Pesquisa liga risco de aborto espontâneo à idade do pai
agosto 5, 2006
Esse efeito não depende da idade da mulher e não é explicado por outros fatores como diabetes, tabagismo ou abortos anteriores. "Há um tremendo volume de pesquisa sobre as mulheres e como as características delas afetam o resultado da gestação. Claro, a importância da mulher na gravidez é impossível de exagerar. Mas os médicos parecem ter esquecido que os homens são parceiros na reprodução", disse a cientista Karine Kleinhaus, principal autora do trabalho.
Pesquisa liga risco de aborto espontâneo à idade do pai
A equipe internacional envolvida no estudo usou uma grande base de dados histórica, contendo informações das características de mães e pais
WASHINGTON - Estudo conduzido por pesquisadores da Escola de Saúde Pública Mailman da Universidade Columbia e do Instituto Psiquiátrico de Nova York descobriu que o aumento na idade do pai associa-se de forma significativa ao aumento da taxa de aborto espontâneo, que ocorre antes da 20ª semana de gestação. Mulheres com parceiros de 35 anos ou mais têm quase três vezes mais abortos em comparação com mulheres que concebem filhos de homens com 25.
Esse efeito não depende da idade da mulher e não é explicado por outros fatores como diabetes, tabagismo ou abortos anteriores. "Há um tremendo volume de pesquisa sobre as mulheres e como as características delas afetam o resultado da gestação. Claro, a importância da mulher na gravidez é impossível de exagerar. Mas os médicos parecem ter esquecido que os homens são parceiros na reprodução", disse a cientista Karine Kleinhaus, principal autora do trabalho, publicado na edição de 1º de agosto de Obstetrics & Gynecology.
Pesquisas anteriores da equipe de Columbia havia mostrado que as mulheres de homens mais velhos sofrem mais de pré-eclâmpsia, uma complicação da gravidez, e que os filhos de homens mais velhos têm mais chance de desenvolver esquizofrenia. "Isso não é tão surpreendente, já que outros cientistas já haviam mostrado que homens mais velhos têm mais anormalidades no esperma", observa Kleinhaus.
A equipe internacional envolvida no estudo usou uma grande base de dados histórica, contendo informações das características de mães e pais que poderiam contribuir para o aborto espontâneo. Foram analisados dados de entrevistas realizadas com 13.865 mulheres. Os dados foram registrados no Estudo Perinatal de Jerusalém, derivado de 92.408 nascimentos registrados em Jerusalém entre 1964 e 1976. (Estado)
Walter Valdevino Estudo , Evolução , Sexismo Comentários (0)