home. arquivos: julho07. junho07. maio07. abril07. março07. fevereiro07. janeiro07. dezembro06. novembro06. outubro06. setembro06. agosto06. julho06. junho06. maio06. abril06. março06. fevereiro06. janeiro06. dezembro05. novembro05. outubro05. setembro05. agosto05. julho05. junho05. maio05. abril05. março05. fevereiro05. janeiro05. dezembro04. novembro04. outubro04. setembro04. agosto04. julho04. junho04. maio04. abril04. março04. fevereiro04. janeiro04. dezembro03.

Insanus
alexandre
bensimon
bituca
bruno
cardoso
carol
cisco
cove
daniel
firpo
gabriel
hermano
menezes
nova corja
parada
träsel
vanessa

Blogroll
3 vozes
alliatti
anna martha
antenor
bibs
bulcão
carine
conjunto comercial
dani
diego
g7+henrique
iuri
jousi
lima
lu
madureiras
marcia
mirella
nego
patrício
rodrigo
soares silva
solon
tams

Jazz 1


Acima de tudo, o que sempre me fascinou no jazz é o contato permanente que ele mantém entre o músico e sua obra. Na maior parte dos estilos musicais, esse contato se estabelece primordialmente na composição da música. É o momento em que o artista utiliza a música como canal para comunicar ao mundo o que está sentindo, pensando, etc. Terminada a composição, esse canal se fecha, e a música passa a representar apenas o que o momento da composição representou.
É claro que a interpretação em si também transmite sentimentos e sensações a quem a escuta. Mas é uma transmissão bem mais restrita, que fica apenas na sutileza da interpretação (o que, de maneira nenhuma, a torna inválida ou menor). É claro também que existem graus de interpretação. Uma orquestra pode executar fielmente uma partitura, entretanto, outros conjuntos podem ser mais flexíveis nas sua interpretações - como os solos modificados ao vivo.
Ainda assim, nada disso chega perto do que o jazz representa em termos de liberdade de expressão de sentimentos. O canal música-compositor é mantido aberto mesmo depois de terminada a composição. Mais: muitas vezes ele se amplia e distende bastante, apresentando toda uma gama de sutilezas que a composição em si não demonstrava.
Quem já ouviu o Coltrane em Stella by Starlight sabe o que estou falando.