Encontrado circuito da jogatina no cérebro
agosto 2, 2006
As regiões cerebrais envolvidas são parte do circuito governado pelo neurotransmissor dopamina, que também participa no aprendizado, motivação e estímulo. Mas, de acordo com os pesquisadores, a experiência com jogo, da forma como foi projetada, exclui a possibilidade de envolvimento dessas outras funções, isolando a função jogatina.
Encontrado circuito da jogatina no cérebro
As regiões cerebrais envolvidas são parte do circuito governado pelo neurotransmissor dopamina, que também participa no aprendizado e motivação
WASHINGTON - De apostadores jogando pôquer a investidores escolhendo ações, seres humanos tomam uma gama de decisões que exigem pesar riscos contra recompensas. No entanto, estudos de laboratório vinham sendo incapazes de determinar, com certeza, como as regiões mais básicas do cérebro funcionam ao processar risco e prêmio.
Agora, uma equipe do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), chefiada por Steven Quartz, crirou uma tarefa simples envolvendo apostas que, quando realizada por seres humanos sob ressonância magnética funcional (fMRI) do cérebro, permite distinguir as estruturas cerebrais da "jogatina". Mais importante, a descoberta separa a função de jogatina das estruturas do cérebro do papel dessas mesmas estruturas no aprendizado, motivação e avaliação da intensidade de estímulos.
No trabalho, publicado na edição de 3 de agosto da revista Neuron, os pesquisadores dizem que suas descobertas e o metido que desenvolveram poderá ajudar a entender e tratar doenças que levam a aberrações da função de aceitação de riscos, como jogo compulsivo, desordem bipolar e esquizofrenia.
Na experiência, os pesquisadores pediram aos voluntários que escolhessem cartas de um baralho numerado de 1 a 10. Antes de puxar as cartas, porém, eles tinham de apostar US$ 1 em se a primeira ou a segunda carta seria mais alta. A imagem de fMRI mostrou quais partes do cérebro eram ativadas em cada etapa da tarefa. Os pesquisadores concentraram a atenção no que chamaram de "período de antecipação", entre a apresentação da primeira e da segunda cartas, já que nesse período os participantes podiam julgar, pelo número da carta inicial, o risco de ganhar ou perder o jogo.
Os cientistas teorizaram que, um segundo após a exibição da primeira carta, os voluntários estariam pensando na recompensa; e nos seis segundos antes da segunda carta, a concentração passaria para o fator de risco. Quartz e colegas descobriram que eram capazes de identificar regiões do cérebro ativas em cada uma dessas fases, e que a ativação da expectativa de recompensa é imediata, enquanto que a do risco demora um pouco a chegar.
As regiões cerebrais envolvidas são parte do circuito governado pelo neurotransmissor dopamina, que também participa no aprendizado, motivação e estímulo. Mas, de acordo com os pesquisadores, a experiência com jogo, da forma como foi projetada, exclui a possibilidade de envolvimento dessas outras funções, isolando a função jogatina. (Estado)
Walter Valdevino Comportamento , Esportes , Estudo Comentários (0)