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Grupo propõe usar esperma congelado para criar mamutes

agosto 14, 2006

Até o momento, eles conseguiram com ratos - em alguns casos, com os "pais" congelados há 15 anos - e o principal cientista do projeto, Atsuo Ogura, diz que gostaria de tentar em animais maiores.

O cientista Peter Mazur, biólogo que já trabalhou com óvulos e esperma congelados, não vê a proposta com muito entusiasmo. "A temperatura em que foram conservados os mamutes congelados não chega nem perto de ser baixa o suficiente para evitar a degradação do DNA ao longo de centenas de milhares de anos", afirma. E mesmo se a temperatura fosse adequada, "isso não evitaria os danos causados por longos períodos de tempo pela radiação de fundo, incluindo os raios cósmicos". (Estado)

Grupo propõe usar esperma congelado para criar mamutes

A equipe de Atsuo Ogura trabalhou com o esperma extraído de corpos inteiros congelados

AP

WASHINGTON - Descendentes de mamíferos extintos, como o mamute, poderão voltar a caminhar pela Terra. Não é exatamente o Parque dos Dinossauros, mas pesquisadores japoneses investigam a possibilidade de usar o esperma de animais congelados para inseminar parentes próximos vivos.

Até o momento, eles conseguiram com ratos - em alguns casos, com os "pais" congelados há 15 anos - e o principal cientista do projeto, Atsuo Ogura, diz que gostaria de tentar em animais maiores. "As taxas de sucesso com esperma de corpos congelados há 15 anos foi muito maior que a esperada. Logo, a probabilidade de reviver mamutes seria maior que a esperada anteriormente", disse Ogura.

O uso de esperma congelado é rotina, mas a equipe de Ogura trabalhou com o esperma extraído de corpos inteiros congelados, e de órgãos congelados. "SE espermatozóides de espécies extintas de mamíferos puderem ser retirados de corpos de animais que se mantiveram congelados por milhões de anos, animais vivos poderiam ser restaurados injetando-se (o esperma em óvulos de) fêmeas de uma espécie próxima", dizem os pesquisadores em artigo que aparece na edição desta terça-feira do periódico Proceedings of the National Academy of Sciences. Corpos de mamute, intactos e congelados, já foram removidos do gelo na Sibéria.

O cientista Peter Mazur, biólogo que já trabalhou com óvulos e esperma congelados, não vê a proposta com muito entusiasmo. "A temperatura em que foram conservados os mamutes congelados não chega nem perto de ser baixa o suficiente para evitar a degradação do DNA ao longo de centenas de milhares de anos", afirma. E mesmo se a temperatura fosse adequada, "isso não evitaria os danos causados por longos períodos de tempo pela radiação de fundo, incluindo os raios cósmicos". (Estado)

Walter Valdevino Estudo , Evolução Comentários (0) Comentários (0)