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Pressão psicológica define resultado do pênalti, diz estudo

janeiro 25, 2007

Quando perder o gol significa a derrota do time, a chance de sucesso do jogador cai a meros 52%; quando acertar garante a vitória, 93% das cobranças entram. (Estado)

Pressão psicológica define resultado do pênalti, diz estudo

Quando perder o gol significa a derrota do time, a chance de sucesso do jogador cai a meros 52%; quando acertar garante a vitória, 93% das cobranças entram

SÃO PAULO - Nem talento, nem cansaço, nem experiência: o que define o sucesso de um chute a gol durante uma decisão por pênaltis é o estado psicológico do jogador, afirma estudo publicado na revista especializada Journal of Sports Sciences.

Para chegar a essa conclusão, a equipe do psicólogo norueguês Geir Jordet, da Universidade de Groningen, na Holanda, analisou 41 decisões por pênalti, num total de 409 chutes a gol, realizadas entre 1976 e 2004. Entraram no estudo partidas da Copa do Mundo, Copa América e de campeonatos europeus.

Os pesquisadores levaram em conta fatores como a posição do jogador - ataque, meio de campo, defesa - e cansaço. Este último foi estimado por meio do número de minutos em que o atleta havia estado em campo durante a partida.

Segundo a análise, o maior fator envolvido no sucesso ou fracasso do chute foi a ordem das cobranças: no primeiro chute, o índice de acerto é de 87%. Mas as taxas caem a partir daí, e na quarta cobrança chegam a 73%.

Os pesquisadores reconhecem que esse efeito pode ser, em parte, atribuído à decisão dos técnicos de colocar os melhores jogadores para bater primeiro, mas isso não explica toda a diferença, diz Jordet, citado pelo serviço noticioso online news@Nature.

O efeito da pressão psicológica torna-se claro quando se leva em conta o significado de cada cobrança: segundo o levantamento de Jordet, quando perder o gol significa a derrota do time, a chance de sucesso do jogador cai a meros 52%. Mas quando fazer o gol garantirá a vitória, os acertos chegam a 93%. (Estado)

Walter Valdevino Esportes , Estudo Comentários (0) Comentários (0)