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Ter muitos filhos prejudica saúde dos pais, diz estudo

dezembro 26, 2006

Os dados da população de Utah no período analisado mostraram que os casais tiveram em média oito filhos entre 1860 e 1895, com o número de crianças variando de um a 14 por casal.

Quanto mais filhos os pais tinham, mais cedo morriam, mostrou o levantamento.

Mais de 1,4 mil mulheres morreram dentro de um ano após o nascimento do último filho. (BBC, pauta sugerida também pelo Bruno em link do Terra)

Ter muitos filhos prejudica saúde dos pais, diz estudo

Esforço reprodutivo prejudica mais a saúde das mulheres

Ter muitos filhos prejudica a saúde dos pais – em especial das mães, sugere um estudo de pesquisadores austríacos.

A pesquisa foi feita com análise de dados históricos de 21 mil casais mórmons que viveram no Estado americano de Utah no século 14, e que tiveram um total de 174 mil filhos.

Os pesquisadores concluíram que a saúde dos casais piorava à medida que aumentava o número de filhos que tinham, e que o maior número de rebentos elevava as chances de os pais morrerem cedo.

Apesar de histórico, o levantamento pode ajudar a entender tanto a menopausa quanto o planejamento familiar dos tempos modernos, acreditam os cientistas.

Esforço materno

Os dados da população de Utah no período analisado mostraram que os casais tiveram em média oito filhos entre 1860 e 1895, com o número de crianças variando de um a 14 por casal.

Quanto mais filhos os pais tinham, mais cedo morriam, mostrou o levantamento.

A situação se mostrou pior para as mulheres, por causa do desgaste físico com a gravidez e o parto. Mais de 1,4 mil mulheres morreram dentro de um ano após o nascimento do último filho.

Em comparação, apenas 613 homens morreram nos primeiros doze meses de idade do filho mais jovem.

Além disso, quanto maior a família, mais probabilidade demonstravam as crianças de morrer antes dos 18 anos, especialmente entre os filhos menores, disseram os pesquisadores.

Explicação

A equipe, liderada por cientistas do Instituto Konrad Lorenz para Etnologia, em Viena, na Áustria, disseram que as conclusões ajudam a esclarecer questões sobre reprodução humana pertinentes até hoje.

Uma delas é por que - diferentemente do que acontece na maioria das espécies - as fêmeas de seres humanos passam por um processo de menopausa, que encerra seu ciclo reprodutivo.

"A menopausa parece permitir que as mães tenham uma vida mais longa, e essa história de vida incomum provavelmente evoluiu em nossa espécie porque as crias são extremamente dependentes da sobrevivência da mãe", disse o estudo.

Para os pesquisadores, a pesquisa também ajuda a explicar escolhas modernas de planejamento familiar.

"O fato de as mulheres geralmente suportarem o maior esforço reprodutivo explica por que elas geralmente preferem ter menos filhos que os maridos, e reduzir sua fertilidade quando obtêm mais autonomia reprodutiva." (BBC)

Walter Valdevino Estudo , Sexo Comentários (0) Comentários (0)