Letras ousadas e sexuais dominam canções de amor de hoje
junho 3, 2007
Ele estudou ao todo 80 canções das duas eras para descobrir como a música pop moderna trata a guerra do Iraque, comparando-a com a música feita durante os anos da guerra do Vietnã.
Mas, quando percebeu que poucas das canções mais populares falavam da guerra, afastou-se do tema e simplesmente deixou as canções falarem por elas mesmas.
"Desde que a música pop virou uma força cultural, ela tem sido voltada aos adolescentes e adultos jovens. Portanto, essa subcultura é um meio pelo qual esses jovens podem distinguir-se dos adultos trabalhadores, da sociedade profissional adulta", disse ele. (G1)
Letras ousadas e sexuais dominam canções de amor de hoje
Segundo novo estudo, linguagem sexual e palavrões ganharam espaço.
Infidelidade também está mais presente nas canções modernas.
A música popular ainda é dominada por canções de amor, mas as letras inocentes dos sucessos do passado deram lugar a uma linguagem sexual ousada e de palavrões, segundo um novo estudo.
"Percebe-se uma mudança drástica de palavras mais abstratas e gentis para termos mais ousados e profanos", disse em entrevista Chad Swiatowicz, da Universidade da Flórida.
Ele estudou dez das canções mais populares dos arquivos on-line da Billboard referentes a 1968-1971, que descreve como a era clássica, e 2002-2005, a era moderna, incluindo "Sunshine of your love" (1968), do Cream, e "Crazy in love" (2003), de Beyoncé.
"Não se usavam palavrões na era clássica, e, em termos de temas sugestivos, esses também eram bastante incomuns."
Embora algumas canções fossem celebrações otimistas do amor, outras apresentavam uma visão mais sombria dos relacionamentos. A infidelidade também é algo que está mais presente nas canções modernas, disse Swiatowicz, possivelmente porque os jovens têm mais chances de terem pais divorciados.
Ele estudou ao todo 80 canções das duas eras para descobrir como a música pop moderna trata a guerra do Iraque, comparando-a com a música feita durante os anos da guerra do Vietnã.
Mas, quando percebeu que poucas das canções mais populares falavam da guerra, afastou-se do tema e simplesmente deixou as canções falarem por elas mesmas.
Embora o pesquisador não atribua o aumento nos palavrões e ousadia a qualquer causa isolada, ele especula que à sua raiz estejam a rebelião típica dos adolescentes e seu desejo de distanciar-se de seus pais.
"Desde que a música pop virou uma força cultural, ela tem sido voltada aos adolescentes e adultos jovens. Portanto, essa subcultura é um meio pelo qual esses jovens podem distinguir-se dos adultos trabalhadores, da sociedade profissional adulta", disse ele.
"Os jovens querem ter um tipo de música diferente da de seus pais, e com freqüência também há uma espécie de atitude de revolta envolvida."
Swiatowicz aponta que, embora canções de rap e hip-hop estivessem presentes na seleção de canções da era moderna e embora esses gêneros não existissem na era clássica, não é apenas o rap que inclui palavrões e referências sexuais. (G1)
Walter Valdevino Comportamento , Estudo , Sexo Comentários (0)