Sêmen pode elevar propagação de câncer de útero
setembro 1, 2006
Uma molécula presente no sêmen pode elevar a velocidade de propagação de câncer de útero e de colo de útero, revela um estudo divulgado nesta sexta-feira.
Para o professor da organização britânica Cancer Research UK, John Toy, o estudo é “interessante, mas de pouca relevância para mulheres já diagnosticadas com câncer de útero e colo de útero, que já estão recebendo tratamento adequado”. (BBCBrasil, via Láudano)
Uma molécula presente no sêmen pode elevar a velocidade de propagação de câncer de útero e de colo de útero, revela um estudo divulgado nesta sexta-feira.
Por isso, mulheres com um ou outro tipo de câncer devem pedir a seus parceiros que usem preservativo durante as relações sexuais, aconselharam os cientistas do Conselho de Pesquisa Médica da Grã-Bretanha.
Os pesquisadores observaram os efeitos de um hormônio chamado prostaglandina na progressão do câncer de útero e de colo de útero.
A prostaglandina ocorre naturalmente nas células do sistema reprodutivo feminino – é o hormônio que regula a expansão e o encolhimento do útero durante o ciclo menstrual – mas sua presença é mil vezes mais elevada no sêmen.
Tratamento
Eles descobriram que o contato deste hormônio com as células cancerosas eleva a atividade celular, e leva ao crescimento do tumor.
Por esta razão, o coordenador da pesquisa, Henry Jabbour, aconselhou mulheres com risco de câncer de útero e colo de útero a utilizar preservativos durante as relações sexuais com seus parceiros.
Ele disse que a orientação vale também para mulheres que estão apenas sob risco de desenvolver câncer de útero e de colo de útero, já que existe a hipótese de que as células pré-cancerígenas também tenham receptores de prostaglandina.
“O estudo destaca o potencial de uma nova terapia que combata as duas possíveis fontes de prostaglandina – aquelas produzidas naturalmente pela mulher e aquelas introduzidas no corpo pelo sêmen”, afirmou o pesquisador.
Para o professor da organização britânica Cancer Research UK, John Toy, o estudo é “interessante, mas de pouca relevância para mulheres já diagnosticadas com câncer de útero e colo de útero, que já estão recebendo tratamento adequado”.
"A probabilidade de que sexo sem proteção afete esse tratamento é pequena", disse o professor.
Ele acrescentou que a melhor estratégia para prevenir o desenvolvimento do câncer é fazer os testes conhecidos popularmente como exame de Papanicolaou. (BBCBrasil, via Láudano)
Sabrina Fonseca Câncer , Sexo Comentários (0)