Famosos são mais narcisistas que outras pessoas, diz estudo

da France Presse, em Los Angeles

As celebridades costumam ser mais narcisistas que as outras pessoas, comprovaram cientistas americanos. Segundo os pesquisadores, os participantes de reality shows são ainda mais narcisistas que artistas.

"Os famosos têm um tipo de caráter mais narcisista que o conjunto da população", afirmam os cientistas da Universidade do Sul da Califórnia, em Los Angeles (USC), que entrevistaram 200 celebridades, cujos nomes não foram divulgados.

O estudo diz que "as pessoas com tendências narcisistas são atraídas pela indústria do entretenimento", que produz estrelas em série.

Entre os dados mais chamativos do estudo está o de que as "estrelas de programas reality show tiveram os índices de narcisismo mais elevados que atores, músicos e humoristas". Outro aspecto é que "as mulheres (famosas) são mais narcisistas que os homens".

A pesquisa foi realizada pelos professores Drew Pinsky, pesquisador em medicina, e Mark Young, especialista em comunicação da USC, que afirmaram ter feito "o primeiro estudo sistemático, empírico e erudito da personalidade das celebridades".

Para chegar às conclusões relacionadas, Pinsky e Young fizeram exames de personalidade em 200 pessoas famosas por meio de um programa de rádio de Los Angeles, ao qual eram convidadas. "A compreensão por parte do público da personalidade das estrelas está amplamente fundamentada por informações anedóticas como (as obtidas) através de entrevistas com a mídia", disse o professor Young.

"Nós fizemos estas pesquisas no âmbito de um programa mais amplo, com a finalidade de coletar provas sobre o que é realmente uma personalidade de estrela", acrescentou o pesquisador.

Os questionários apresentados aos famosos mostraram aos pesquisadores que estas pessoas convivem com sentimentos que vão de superioridade e exibicionismo a vaidade, autoridade e auto-suficiência.

"O fato de saber que várias celebridades têm tendência ao narcisismo poderia permitir aos responsáveis, como os dirigentes dos estúdios de cinema, os agentes, os assessores de imprensa, os caçadores de talento, a trabalharem de forma mais eficaz com eles", defendeu Young. (Folha)