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Acima de tudo, o que sempre me fascinou no jazz é o contato permanente que ele mantém entre o músico e sua obra. Na maior parte dos estilos musicais, esse contato se estabelece primordialmente na composição da música. É o momento em que o artista utiliza a música como canal para comunicar ao mundo o que está sentindo, pensando, etc. Terminada a composição, esse canal se fecha, e a música passa a representar apenas o que o momento da composição representou.
É claro que a interpretação em si também transmite sentimentos e sensações a quem a escuta. Mas é uma transmissão bem mais restrita, que fica apenas na sutileza da interpretação (o que, de maneira nenhuma, a torna inválida ou menor). É claro também que existem graus de interpretação. Uma orquestra pode executar fielmente uma partitura, entretanto, outros conjuntos podem ser mais flexíveis nas sua interpretações - como os solos modificados ao vivo.
Ainda assim, nada disso chega perto do que o jazz representa em termos de liberdade de expressão de sentimentos. O canal música-compositor é mantido aberto mesmo depois de terminada a composição. Mais: muitas vezes ele se amplia e distende bastante, apresentando toda uma gama de sutilezas que a composição em si não demonstrava.
Quem já ouviu o Coltrane em Stella by Starlight sabe o que estou falando.