Mães maduras são 'tão capazes' quanto as jovens
outubro 24, 2006
Comentando o estudo, Bill Ledger, professor de obstetrícia na Universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, disse ao jornal britânico Times: "O problema, para mim, não é o que acontece com mulheres entre 50 e 55."
"O que me preocupa é o que acontece quando os filhos chegam aos 18 anos e seus pais têm por volta de 70 ou 80 anos."
Em julho, uma psicóloga infantil de 62 anos tornou-se a mais velha britânica a ter um bebê. (BBC)
Mães maduras são 'tão capazes' quanto as jovens
A psicóloga Patricia Rashbrook foi mãe aos 62 anos
Rashbrook é a mais idosa mãe britânica
Mulheres que engravidam depois dos 50 anos são tão "capazes" de ser boas mães quanto as mais jovens, um estudo concluiu.
Cientistas americanos disseram que a gravidez pesquisada em mulheres maduras não trouxe mais estresse ou riscos à saúde que em mães mais jovens.
A pesquisa, que vai ser apresentada no encontro anual da American Society for Reproductive Medicines, foi feita por cientistas da Universidade do Sul da Califórnia (USC na sigla em inglês).
Um outro especialista disse, no entanto, que o estudo não analisou os efeitos da idade avançada dos pais à medida que os filhos passam à adolescência.
Preconceito
Os cientistas acompanharam 150 mães com idades entre 30, 40 e 50 anos que fizeram tratamento para engravidar entre 1992 e 2004.
Todas receberam óvulos doados para a Universidade.
Através de questionários, os cientistas avaliaram as funções físicas e mentais, e o nível de estresse das mães escolhidas.
Segundo os pesquisadores, os resultados indicam que não há justificativa para restrições à idade das mães no que diz respeito a esses fatores.
"De maneira geral, os pesquisadores verificaram que as mulheres com 50 anos não têm menor capacidade como mães ou mais estresse do que as mais jovens", disse a coordenadora da pesquisa, Anne Steiner.
Segundo ela, o estudo, embora pequeno, sugere que a oposição às mães mais velhas pode ser baseada em preconceito, e não em evidências concretas de que elas sejam mães ruins.
Steiner acrescentou, no entanto, que muitas das mulheres que participaram do estudo tinham parceiros mais jovens, o que poderia influenciar sua capacidade de tolerar a pressão.
Os cientistas disseram que os resultados do estudo contrariam a idéia de que mulheres mais velhas deveriam ser impedidas de conceber através da fertilização in vitro.
Longo prazo
Comentando o estudo, Bill Ledger, professor de obstetrícia na Universidade de Sheffield, na Grã-Bretanha, disse ao jornal britânico Times: "O problema, para mim, não é o que acontece com mulheres entre 50 e 55."
"O que me preocupa é o que acontece quando os filhos chegam aos 18 anos e seus pais têm por volta de 70 ou 80 anos."
Em julho, uma psicóloga infantil de 62 anos tornou-se a mais velha britânica a ter um bebê.
Patrícia Rashbrook, da cidade de Lewis, e seu marido John Farrant, de 60 anos, viajaram para o exterior para receber tratamento.
Pelos registros, a romena Adriana Iliescu, que teve uma filha aos 66 anos de idade em janeiro de 2005, é a mulher mais velha a ter bebê no mundo. (BBC)
Walter Valdevino Comentários (0)