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Descarregar a raiva não acalma e até faz mal, diz avaliação

março 2, 2007

Em vez de socar travesseiros, gritar ou jogar objetos inanimados para longe, os pesquisadores sugeriram respirar fundo e tentar relaxar para dissipar a raiva. (Estado)

Descarregar a raiva não acalma e até faz mal, diz avaliação

Quem tenta liberar a raiva gastando energia ou descontando em outra pessoa acaba ficando mais ressentido, sugere uma análise de vários estudos

Reuters

NOVA YORK - Descarregar a raiva em alguma coisa pode parecer uma boa forma de acabar com o sentimento negativo, mas pesquisadores americanos disseram que o método é ineficaz e pode, até, ser prejudicial.

Eles revisaram estudos prévios sobre o efeito de desabafar no caso de fortes emoções. Todos mostram que isso não reduz as tendências agressivas, e na verdade até as agrava.

Em vez de socar travesseiros, gritar ou jogar objetos inanimados para longe, os pesquisadores sugeriram respirar fundo e tentar relaxar para dissipar a raiva.

"Se descarregar realmente ´tirasse´ a raiva da pessoa, ela deveria resultar na redução tanto da raiva quanto da agressão. Infelizmente para a teoria da catarse, os resultados mostraram o efeito contrário", disse Jeffrey Lohr, professor de psicologia da Escola de Artes e Ciências J. William Fulbright, da Universidade de Arkansas.

Quem tenta liberar a raiva fazendo exercícios ou descontando na pessoa que a causou acaba ficando mais ressentido, e não menos, segundo os estudos.

"O que as pessoas não percebem é que a raiva teria se dissipado se elas não tivessem descarregado. Além disso, ela teria se dissipado mais rápido se elas tivessem, em vez disso, tentado controlá-la", afirmaram Lorhn e sua equipe, numa declaração.

Os resultados da revisão foram publicados no livro The Pseudopsychology of Venting in the Treatment of Anger: Implications and Alternatives for Mental Health Practice (A Pseudopsicologia de Descarregar no Tratamento da Raiva: Implicações e Alternativas para a Prática da Saúde Mental). (Estado)

Walter Valdevino Comportamento , Estudo , Terapias Alternativas Comentários (0) Comentários (0)