimentação intuitiva também se declararam mais satisfeitas com seus corpos, concordando com a frase: "A despeito dos defeitos, aceito meu corpo como é".
Elas também passavam menos tempo preocupadas com a aparência e mais em como o corpo se sente e funciona. (Estado)
Walter Valdevino Comportamento , Dieta , Estudo Comentários (0)