Cientistas buscam pílula que emagrece e aumenta libido
maio 1, 2007
A pílula, testada em macacas e musaranhas (tipo de mamífero), provocou mudanças no comportamento sexual dos animais, que também passaram a comer menos.
As macacas que foram submetidas a injeções de gonadotrofina apresentaram comportamento sexual interpretado como convidativo ao acasalamento, como mostrar a língua e levantar as sobrancelhas. As musaranhas passaram a exibir o traseiro e agitar a cauda. (BBC)
Cientistas buscam pílula que emagrece e aumenta libido
Pesquisadores esperam que pílula esteja disponível em dez anos
Cientistas britânicos estão desenvolvendo uma pílula que seja capaz de aumentar a libido e reduzir o apetite das mulheres.
A pílula, testada em macacas e musaranhas (tipo de mamífero), provocou mudanças no comportamento sexual dos animais, que também passaram a comer menos.
A equipe de pesquisadores da Unidade de Reprodução Humana do Conselho de Pesquisa Médica, em Edimburgo, na Escócia, diz esperar que uma versão para uso em humanos esteja disponível dentro de dez anos.
Psicólogos afirmam, no entanto, que a diminuição na libido muitas vezes está associada a problemas no relacionamento.
Libido
As estatísticas são de que cerca de 40% das mulheres sofrem uma perda da libido em algum momento de suas vidas.
A equipe de Edimburgo, chefiada por Robert Millar, vem estudando as propriedades de um hormônio que libera a substância gonadotrofina no organismo.
As macacas que foram submetidas a injeções de gonadotrofina apresentaram comportamento sexual interpretado como convidativo ao acasalamento, como mostrar a língua e levantar as sobrancelhas.
As musaranhas passaram a exibir o traseiro e agitar a cauda. Os animais também passaram a comer pelo menos um terço a menos do que o habitual.
"Próximo estágio"
Millar diz que espera desenvolver uma pílula que produza um efeito semelhante nas mulheres. "Este hormônio é distribuído em regiões do cérebro que, nós suspeitamos, afetam o comportamento associado à reprodução", afirmou o pesquisador ao jornal escocês Scotland on Sunday.
"Interferir na libido é considerado como um empreendimento importante em farmacêutica", acrescentou. "Então, o próximo estágio é produzir uma droga que simule as ações desse hormônio."
"É provável que nós façamos isso em parceria com uma empresa farmacêutica. Pode estar disponível para mulheres dentro dos próximos dez anos."
Millar disse ainda que talvez seja possível desenvolver uma pílula que produza o mesmo efeito em homens, mas testes com machos não foram realizados até agora.
Ao comentar o estudo, a psicóloga Lesley Perman-Kerr afirmou, no entanto, que problemas de relacionamento normalmente têm causas psicológicas, não biológicas.
"Algumas mulheres têm problemas específicos de libido", disse Kerr. "Mas, com freqüência, quando elas perdem o apetite sexual, isso tem muito mais a ver com o relacionamento do que com a libido." (BBC)
Walter Valdevino Dieta , Estudo , Sexo , Terapias Alternativas Comentários (0)