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Screenplay


Um mendigo vestindo um lençol como se fosse um manto de Nossa Senhora conversa com um homem de terno. Há bastante intimidade no papo, incluindo aí contato físico. O homem de terno ouve atentamente o mendigo e começa a abençoá-lo. Com dramaticidade shakesperiana, levanta a mão espalmada sobre o mendigo e, de olhos fechados, inspira e transpira intensamente. Parece mesmo um mago, um pai de santo,um pastor da Igreja Universal ou um charlatão (definição que incluiria todas as categorias anteriormente citadas).
O mendigo então afasta-se um pouco do homem de terno e tenta estabelecer diálogo com algumas pessoas que esperam o ônibus em uma parada próxima. É automaticamente seguido pelo homem de terno, que segue abençoando nosso herói enquanto ele vê frustradas suas tentativas de comunicação na dita parada.
O mendigo é ainda abençoado mais algumas vezes e, então, vai embora. O homem de terno fica, circulando ao redor da parada, como quem procura por alguém. Vai até a porta de um centro de idiomas que há ali, bem em frente a parada de ônibus. Depois afasta-se novamente.
Subitamente, uma mulher sai do centro de idiomas. O homem de terno vai em direção a ela rapidamente. Eles aproximam-se e se beijam. E de braços dados, vão embora.


Um roteiro de David Lynch? Nada, Paraíba, Hilton e eu presenciamos essa cena aí em cima, com uma riqueza de detalhes e sutilezas que, infelizmente, não consigo transmitir.